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quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Receita de massinha de modelar comestível SEM GLÚTEN para crianças Autistas

A participação de vocês sempre é muito interessante, por isso não cansaremos nunca de incentivar que vocês compartilhem suas ideias, dicas e experiências. Olha só, essa receita de massinha de modelar comestível que recebemos de uma leitora (aplausos para Raquel Damásio!!!) para os os meninos e meninas autista que não podem ter contato com o glúten:
Massinha de Modelar sem Glúten
1 xícara de farinha de arroz branco
1/2 xícara de maizena
1/2 xícara de sal
1colher de sopa de creme tártaro
1 1/2colher de chá de óleo vegetal
1 xícara de água
corante de alimento

Modo de Preparo
Enche a panela com todos os ingredientes secos. Depois acrescenta por cima os ingredientes líquidos/cremes, coloca em fogo baixo e vai misturando. Você vai misturar ficar uniforme, cuidado  para não cozinhar demais!!
Depois de cozinhar é só colocar o corante e pronto!!!
Se você também quer enviar sua dica, manda email para contato@reab.me =)
Editora-chefe do Reab.me. Terapeuta Ocupacional (UFPE). Especialista em Tecnologia Assistiva (UNICAP). Mestre em Design e Ergonoplaydough-2587

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Como lidar com alguém que tem a Síndrome de Asperger

A Síndrome de Asperger é uma síndrome de espectro autista, onde as pessoas tem habilidades incomuns e interesses diferenciados. Leia esse artigo para saber mais
Tatiana Ippolito 15,104 views | 521 shares Segundo a Wikipedia e a Revista Escola - Abril, a Síndrome de Asperger (SA) é "uma síndrome do espectro autista, diferenciando-se do mesmo por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo". A SA é um transtorno global de desenvolvimento (TGD), resultante de uma desordem genética e é mais comum em homens. Os portadores da síndrome costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos por longos períodos de tempo, falando repetidamente o mesmo assunto. Eles também apresentam habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas ou de mapas. As pessoas com Síndrome de Asperger têm algumas características diferenciadas, tanto positivas quanto negativas. Veja a seguir: Déficits no desenvolvimento motor. Podem ter dificuldades para segurar o lápis para escrever. Estruturam seu pensamento de forma concreta. Não conseguem interpretar metáforas e ironias. Têm dificuldade em sair da rotina. Não sabem usar movimentos corporais e gestos na comunicação não verbal. Falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros. Maneirismos motores estereotipados e repetitivos. Preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados. Respostas socialmente inapropriadas. Expressões faciais limitadas ou impróprias. Olhar fixo peculiar. Interesses limitados. Medo ou angústia devido a sons como os de aparelhos elétricos. Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça. Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado. Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor. Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais. Custa-lhes vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis. Como lidar com a situação Pode-se lidar com a criança ou jovem portador da SA em casa e na escola, e a forma mais indicada e recomendada é tomar as mesmas providências como se faz com crianças e jovens autistas. Observar e respeitar seu tempo de aprendizagem, estimulando comunicação e participação nas atividades com os colegas e familiares. Observar os talentos de cada um como falamos neste artigo, ajuda a criança a desenvolver-se em áreas que demonstra mais interesse. Fazer o tratamento como prescrito pelo médico e encorajar sem forçar outras atividades pedagógicas, de forma a inserir novos conhecimentos como contar, nomear cores. O mais importante é estimular o auto-respeito e auto-conhecimento, de forma a ser o mais independente que puder. FACEBOOK TWITTER PINTEREST GOOGLE+ Tatiana Ippolito Tatiana tem grande paixão por escrever e pretende ajudar as pessoas com isso, ou entreter, no caso de seu blog http://inspiration-tatis.blogspot.com.br. 10 itens a planejar para viagens internacionais com toda a família Aqui a prova porque as mães não fazem nada Às vésperas do casamento, um acidente deixou a noiva totalmente dependente - veja o que o noivo fez 7 lemas de vida que toda mulher adulta deve ter Ele tirou nota 1.000 no ENEM e conta os segredos que o ajudaram a realizar seus sonhos Porque ler ou assistir Cinquenta Tons de Cinza é má ideia 5 razões porque eu preciso desesperadamente do meu marido 9 razões por que os homens traem suas esposas O poder da esperança Pai solteiro faz aulas de penteado para deixar a filha mais linda Junte-se a milhões e fortaleça sua família todos os dias Registre-se com Facebook -------------------------- ou -------------------------- Quero receber artigos em meu e-mail Mais populares 10 itens a planejar para viagens internacionais com toda a família Aqui a prova porque as mães não fazem nada Às vésperas do casamento, um acidente deixou a noiva totalmente dependente - veja o que o noivo fez 7 lemas de vida que toda mulher adulta deve ter Ele tirou nota 1.000 no ENEM e conta os segredos que o ajudaram a realizar seus sonhos Porque ler ou assistir Cinquenta Tons de Cinza é má ideia 5 razões porque eu preciso desesperadamente do meu marido 9 razões por que os homens traem suas esposas O poder da esperança Pai solteiro faz aulas de penteado para deixar a filha mais linda Advertisement Feedback

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  • Segundo a Wikipedia e a Revista Escola - Abril, a Síndrome de Asperger (SA) é "uma síndrome do espectroautista, diferenciando-se do mesmo por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo".
    A SA é um transtorno global de desenvolvimento (TGD), resultante de uma desordem genética e é mais comum em homens.
    Os portadores da síndrome costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos por longos períodos de tempo, falando repetidamente o mesmo assunto. Eles também apresentam habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas ou de mapas.
    As pessoas com Síndrome de Asperger têm algumas características diferenciadas, tanto positivas quanto negativas. Veja a seguir:
    • Déficits no desenvolvimento motor.
    • Podem ter dificuldades para segurar o lápis para escrever.
    • Estruturam seu pensamento de forma concreta.
    • Não conseguem interpretar metáforas e ironias.
    • Têm dificuldade em sair da rotina.
    • Não sabem usar movimentos corporais e gestos na comunicação não verbal.
    • Falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros.
    • Maneirismos motores estereotipados e repetitivos.
    • Preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados.
    • Respostas socialmente inapropriadas.
    • Expressões faciais limitadas ou impróprias.
    • Olhar fixo peculiar.
    • Interesses limitados.
    • Medo ou angústia devido a sons como os de aparelhos elétricos.
    • Rápidas coceiras sobre a pele ou sobre a cabeça.
    • Tendência a agitar-se ou contorcer-se quando está excitado ou angustiado.
    • Falta de sensibilidade a níveis baixos de dor.
    • Gestos, espasmos ou tiques faciais não usuais.
    • Custa-lhes vestir-se, desabotoar os botões ou fazer laço nos cordões do tênis.
  • Como lidar com a situação

    Pode-se lidar com a criança ou jovem portador da SA em casa e na escola, e a forma mais indicada e recomendada é tomar as mesmas providências como se faz com crianças e jovens autistas. Observar e respeitar seu tempo de aprendizagem, estimulando comunicação e participação nas atividades com os colegas e familiares.
    Observar os talentos de cada um como falamos neste artigo, ajuda a criança a desenvolver-se em áreas que demonstra mais interesse.
    Fazer o tratamento como prescrito pelo médico e encorajar sem forçar outras atividades pedagógicas, de forma a inserir novos conhecimentos como contar, nomear cores.
    O mais importante é estimular o auto-respeito e auto-conhecimento, de forma a ser o mais independente que puder.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Jovem com Síndrome de Asperger lança primeiro livro em Fortaleza

Jovem com Síndrome de Asperger lança primeiro livro em Fortaleza

Para salvar o mundo de seis monstros poderosos, um garoto criou uma máquina especial para enfrentá-los. Contudo, o protagonista, Davi, ainda vai precisar da ajuda de mais seis jovens com super poderes para garantir o futuro da humanidade. A missão não é nada fácil. Os heróis precisam provar que são dignos e corajosos para enfrentar a maior e mais importante aventura de suas vidas. O livro “O Poder dos Amuletos” é a primeira obra do estudante Mateus Lima de Sousa, 19 anos, portador Síndrome de Asperger - tipo mais brando dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou popularmente conhecida “a fábrica de gênios”.

