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domingo, 2 de fevereiro de 2014

DISGRAFIA

A disgrafia é uma perturbação da escrita e tem um componente exclusivamente motor o qual origina uma dificuldade na morfologia e na qualidade da escrita. Pode ser de origem motora ou maturativa.
JOHNSON e MYKELBUST (1991) colocam que é uma desordem resultante de um distúrbio na integração viso-motora em que apesar do indivíduo não possuir um defeito visual ou motor, ele não consegue transmitir as informações visuais ao sistema motor, isto é, o indivíduo vê o que quer escrever mas não consegue recordar ou idealizar no plano motor e, em conseqüência, é incapaz de escrever e copiar letras, palavras e números.
MOURA (2000) – coloca que é uma perturbação de tipo funcional na componente motora do ato de escrever que afeta a qualidade da escrita sendo caracterizada por dificuldades na grafia do traçado, e na forma das letras, surgindo de forma irregular, disforme e rasurada.
As causas são do tipo maturativo (perturbações na lateralidade e na eficiência motora) bem como fatores psicoafetivos (personalidade), pedagógicos (orientação deficiente do processo de aquisição de destrezas motoras, instrução rígida e inflexível), instrutivas (ensino inadequado) e pessoais (imaturidade física e motora).
A disgrafia está associada a dificuldade física existente para monitorar a posição da mão que escreve, com a coordenação do direcionamento espacial para a grafia da letra ou do número, integrados ao movimento de fixação e alternância da visão.
Os disgráficos parecem fazer um grande esforço, depositando muita força no desenrolar da escrita, com a cabeça inclinada para tentar regular a distorção para o seu campo ocular fixo.
A postura característica dos disgráficos é de quem está fazendo um grande esforço, depositando muita força no desenrolar da escrita. O esforço se deve ao fato do disgráfico não controlar a mão durante a escrita com vista a tentar fazer representar o melhor possível aquilo que pretende mas este processo de escrita resulta numa grande frustração por não conseguir fazer representar o que pretende.
Este esforço e insucesso faz com que estas pessoas passem por momentos de grande frustração, sensação de insegurança, desequilíbrio em relação a gravidade, atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldade em aprender a andar de bicicleta, no manuseamento de tesouras, no ato de amarrar sapatos, ou seja, todas as atividades que envolvam o domínio de coordenação dos movimentos e destreza manual da motricidade fina.
As dificuldades não são exclusivas das letras e dos números mas, também, na montagem de quebra-cabeças e jogos e passatempos que envolvam a motorização da motricidade fina. Os disgráficos são os alunos com a letra feia, borrada, grande e que, em algumas situações, nem eles entendem o que escreveram.
As características mais marcantes são:
1. Lentidão na escrita;
2. Letra inelegível;
3. Escrita desorganizada;
4. Traços irregulares por vezes muito fortes que chegam a marcar o papel ou então muito leves;
5. Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial;
6. Desorganização do texto pois não observam margem parando muito antes ou ultrapassando;
7. Amontoam as letras na borda das folhas;
8. Desorganização das letras, letras retocadas, omissão de letras, palavras e números e formas distorcidas;
9. Movimentos contrários a escrita (5/S);
10. Desorganização de formas com tamanho muito grande ou muito pequeno, alongado ou comprido;
11. O espaço que dá entre as linhas, palavras e letras é irregular;
12. Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular

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