O livro foi lançado no sábado, 8 de novembro, às 19h, na Ler Livraria do Shopping Aldeota. Dedicado a computação gráfica, Mateus lamenta não ter feito a tempo do lançamento as ilustrações de sua primeira obra. Um fato que pretende corrigir nos dois próximos livros, que já estão sendo idealizados. Se levar em consideração que o estudante levou apenas seis meses para escrever o primeiro, os outros devem sair do forno em pouco tempo.

Segundo a mãe de Mateus, a empresária Tânia Maria Lima, o jovem é meigo e muito criativo. Ele conta que a ideia para escrever o primeiro livro chegou de repente. Pensou na representação de seis amuletos (gelo, planta, vento, fogo, magia e eletricidade) e, logo, desenvolveu uma história.

Independência
Diagnosticado aos quatro anos, Mateus conta com uma ampla rede de apoio familiar. A mãe do jovem lembra que na época do diagnóstico havia poucas informações sobre o distúrbio. Enfrentou muitos desafios, buscou todo tipo de ajuda e literatura para compreender quais seriam as limitações do filho. Sofreu com a recusa de várias escolas em receber o garoto. Entendeu que o melhor para Mateus seria estimular sua independência. O jovem concluiu os estudos e chegou a cursar a faculdade de Jogos Digitais, mas trancou para fazer um curso de Computação Gráfica.

Atualmente, além de se dedicar aos próximos livros, Mateus trabalha com a mãe. Ele fica no controle de qualidade conferindo peças de confecção. Conforme Tânia, o jovem é muito cuidadoso, anotando tudo em uma planilha; recebe seu salário quinzenalmente. O estudante conta que gosta da independência que o emprego traz. “O nosso objetivo é fazer com que ele seja o mais independente possível e que consiga se desenvolver nessa questão de interagir com outras pessoas e ter responsabilidade. De certa forma, na empresa, o Mateus tem um ambiente conhecido, porque eu estou presente, e assim, de pouquinho, e pouquinho ele vai deslanchando”, relata Tânia.
Com a venda do primeiro livro, Mateus já tem planos de comprar um rádio para colocar em seu quarto.
Serviço
Lançamento do Livro O Poder dos Amuletos
Local: Ler Livraria – Shopping Aldeota
Data: 8 de novembro
Horário: 19h
Mais informações: Cely Fraga (85) 8886-1300

Com informações da jornalista Anatália Batista
*Foto: Nayana Melo
http://www.boanoticia.org.br/noticias_detalhes.php?cod_noticia=6400&cod_secao=1

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Como ajudar crianças com autismo a aprender quantidades – Fazendo compras no supermercado

Interesses:Como ajudar as crianças com autismo a aprender quantidades

Participar de jogos simbólicos; realizar compras de supermercado; nomes de marcas e logos de produtos.
*recomendamos esta atividade para crianças que já apresentem um período médio de atenção compartilhada de 12 a 15 minutos.

Metas principais:

Aprendizado de quantidades.
Uso da imaginação.
Participação física da criança na brincadeira.
Comunicação verbal.

Ação motivadora (o papel do adulto):

O adulto atua na brincadeira como o cliente do supermercado que levará uma lista de compras.

Solicitação (o papel da criança):

A criança é a proprietária do supermercado e atende o cliente selecionando os produtos na quantidade descrita na lista de compras dele.

Estrutura da atividade:

O adulto explica que a criança será a dona de um supermercado e a convida para conhecer os produtos vendidos lá. A criança então entra no espaço em que será realizada a sessão e encontra prateleiras improvisadas com produtos diversos, que podem ser, inclusive, embalagens vazias e limpas de produtos que ela já conheça. No supermercado, há também um carrinho de compras (que pode ser feito com caixas de papelão ou com recipientes plásticos). O adulto mostra todos os produtos para a criança e explica, fazendo suspense, que vários clientes diferentes vão até aquela loja, e que cada cliente trará uma lista de compras. O dono do supermercado terá que separar os produtos de acordo com a lista de cada cliente.
O adulto anuncia que o primeiro cliente vai entrar. Vestimentas, gestos e uma maneira específica de falarcaracterizam cada cliente incorporado pelo adulto. O primeiro cliente mostra a sua lista de compras à criança (cada lista de compras poderá ter as quantidades descritas de cada produto e os desenhos ou colagens de imagens dos produtos nestas quantidades).
A criança é estimulada a separar os produtos nas quantidades descritas e a colocá-los no carrinho. No começo, o adulto poderá ser um modelo de como usar a lista para selecionar os produtos. O adulto poderá demonstrar que será muito legal levar aqueles produtos para casa e comemorar a colocação de cada produto (ou de cada grupo de produtos) no carrinho. Quando a criança tiver compreendido bem a dinâmica da colocação dos produtos no carrinho e encontrar-se motivada a participar, demonstrando este interesse através de olhares, sorrisos, gestos, sons ou palavras, o adulto passa a solicitar que ela mesma siga selecionando os produtos da lista de compras e colocando-os no carrinho. A solicitação é um convite animado, e o adulto pode selecionar os produtos junto com a criança, se ela demonstrar qualquer dificuldade em identificar as quantidades, comemorando todas as suas tentativas. Quando toda a lista de compras estiver no carrinho, o adulto pode oferecer uma grande comemoração e fazer um enorme suspense sobre como será o próximo cliente. A criança é estimulada a recomeçar a atividade, ou seja, a receber o novo cliente com uma nova lista de compras.

Materiais sugeridos:

Durante a brincadeira, os clientes do supermercado podem utilizar vestimentas que caracterizem personagens ou pessoas que a criança goste. Você poderá aproveitar imagens de revistas ou da internet para incrementar as listas de compras.

Variações:

Podemos ajustar o grau do desafio desta atividade colocando preços nos produtos do supermercado. Se a criança estiver aprendendo operações matemáticas, estas operações também poderão ser praticadas durante a brincadeira. Por exemplo:os produtos poderão ser somados; os produtos poderão ser divididos em caixas para entrega; cada produto, com seu preço específico, poderá ser comprado em quantidades diferentes, fazendo com que a criança pratique a multiplicação.
Caso a criança esteja em um estágio mais avançado da comunicação, o adulto poderá encenar com ela situações sociais envolvendo a ida a um supermercado, como a saudação de chegada e de partida, a solicitação de informação e ajuda durante a seleção dos produtos e o agradecimento pela realização da compra, através de diálogos entre o dono do supermercado e o cliente.
Em casos de estágios ainda mais avançados do desenvolvimento, podemos propor a realização de uma sessão a três (a criança e dois adultos facilitadores). A flexibilidade e a complexidade das operações matemáticas também poderão ser trabalhadas encenando que o cliente da loja, por exemplo, recebeu uma chamada ao telefone (que pode ser encenada pelo segundo adulto facilitador) pedindo que produtos sejam trocados, retirados ou inseridos em maior quantidade na lista de compras.
Se nossa criança não se interessar pela atividade envolvendo a compra no supermercado, podemos adaptar a estrutura da brincadeira e propor a compra, por exemplo, numa loja de DVDs, numa loja de brinquedos, adesivos ou eletrodomésticos, levando em conta o atual interesse da criança. Já fizemos brincadeiras com nossas crianças em que a loja oferecia logomarcas (impressas em papel) de bancos, redes de televisão e montadoras de carros.
Durante os ciclos da brincadeira, caso a criança deseje trocar de papel com o adulto e tornar-se o cliente do supermercado, o adulto poderá alternar o papel.
Compartilhe essa atividade sobre como ajudar crianças com autismo a aprender quantidades com seus amigos através das redes sociais. Veja também outras atividades interativas em nosso site!
http://www.inspiradospeloautismo.com.br/como-ajudar-criancas-com-autismo-a-aprender-quantidades-2/

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Paulo Frange fala sobre a Semana Municipal de Conscientização do Autismo

Asperger na escola - Informações e sugestões para Professores

Asperger na escola - Informações e sugestões para Professores

aspie destaque
Baseado no Guia Para Professores de Karen Willian o foco em comportamento autista, Vol. 10, o artigo disponibiliza 07 CARACTERÍSTICAS Asperger seguidas de sugestões e estratégias de sala de aula para lidar com esses sintomas. São exemplos de experiencia e intervenções em sala de aula ilustradas da própria Karen Willian durante suas experiências de ensino na Universidade de "Michigan Medical Center Child and Adolescent Psychiatric Hospital School".
http://autismoerealidade.org/noticias/asperger-na-escola-informacoes-e-sugestoes-para-professores/

Conheça o Transtorno do Défict de Atenção e Hiperatividade


Conheça o Transtorno do Défict de Atenção e Hiperatividade


Principais sintomas O principal sintoma é a dificuldade em manter o foco da atenção e/ou manter-se quieta, estes sintomas podem se manifestar de diversas formas:




● As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas, frequentemente ganham apelidos e ficam estigmatizados

● Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se incessantemente, mexendo em vários objetos.

● Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira.

● Falam muito e constantemente, frequentemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar.

● Têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes

. ● São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", dando a impressão de estarem "voando".

● Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.).

● Esquecem recados, material escolar ou até mesmo o que estudaram na véspera da prova.

● Tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar). ● Dificuldades com relação a horários, frequentemente não os cumprem.

● É comum apresentarem dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.

● Dificuldades com relação a escala de prioridades

● Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual.

Método identifica regiões cerebrais relacionadas com o déficit de atenção




Por Elton Alisson




Agência FAPESP – Um grupo de pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP) está desenvolvendo técnicas estatísticas e computacionais para analisar grandes volumes de dados, como imagens de ressonância magnética do cérebro, a fim de identificar marcadores biológicos de disfunções neurológicas como o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).




Resultados da pesquisa, realizada com apoio da FAPESP, foram apresentados durante o encontro Brazil-UK Frontiers of Engineering, em novembro, em Jarinu, no interior de São Paulo.




Promovido pela Royal Academy of Engineering, do Reino Unido, em colaboração com a FAPESP, o evento reuniu 63 jovens pesquisadores de diferentes áreas da Engenharia – 33 do Brasil e 30 do Reino Unido –, atuantes em universidades, instituições de pesquisa e empresas.




“Há oito anos começamos a desenvolver técnicas que relacionam Estatística e Ciência da Computação para analisar conjuntos de dados em Neurociência e Biologia Molecular e tentar identificar marcadores biológicos mais objetivos e baseados em análises quantitativas de disfunções cerebrais”, disse André Fujita, professor do IME-USP e coordenador do projeto, à Agência FAPESP.




De acordo com Fujita, as técnicas em desenvolvimento permitem comparar, em diferentes populações, a variabilidade das estruturas de agrupamento de dados biológicos, como as das redes neurais.




Já se sabia por meio de estudos realizados pelo mesmo grupo do IME-USP que a estrutura da rede neuronal dos pacientes diagnosticados com TDAH é diferente. Nessas pessoas, o cérebro apresenta uma desorganização do funcionamento dos circuitos neuronais, chamada entropia de rede.




Agora, os pesquisadores usaram o método de análise estatística de variabilidade de estrutura de agrupamentos de dados biológicos – chamado Analys of Cluster Structure Variability (Acnova), desenvolvido em colaboração com colegas da Universidade Federal do ABC (UFABC), da Princeton University, nos Estados Unidos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – para identificar regiões específicas do cérebro envolvidas com o transtorno que apresentam maior entropia de rede.




No estudo, eles compararam imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) do cérebro em estado de repouso de mais de 600 crianças e jovens, com idades entre 7 e 21 anos, com e sem diagnóstico de TDAH.




As imagens, feitas em oito países, são do consórcio internacional de pesquisa ADHD-200, lançado por universidades e instituições de pesquisa dos Estados Unidos e da China, que mantém um banco de dados aberto com imagens de fMRI do cérebro de crianças e adolescentes com TDAH ou não. A comparação das imagens cerebrais indicou que existem várias diferenças na estrutura de agrupamento do cérebro.




As estruturas de agrupamento das sub-redes neurais que constituem as áreas dos giros pós-central, temporal superior e inferior do cérebro de pacientes com TDAH apresentaram entropia de rede estatisticamente mais elevada em comparação com crianças e adolescentes com desenvolvimento cerebral normal, apontou o método de análise estatística.




Além disso, o método identificou diferenças em regiões do cérebro até então não relacionadas com o transtorno, como o giro angular – que contribui para a integração de informações e desempenha papel importante em muitos processos cognitivos –, afirmaram os autores do estudo.




Fujita estima que, no futuro, poderá ser possível diagnosticar o transtorno neurobiológico por imagens de ressonância magnética funcional do cérebro, comparando as estruturas das redes neurais. E que a nova técnica poderá ser aplicada a outros conjuntos de dados relacionados a outras condições.




“O método que propomos também pode ser aplicado a outros conjuntos de dados biológicos de interesse, não apenas imagens de ressonância magnética funcional, como os de expressão de genes de pessoas diagnosticadas com câncer de mama”, acrescentou.




Resultados da pesquisa foram publicados nas revistas Neuroimage e Statistics in Medicine, entre outras.




O artigo “Measuring networks entropy in ADHD: A new approach to investigate neuropsychiatric disorders (doi: 10.1016/j.neuroimage.2013.03.035), de Sato e outros, pode ser lido na revista Neuroimage em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1053811913002772.




E o artigo “A non-parametric statistical test to compare clusters with applications in functional magnetic resonance imaging data” (doi: 10.1002/sim.6292), de Fujita e outros, pode ser lido na revista Statistics in Medicine em onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/sim.6292/pdf.




Site:


http://agencia.fapesp.br/metodo_identifica_regioes_cerebrais_relacionadas_com_o_deficit_de_atencao/20422/

Direitos dos Alunos com TDAH




Vocês sabiam que alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também têm direito à educação diferenciada, sendo público alvo do atendimento educacional especializado (AEE) e clientela da Educação Especial ?




Apesar do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não ser um transtorno de aprendizagem, de acordo com o Manual de Psiquiatria atual e o CID -10, ele traz como causa secundária uma DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM e, muitas vezes, ele é associado (em forma de co-morbidade) com algum outro transtorno de aprendizagem (Dislexia, Disgrafia ou Discalculia, ROHDE et al., 2003), o que justifica ainda mais a necessidade de intervenção de um atendimento educacional diferenciado para o referido aluno.




Todo final de ano sou muito procurada, para orientar os pais de alunos que foram retidos de série e/ou entrar com algum tipo de recurso para discutir a (repetência) de um modo geral.




Alguns destes pais que me procuram acabaram de descobrir que seu filho tem TDAH em alguma de suas especificidades e esses pais só tiveram o laudo médico, atestando tal condição, bem no final do ano letivo e querem saber se há algo a fazer para reverter a decisão de retenção. Eu entendo que, neste caso, em que o diagnóstico só foi descoberto no final do ano letivo, há muito pouco a se argumentar.




Contudo, nos casos em que os pais dos alunos com TDAH ou Transtornos de Aprendizagem, já apresentaram o laudo, comprovando a condição de aluno com necessidade educacional especial, desde o início do ano letivo ou até meados do ano letivo, entendo ser cabível recurso perante a escola, num primeiro momento, e posteriormente, perante a Diretoria de Ensino ou respectivo órgão competente, para questionar a legalidade da decisão que reteve a criança de série, baseada no fato de que o aluno em questão necessita de uma educação especial (com direito a atividades, avaliações e provas diferenciadas, com mais tempo, com ledor, se necessário for) e que a escola não lhe ofereceu de forma adequada, bem como flexibilização de currículo, apoio pedagógico adequado para atender às necessidades educacionais especiais deste aluno.




Se a escola não ofereceu tudo o que poderia e deveria para o aluno que apresenta TDAH ou algum transtorno de aprendizagem ou Deficiência, de forma a evitar a retenção de série do aluno, a decisão que o reteve de série pode e deve ser reapreciada e discutida, pois quem vai sofrer as consequências destes atos, porque a escola se recusou a dar um atendimento educacional especializado, é a criança e os seus pais.




A Lei 9.394/96 reforça, nos artigos 58 e 59, a importância do atendimento educacional a pessoas com necessidades especiais, ministrado preferencialmente em escolas regulares. Estabelece, também, que sejam criados serviços de apoio especializado e assegurados currículos, métodos e técnicas, recursos educativos e organizações específicas para atender às peculiaridades dos alunos. Destaca, ainda, a necessidade de capacitar docentes para as Dificuldades de Aprendizagem.




No Brasil, os atuais critérios de definição da clientela da educação especial encontram-se elencados no documento Política Nacional de Educação Especial, publicado em 1994 pela Secretaria de Educação Especial – SEESP – do Ministério da Educação e Desporto – MEC. De acordo com esse documento, tal clientela é constituída por três grandes grupos, cada qual reunindo um numeroso grupo de tipos e graus de excepcionalidade.




No primeiro grupo, encontramos os Portadores de Altas Habilidades.

No segundo grupo, identificado como Portadores de Condutas Típicas e é aqui que se inserem os alunos com TDAH, a saber :




– indivíduos que apresentam alterações no comportamento social e/ou emocional, acarretando prejuízo no seu relacionamento com as demais pessoas. No terceiro grupo, estão os Portadores de Deficiências. Nossa Constituição Federal em seu Artigo 205, pretende garantir educação para todos, independentemente de suas especificidades.




O artigo 54, inciso III, do Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser aplicado às crianças que apresentam TDAH e necessitam de uma educação especial.




Outro fator a ser observado, é se a escola ofereceu recuperações paralelas para a criança conseguir as notas necessárias, antes da recuperação final. Isto também pode ser matéria a ser levantada em eventual recurso a ser impetrado contra a diretoria de ensino, em caso de retenção.




A Resolução CNE/CEB Nº 02/2001 institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, na Educação Básica, e considera educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:




I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:




b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências. É neste inciso e letra que compreendemos o grupo dos alunos que apresentam TDAH.




O artigo 8º desta Resolução prevê que as escolas da rede regular de ensino (tanto as particulares quanto as públicas, leia-se) devem prever e prover na organização de suas classes comuns:




III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a freqüência obrigatória;




IV – serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, mediante:




a) atuação colaborativa de professor especializado em educação especial.




Já o parágrafo primeiro do artigo 4º da Deliberação CEE/SP 05/00 estabelece que :




Art. 4° – O atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser feito nas classes comuns das escolas, em todos os níveis de ensino.




§ 1º. – Os currículos das classes do ensino comum devem considerar conteúdos que tenham caráter básico, com significado prático e instrumental, metodologias de ensino e recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação que sejam adequados à promoção do desenvolvimento e aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais.

Resumindo:




Os alunos com TDAH, Transtornos de Aprendizagem ou Deficiência têm direito à educação especial e avaliações, provas e atividades diferenciadas, durante o ano letivo. Caso estes direitos tenham sido desrespeitados e o aluno for prejudicado em seu desempenho acadêmico, pode ter a decisão de retenção de série revista e até mesmo anulada, mediante recurso.
E, antes de chegar a este ponto, exigir que ao aluno em questão seja oferecido o atendimento educacional especializado que ele tem direito.

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Como tratar e amenizar os seus efeitos


CLAUDIA HAKIM Advogada, especialista em Direito de Educação com Foco em Educação Especial, formada pela PUC/SP, em 1.994. Pós Graduanda em Neurociência e Psicologia Aplicada. Autora do blog Mãe de Crianças Superdotadas (www.maedecriancassuperdotadas.blogspot.com ) Criadora do grupo no Facebook "Mãe de Crianças Superdotadas" e do grupo do Facebook "Universo Asperger" Fone : 3511 3853 / E-mail : claudiahakim@uol.com.br


http://www.almanaquedospais.com.br/direitos-dos-alunos-com-tdah/


Sim, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA) é real! É um distúrbio neurobiológico que atinge principalmente as crianças, mas que pode ser diagnosticado em adolescentes e adultos. Embora ainda exista muita polêmica e controvérsia sobre o assunto, é bom que se esclareça que é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que, se não tratado com seriedade e dedicação, pode trazer consequências para o futuro dos pequenos. Neste post especial você vai encontrar informações confiáveis sobre o problema e sugestões de como tratar e amenizar os seus efeitos no dia a dia.Preste atenção! O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é neurobiológico e se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Suas causas são genéticas e ele aparece na infância, normalmente acompanhando a pessoa por toda a vida.

Às vezes, pode ser chamado de DDA (Distúrbio do Deficit de Atenção). Esse transtorno ocorre em 3% a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo, sendo o mais comum entre as crianças e adolescentes que não são encaminhados para serviços especializados.

Em mais da metade desses casos, o TDAH continua presente na vida adulta, embora os sintomas sejam mais brandos.




Principais causasExistem estudos demonstrando que a predominância do transtorno é parecida em diferentes regiões, mostrando que fatores culturais, o modo como os pais educam os filhos e o resultado de conflitos psicológicos não interferem para o surgimento do déficit.

Esses estudos também mostram que os portadores possuem alterações na região frontal e nas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável por controlar ou inibir comportamentos inadequados, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

O que é alterado nessa região cerebral é o funcionamento dos neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informações entre as células nervosas – os neurônios. Existem causas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões. Elas são:




Hereditariedade Os genes não são responsáveis pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes começou a ser considerada, inicialmente, a partir de observações de que as famílias de portadores tinham parentes também afetados, aparecendo de forma mais frequente do que em famílias que não tinham crianças com o déficit. O predomínio da doença entre os parentes é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral – isto é chamado de recorrência familiar.

Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nas situações com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença entre os dois grupos. Eles mostraram que os pais biológicos têm três vezes mais TDAH que os pais adotivos.

Os estudos com gêmeos compararam univitelinos e fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do transtorno (presença ou não, tipo e gravidade). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos tem 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50%) e se neles aparecem mais os sintomas de TDAH do que nos fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos, pois os pais são iguais, o ambiente e a dieta são os mesmos e assim por diante.

Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH. É importante saber que no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, assim como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca se deve falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética.

O que acontece é que a predisposição envolve vários genes, e não um único – como é regra para várias características físicas. Além disso, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros. Eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.




Substâncias ingeridas na gravidez A nicotina e o álcool, quando ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoólatras têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente demonstram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.




Sofrimento fetal Alguns estudos mostraram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. Mas a relação de causa não é clara.

Umas das teorias é de que mães com TDAH, por serem mais desatentas, possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem e que passa ao filho é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.




Exposição ao chumbo Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.




Problemas familiares Algumas teorias sugeriam que problemas familiares, como alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e família com níveis socioeconômico mais baixo, poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Porém, estudos recentes têm descartado esta ideia. As dificuldades familiares podem ser mais consequências do que causa do TDAH na criança e mesmo nos pais. Assim, problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.




Mitos Outros fatores já foram citados e posteriormente abandonados como causa de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade:

Corante amarelo

Aspartame

Luz artificial

Deficiência hormonal (principalmente da tireoide)

Deficiências vitamínicas da dieta.

Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram descartadas.




Qual a situação atual dos países desenvolvidos em relação ao tratamento do TDAH? No Canadá, numa população alvo de aproximadamente 13 milhões, 8 milhões encontram-se em tratamento. Na Alemanha, numa população alvo de 25 milhões de habitantes, aproximadamente 8 milhões encontram-se em tratamento.

Nos Estados Unidos, numa população alvo em torno de 25 milhões de pacientes, mais de 10 milhões encontram-se em tratamento.

No Brasil, de uma população alvo em torno de 17 milhões, somente 30 mil pacientes estão em tratamento. Ainda existem dúvidas

Ele é reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e por vários países do mundo. Em alguns desses países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei por receberem tratamento diferenciado na escola.

Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno.




Diagnosticando o déficit As crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade têm dificuldade em manter a atenção ao longo do tempo necessário para as atividades. Também fazem vária atividades ao mesmo tempo e com pouca qualidade, o que frequentemente gera impacto negativo na aprendizagem escolar.

Os portadores podem ser bastante agitados e exibir comportamentos exagerados, como mexer pés e mãos, correr e saltar em demasia, como sintomas de hiperatividade. “Entretanto, a hiperatividade não é um sintoma obrigatório, diferentemente da alteração da atenção, segundo padrões do que é esperado para cada faixa etária”, explica a neuropsicóloga Carla Cristina Adda. Lembrando que as dificuldades devem ser observadas em mais de um ambiente, como em casa e na escola.




Como reconhecer? Além da dificuldade na aprendizagem escolar e no cotidiano, as crianças com TDAH podem esquecer e perder objetos, ser desorganizadas com seus materiais, não terminar o que começaram e ter dificuldades em seguir regras, sejam elas escolares ou de jogos e brincadeiras infantis.

Observa-se também impulsividade em respostas ou comentários cotidiano. “São comuns também queixas de memória, como esquecer letras já aprendidas ou recados, pois a atenção tem estreita relação com os mecanismo de aquisição e registro de informações”, alerta a profissional. As crianças podem ser bastante agitadas e costumam apreciar e ter bom desempenho em jogos de videogame, pela rapidez e brevidade características desses jogos.




Qual o diagnóstico correto? O diagnóstico é inteiramente clínico, feito com base nos sintomas, assim como a síndrome do pânico e a depressão.

Por conta disso, não é necessário exame de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro que avalie características físicas.Os médicos afirmam que os pais não precisam se sentir inseguro por conta do diagnóstico ser feito sem exames, pois é assim que a psiquiatria funciona. outros profissionais, como pediatras e neurologistas especializados na doença, também podem auxiliar no processo de diagnóstico.

As classificações internacionais estabelecem uma lista de sintomas a serem observados antes dos 12 anos, que incluem desatenção, hiperatividade e impulsividade.

“Assim, para serem considerados significativos, é necessário que a criança apresente um número mínimo de sintomas de desatenção e hiperatividade-impulsividade, que devem estar presentes por pelo menos seis meses e não serem compatíveis com a idade do indivíduo”, diz Carla Cristina.

Ou seja, os pais devem ficar atento se as ações praticadas pelas crianças são características de sua idade atual. Como esse transtorno pode apresentar comorbidade (termo utilizado quando duas ou mais doenças possuem causas relacionadas) com outros transtornos, salienta-se a necessidade de avaliação criteriosa médica e neuropsicológica, para seu correto diagnóstico.

Por ser clínico, o diagnóstico de TDAH é baseado em critério de classificações internacionais e nos procedimentos:

Entrevista clínica de anamnese e observação do comportamento: permitem coletar dados sobre as queixas atuais e o histórico sobre o desenvolvimento neuropsicomotor, desempenho escolar e relacionamento familiar e social;

Avaliação neuropsicológica: permite avaliar potenciais e fraquezas no desempenho cognitivo (processo de aquisição de conhecimento).

Realiza-se a comparação entre pessoas da mesma idade e escolaridade, assim como a comparação do desempenho individual nas várias funções cognitivas. Isso permite estabelecer se há alteração da atenção e do funcionamento executivo, compatíveis com a sugestão diagnóstica de TDAH;

Preenchimento de escalas de avaliação de sintomas por familiares e professores.

O TDAH já foi considerado um distúrbio predominantemente do sexo masculino, mas estudos têm mostrado que o número de mulheres pode ser igual ao de homens. Entretanto, em comparação com meninos, as meninas são mais propensas à desatenção do que a sintomas de hiperatividade e impulsividade que recebem diagnóstico de TDAH, geralmente mais tardio do que os meninos.




TDAH e os superdotados:O TDAH, na verdade, não possui relação direta com nenhum outro problema. Ele é um transtorno neurobiológico altamente genético e pode ocorrer em qualquer tipo de criança, tanto naquelas com inteligência normal, quanto nas superdotadas. Elas são independente e podem ocorrer ou não ao mesmo tempo.




Por onde começar?

Você provavelmente conhece alguma criança ou já ouviu algum pai falando que seu filho não consegue ficar quieto, está sempre correndo para lá e para cá, sobe no sofá a cada 5 minutos e não para de pular na cama. E, quando está na escola, não mantém a atenção por muito tempo e constantemente é repreendido pelos professores por atrapalhar os colegas. Toda essa agitação tem nome: Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – conhecido como TDAH.




O diagnóstico desse transtorno não é tão simples de ser feito (as vezes, ocorre somente depois de adulto) e exige acompanhamento de médicos e especialistas, mas você sabe quais profissionais procurar quando o TDAH é constatado e quais os primeiros passos a serem dados?

Confira:

Conhecendo as estratégias

Um dos aspectos mais importantes que os pais devem saber logo que é diagnosticado o TDAH é que, para ser possível haver o controle em casa do comportamento resultante desse transtorno, é preciso ter um conhecimento correto do distúrbio e suas complicações. “Muitas vezes, é importante um acompanhamento para os pais a fim de que aprendam a lidar e manejar os sintomas do filho. Faz-se necessário que eles conheçam as melhores estratégias para auxiliar na busca de mais qualidade de vida”, afirma a psicóloga clínica, Ellen Queiroz. Ou seja, é fundamental que exista uma interação positiva e construtiva entre pais e profissionais para, assim, tornar a qualidade de vida da pessoa com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade cada vez melhor.




Quem pode ajudar?

“O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando intervenções psicossociais e psicofisiológicas. É importante que o acompanhamento seja feito por uma equipe multidisciplinar, na qual cada um exerce a sua parcela de contribuição no processo”, alerta a psicóloga. Confira alguns dos profissionais que auxiliam no tratamento do déficit de atenção e hiperatividade:




Professores

Psiquiatras

Neurologistas

Psicopedagogos

Psicólogos

Nutricionistas

E o fonoaudiólogo?

O tratamento com esse profissional também é indicado, pois a pessoa que possui TDAH apresenta dificuldade na leitura (dislexia) ou na expressão escrita (disortografia). “Esse acompanhamento é importante devido à dificuldade em manter a atenção. Além disso, a desorganização e a inquietação atrapalham bastante o rendimento escolar”, esclarece a psicóloga.




Qual o papel do psicólogo?

Esse profissional ajuda o paciente com técnicas para lidar com sua rotina pessoal e escolar, além de trabalhar suas crenças e pensamentos em relação à doença. “Muitas vezes, a criança com TDAH é excluída no ambiente escolar e fortemente repreendida pela família. Por isso, a orientação de pais e educadores é muito indicada como forma de amenizar o sofrimento da criança e favorecer um ambiente sadio para seu desenvolvimento!, complementa Ellen Queiroz.

Em outras palavras, é necessário que haja o acompanhamento da criança e da família. Dessa forma, é possível desenvolver ações sobre como trabalhar as crenças do paciente e dos pais a respeito de determinados comportamentos e conhecer e entender os conceitos básicos do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.




Hora da leitura




Após o diagnóstico do TDAH ser confirmado, a busca por ajuda profissional e a aceitação da família são passos importantes. Mas também é possível encontrar auxílio sobre o que fazer e como agir por meio de livros. Confira algumas opções:

Pisando no freio: com uma linguagem leve, o livro busca informar aos jovens o que é o déficit de atenção, explicando a diferença entre ter ou não ter hiperatividade. Também é indicado para a leitura dos pais, que são responsáveis por passar maior confiança às crianças sobre o TDHA. Editora: Artmed, R$ 31,00. Autores: Patricia O. Quinn e Judith M. Stern.

v Uma tartaruga a mil por hora: voltado para o público infantil, o livro conta a história de uma tartaruga que, contrariando os outros animais de sua espécie, faz tudo rapidamente. Dessa forma, ensina como lidar com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira mais simples. Editora: Ciranda Cultural, R$ 14,00. Autora: Márcia Honorato.

Atendimento ao público

Você sabia que é possível encontrar ajuda médica especializada de forma gratuita em diversos estados do país? Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e espírito Santo oferecem esse serviço. Para maiores informações sobre a localidade, basta acessar o site www.tdah.org.br.




Apoio familiar

O diagnóstico desse transtorno é um processo que envolve diversos aspectos, sendo que problemas biológicos e psicológicos variados podem contribuir para a manifestação dos sintomas apresentados. “Muitos pais demoram a procurar ajuda ou não aceitam o diagnóstico por pensarem que é coisa da idade, que vai passar com o tempo. Porém, o envolvimento da família nesse processo é primordial, por isso deve haver um acompanhamento após o diagnóstico da criança com TDAH”, explica Ellen Queiroz, psicóloga clínica.




O TDAH existe sim!




Logo no início do diagnóstico, é comum que os pais fiquem com dúvidas e demorem a acreditar que seus filhos tenham mesmo o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Porém, é importante o conhecimento da doença e a aceitação do problema para uma melhor qualidade de vida para a criança e a família. “Quando os pais amadurecem e passam a aceitar o filho com suas dificuldades e limitações. o processo flui e a criança consegue ser incluída no ambiente que frequenta. Nesse momento os pais deverão encontrar situações prazerosas para o seu filho, tendo uma percepção dos seus esforços , empenho e talento”, esclarece a psicóloga. Em outras palavras, pais e parentes bem informados facilitam o tratamento e diminuem os possíveis problemas ocasionados pelo TDAH.

Embora o diagnóstico em adultos seja menos comum, as vezes ocorre e o apoio familiar também é fundamental. Porém, Ellem aconselha que a própria pessoa que sofre com o transtorno busque ajuda, sem depender da influência de parentes, por exemplos. “O interessante é que o adulto por si só procure ajuda e tratamento, pois comportamentos de TDAH numa relação podem gerar desconfortos, crises no relacionamento ou até mesmo brigas fáceis”, alerta a profissional.




10 mandamentos

Quando existe consciência sobre os problemas que o TDAH pode causar na vida das crianças, fica mais fácil minimizar esses efeitos. Então, confira algumas dicas simples que podem contribuir para maior eficácia do tratamento desse transtorno:




- Reforce os aspectos positivos da criança, parabenizando por seus acertos

- Dê instruções claras e objetivas, facilitando o entendimento

- Incentive a criança a terminar aquilo que já iniciou - Seja presente no âmbito escolar do filho, assim fica mais fácil saber como está o desempenho em diversos aspectos da vida

- Estimule a autonomia da criança, incentivando-a a realizar certas atividades, mas sempre de acordo com sua idade

- Por mais corrido e atribulado que seja o dia a dia, tenha tempo para interagir e brincar com o filho

- Tente manter sempre o ambiente doméstico o mais organizado possível

- Crie uma rotina diária consistente, ou seja, com horários bem estabelecidos e pouco mutáveis

- Tenha conversa frequentes com a criança e pergunte como ela se sente e se acredita que alguma coisa deve mudar

- Quando a criança fizer algo inapropriado, diga que foi errado e explique como seria a maneira mais correta. Bom exemplo

“Para o sucesso do tratamento, a ajuda dos pais é de extrema importância, uma vez que os aspectos sociais e emocionais deles, assim como os métodos utilizados na educação do filho, influenciam nas atitudes e comportamentos apresentados pela criança”, diz Ellem.

Ou seja, além de explicar as coisas de forma mais objetiva, os pais também precisam ensinar através de exemplos, pois a assimilação torna-se mais completa e fácil. Dessa forma, crianças com TDAH conseguem entender e aplicar melhor os ensinamentos, aumentando a qualidade de vida.




Regras em dia

É importante não confundir compreensão sobre os sintomas que o TDAH provoca com displicência na hora de educar as crianças, ou seja, conforme explica a profissional, é fundamental lembrar que não é por causa do transtorno que pais e professores devem pegar leve com a criança e deixar de estabelecer limites e regras. “Para tal, é necessário construir um processo educativo e isso exige um exercício fundamental de ambas as partes, como diálogo, ter respeito em relação ao tempo da criança, escutar, aprender e ensinar”. acrescenta Ellen.

Vamos aprender?




O TDAH atrapalha – e muito – o rendimento escolar. Pensando nisso, profissionais explicam como superar esse obstáculo e conseguir tirar de letra esse desafio! Ao contrário do que muitos pensam, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não é considerado uma dificuldade de aprendizagem, apesar de as pessoas que possuem esse transtorno apresentarem maiores dificuldades na hora do estudo. Segundo a psicóloga Rafaella Silveira, isso não ocorre por uma dificuldade de aprendizado, e sim porque essas pessoas possuem outras características que dificultam o processo, como a desatenção, hiperatividade e impulsividade. “Porém, uma vez que estejam adequadamente tratados e medicados, e já não possuem deficiências na capacidade de aprender, podem passar por esse processo tranquilamente”, diz Rafaella.

Atenção aos sinais




Segundo a profissional, professores e pais podem estar atentos a sinais de desatenção, hiperatividade e impulsividade comum em atividades que exigem mais esforço mental.

Veja:

Desatenção é a dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em atividades escolares e profissionais; problemas em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas; não escutar quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade de organizar tarefas e atividades;

evitar ou relutar em envolver-se em tarefas que exigem esforço mental constante;

perder objetos necessários para tarefas ou atividades;

ser facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimento em atividades diárias. Hiperatividade é uma agitação excessiva das mãos ou dos pés, abandonar a cadeira em sala de aula ou em outras situações nas quais se espera que permaneça sentado;

correr ou escalar excessivamente quando isso é inapropriado; dificuldade de brincar ou envolver-se silenciosamente em atividade de lazer;

estar frequentemente ‘a mil’ ou muitas vezes agir como se estivesse a ‘todo vapor‘;

falar em demasia. Impulsividade é dar respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido concluídas;

ter dificuldade de esperar a sua vez e interromper ou intrometer-se nos assuntos dos outros. Mas para que se posso considerar TDAH, é importante, que tais sinais sejam observados em conjunto – até antes dos 6 anos de idade, que estejam presentes por um período de no mínimo 6 meses, em dois ou mais ambientes frequentados pela criança

Sem dramas

“Na educação atual, felizmente, tem-se como que estabelecidos que turmas especiais para pessoas com dificuldades de aprendizagem é algo improdutivo e ultrapassado. Não se trata de uma doença contagiosa, e sim de uma característica de aprendizagem, ou seja, quem tem TDAH tem total possibilidade de aprender e ser o que quiser na vida, basta que o ensino seja adequado à sua necessidade”, diz a psicóloga Adriana Serrano.

A profissional explica que cada um possui um jeito muito próprio de aprender – cada pessoa tem a sua necessidade educacional. Portanto, não é prático que a escola atenda a cada necessidade individual, ou seja, um professor, em sala de aula, programa seu método de ensino a partir de uma expectativa de aprendizado médio, que pode, inclusive, ser muito rápida para uns e muito lenta para outros.




“Dependendo do andamento geral da turma, o professor deve estar sempre aberto para rever seus métodos de ensino, visando a uma boa aprendizagem para aquela turma em particular. Ele tira dúvidas particulares, explica de outra forma se algum aluno não entendeu, tudo para que todos possam seguir juntos no aprendizado do conteúdo”, diz Adriana. A medicação é importante, no sentido de minimizar os efeitos do processo neurológico que o transtorno apresenta, mas a profissional explica que o professor precisa fracionar as explicações e os exercícios em pedaços menores, para ajudar o aluno a acompanhar o conteúdo.

Ter um local calmo e silencioso para os estudos e evitar estímulos concorrentes, como televisão e videogame, é importante e pode trazer muitos resultados benéficos! “É interessante que a família torne os estudos algo prazeroso e interessante para a criança do ponto de vista prático: discutir o que foi noticiado pelo jornal, mostrar como se faz o orçamento familiar e desenhar a planta da casa, com necessidade de medir os cômodos e colocá-los no papel, por exemplo. Toda estratégia é bem vinda, desde que contribua com uma boa aprendizagem e com a construção de uma boa história escolar, associada a sentimentos de autoestima e autoconfiança”, conclui Adriana.

Conte com a ajuda de um especialista

É muito comum algumas pessoas apresentarem alguns desses sinais e já serem diagnosticadas com TDAH sem realmente ser. Rafaella Silveira diz que muitas crianças recebem cedo esse diagnóstico sem realmente possuir o transtorno. “Isso acontece porque os sintomas do TDAH são comuns a vários outros transtornos e também a sintomas normais do dia a dia que qualquer um pode ter, por isso, um profissional deve ser sempre consultado para que a melhor observação e análise possam ser feitas e o diagnóstico seja mais seguro”. E ainda, será que esses sintomas não estão ocorrendo também por motivos de ansiedade, conflitos ou outras situações difíceis que a criança pode estar passando?

Fique atento!




Problema de gente grande

Os problemas de atenção e hiperatividade atingem crianças em idade escolar. Porém, muitos questionam se os adultos também podem sofrer desse mal. Segundo médicos e especialistas, a maioria dos portadores do TDAH na infância mantém sintomas evidentes ou residuais após a adolescência.

Hoje, estima-se que 1 em cada 20 crianças – cerca de 5% da população – tenha TDAH e que grande parte delas mantenha os sintomas e dificuldades na vida adulta. “É fundamental conhecer algumas peculiaridades desse transtorno para fazer o diagnóstico correto e tratá-la em qualquer fase da vida”, explica o neurologista Leandro Teles.

Entendendo a diferença

Ainda segundo o profissional, em adolescentes e adultos o transtorno é um pouco diferente de quando em crianças. A proporção entre homens e mulheres com a doença é quase a mesma e o comportamento hiperativo é menos evidente, pois, geralmente, os sintomas que predominam são a desatenção e a impulsividade. “O que incomoda mais na infância é a hiperatividade e o desempenho escolar. Por isso, casos sem hiperatividade e com rendimento escolar aceitável podem passar batidos”, explica Leandro.

Já o portador que está na vida adulta, possui outra demanda de atenção, além de já realizar diretamente suas escolhas. O TDAH pode afetar seriamente a qualidade de vida do indivíduo em todos os setores, seja na área afetiva, social, acadêmica ou profissional. A maioria possui quadros variáveis, como dificuldade de se organizar, planejar, administrar o tempo e lembrar-se de datas e compromissos importantes. “O baixo rendimento no trabalho, dificuldades conjugais, problemas em particular de projetos de médio e longo prazos, constantes atrasos e desorganização são queixas comuns de pessoas afetadas nessa faixa etária”, alerta Leandro.




No Brasil cerca de 2 milhões de brasileiros adultos sofrem de TDAH, em grande parte pelo não reconhecimento do transtorno.




Importância do diagnóstico

No Brasil, muitos ainda não recebem o diagnóstico na infância. Por isso, passam grande parte da vida com dificuldades e buscando adaptações constantes. “Eles são rotulados como malcriados, mimados, sem limites, deficientes intelectuais e excêntricos.

Arrastam uma vida escolar problemática e evoluem com dificuldades sociais, familiares e de autoaceitação”, diz Leandro. É importante ficar atento, pois o TDAH pode vir acompanhado ou até gerar outros problemas de saúde, tais como: ansiedade, depressão, distúrbios de conduta, dislexia e tiques. Assim, para um diagnóstico correto, é recomendada a busca de um profissional habilitado, que no caso dos adultos são os médicos neurologistas ou psiquiatras

. O problema não aparece em exames, sendo o diagnóstico fruto de uma avaliação médica abrangente e estruturada durante uma consulta. Porém, mesmo diagnosticados e medicados adequadamente, muitos adultos não conseguem lidar com os sintomas do TDAH, causando estresse em casa e no trabalho.




Confira uma lista com orientações para uma melhor convivência com os sintomas: Exercite-se. Verifique o tempo de exercício a cada dia, pois ele ajuda a aumentar o foco de atenção e a diminuir o excesso de energia.

Aceite a si mesmo e seus limites.

O diagnóstico pode ajudá-lo a entender porque você age de uma certa maneira, mas não é uma desculpa para comportamentos inadequados. Você pode mudar. Procure pessoas que o aceite. Junte-se a pessoas com quem você se sinta respeitado.

Procure grupos de apoio em sua área ou crie sua própria rede de amigos.

Busque tempo no seu dia para relaxar.

Deixe a sua família saber que quando você chega em casa do trabalho, você precisa de alguns minutos de silêncio antes de se dedicar às atividades familiares.

Crie um registro de atividades diárias para cada dia.

Selecione as suas escolhas em ordem de importância.

Veja o que precisa ser feito e complete os itens mais importantes primeiro. Se você se distrair, ainda assim você terá conseguido fazer os itens mais importantes do dia. Use o seu relógio biológico em seu benefício.

Se você é uma pessoa mais produtiva no início do dia, coloque os itens mais importantes a serem realizadas no período da manhã.

Gerencie suas atividades de modo que você tire o máximo proveitos de seus próprios padrões de produtividade.

Crie prazos para seus projetos.

Aprenda a gerenciar o seu tempo. Esboce seus projetos estabelecendo prazos para cada etapa.

Classifique suas metas com os respectivos prazos.

Realize todas as suas tarefas e atividades em etapas.

Ao invés de olhar o projeto como uma longa e única tarefa a ser concluída, veja-o por partes.

Não se preocupe com nenhuma outra coisa até completar o que estiver fazendo naquele momento.

Sistematize com antecedência a sua própria rotina.

O uso de ajudantes organizacionais, listas de tarefas, agendas, gravadores, entre outros, é de grande valia para muitos. Aprenda tudo sobre o TDAH.

Quando mais informado você estiver sobre o seu problema, mais você estará preparado para lidar com as dificuldades diárias. Atenção Há inúmeras pesquisas mostrando que o TDAH está associado ao fracasso acadêmico, abandono escolar, acidentes de trânsitos, uso de drogas, álcool e divórcio, entre outras situações negativas na vida adulta.

Por isso, o diagnóstico e os tratamentos são muito importantes para a pessoa ter uma vida mais tranquila. Coaching comportamental

Esse tratamento foca no comportamento dos portadores de TDAH e ajuda na criação de estratégias para superar as dificuldades geradas pelo transtorno. Muito mias do que uma terapia, o coaching é uma força-tarefa na busca pelo equilíbrio comportamental das pessoas que sofrem com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) Realizado por psicólogos e especialistas na área, trata-se de um processo de orientação pessoal e individualizada, que auxilia na organização das tarefas diárias e propõe um enfrentamento prático do problema.

De maneira geral, o coaching é indicado para adolescente e adultos que sofrem com o transtorno, pois facilita o direcionamento de tarefas e ajuda a encaminhar melhor as atividades do dia a dia. “A pessoa que sofre com o transtorno e utiliza o coaching como forma de tratamento consegue lidar melhor com os sintomas”, comenta a neurologista Silvana Frizzo.

O coaching permite ao paciente uma viagem ao seu interior, buscando como e onde agem os comportamentos típicos do TDAH. Com isso a pessoa ganha reforço para trabalhar melhor suas habilidades – o que resulta em melhor autoestima e menos sentimento de inferioridade – e aprende a minimizar os efeitos da desatenção e da hiperatividade.




O tratamento

No coaching comportamental, o psicólogo tem uma meta mais específica com o paciente. Ele deve trabalhar de maneira direta os pontos de maior dificuldade do portador de TDAH. De acordo com artigo publicado pelo Instituto Paulista de Déficit de Atenção (IPDA), o Coaching Comportamental visa ajudar o paciente em questões específicas, ligadas a objetivos e metas pessoais. “O foco do coaching é mais limitado, comparado à terapia – é indicado quando as queixas do cliente são bem definidas e quando não há sofrimento emocional importante”, destaca o artigo. Na verdade, ele é mais parecido com um treinamento, com o objetivo de desenvolver uma habilidade específica.




O coaching comportamental é utilizado para compreender as ações humanas como fenômenos de sua interação com o ambiente. Na filosofia da ciência do comportamento – concepção do ser humano inserido no meio natural – , tudo e todos são comportamentos, sejam eles ações observáveis, sentimentos ou pensamentos. Entretanto, durante o processo, o especialista deve estar sempre um passo à frente do seu paciente, respeitando seu ritmo e levando-o a criar possibilidades diferentes daquela que está acostumado. “O coaching comportamental é ferramenta indispensável no tratamento do TDAH. Através dele, familiares e professores aprendem a lidar melhor com o paciente, que por sua vez, desenvolve sua autoestima, consegue ser melhor compreendido e pode até criar uma independência do medicamento”, finaliza Silvana.




As queixas mais trabalhadas pelo psicólogo no coaching comportamental são ligadas às dificuldades com estimativa do tempo; organização; execução de atividades não gratificantes; inibição do comportamento; perdas e esquecimentos frequentes; capacidade de planejamento a curto e longo prazo; manejo da raiva; assertividade e automonitoramento.

Dicas da especialista:

Use agendas

Procure ser organizado

Escreva recados importantes e cole em lugares estratégicos

Guarde coisas sempre no mesmo lugar

No site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), os pais e pacientes podem encontrar uma lista de especialista que trabalham com o coaching comportamental, formas de tratamento e dicas para lidar com o transtorno (http://www.tdah.org.br/)

Terapias psicológicas?




Além do uso de medicamentos, o TDAH também pode ser tratado por meio de terapias

Para que o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade seja realmente eficaz, é necessário que haja a combinação de métodos, ou seja, a pessoa que sofre com o transtorno precisa conciliar medicamentos e terapias. “A principal abordagem é psicológica, baseada na educação psico-educacional, na terapia comportamental e na terapia familiar. A medicação é complementar e deve ser utilizada conforme a gravidade do caso”, esclarece Moacyr Alexandro Rosa, psiquiatra e professor da UNIFESP.




Terapia cognitivo comportamental

Essa é considerada a principal forma de atendimento para pacientes com TDAH por apresentar bons resultados em termos de mudanças comportamentais de forma duradoura. “Essa abordagem psicoterápica caracteriza-se pela busca de mudanças nos afetos e comportamentos por meio da chamada reestruturação cognitiva, isto é, substituir crenças, pensamentos e formas de interpretar as situações que sejam negativas e disfuncionais por outras formas de pensar e perceber o mundo”, explica Maria Eduarda Vasselai, psicóloga infantil.




Em outras palavras, o profissional responsável por realizar a terapia cognitivo comportamental desempenha papel fundamental no tratamento do TDAH, pois atua com treino relacionado a soluções de problemas e melhores habilidades sociais. Além disso, proporciona formas de relaxamento e estabelece agendas de atividades rotineiras e de objetivos e metas a serem cumpridos. O terapeuta cognitivo comportamental também ensina como modificar as formas de pensar e lidar com problemas que podem ser prejudiciais. “Ainda é importante frisar que as técnicas devem ser escolhidas de acordo com cada paciente, sua história de vida e do quadro sintomático, e características pessoais e ambientais. Também devem ser adequados a cada um, após o diagnóstico ser estabelecido”, complementa Maria Eduarda.

O que é psicomotricidade?




Essa forma de tratamento ocasiona bons resultados para pessoas com TDAH, uma vez que tem como base o desenvolvimento motor, afetivo e psicológico da criança, melhorando suas capacidades perceptivas e trabalhando seu esquema corporal, sua estruturação espacial e sua orientação temporal. “As intervenções motoras em uma criança co sintomas de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade podem influenciar positivamente no equilíbrio e no esquema corporal. A psicomotricidade pode ser uma ferramenta eficiente para o desenvolvimento motor, para melhorar a atenção, a concentração e o aproveitamento escolar”, justifica Maria Eduarda. Essa técnica utiliza exercícios que envolvem atividades motoras e emocionais, melhorando a aprendizagem e relacionamentos sociais.




A profissional ainda explica que quando o trabalho psicomotor está diretamente associado a atividades lúdicas (no caso do tratamento ser voltado para o público infantil) possibilita criar estratégias e ambientes adequados para o desenvolvimento da parte motora e dos aspectos psicossociais prejudicados pelas características do transtorno. A psicomotricidade trabalha aspectos como coordenação motora, disciplina e desenvolvimento da memória, por meio de jogos comuns, como cobra-cega e amarelinha.




Além dos medicamentos Uma das melhores opções para o tratamento do TDAH são as terapias psicológicas, mas só o acompanhamento com profissionais não é o suficiente. “Como parte do trabalho psicoterápico com pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, devem-se incluir sessões de atendimento aos pais, com o incentivo de busca de informações em literatura pertinente acerca do quadro de seus filhos, corrigindo-se concepções errôneas e propiciando conversas esclarecedoras sobre o transtorno”. acrescenta a psicóloga.




Mas atenção: É indicado que antes de ser feito o uso de determinadas técnicas da terapia cognitivo comportamental, seja feito o diagnóstico preciso do TDAH. “Quanto antes se buscar apoio, mais chances a criança terá de apresentar um desenvolvimento adequado a sua faixa etária, sem grande discrepância quando comparada a outras crianças de sua idade sem esse transtorno”, alerta a psicóloga.




Atenção especial

Além de auxiliar as crianças que sofrem com o transtorno, as terapias também podem ser ótima aliadas dos pais. “Eles também podem necessitar de apoio psicológico devido aparecimento de quadro depressivo e ansioso ou mesmo conflitos conjugais, os quais servem para exacerbar dificuldades de convivência familiar, podendo desestruturar ainda mais o ambiente e acarretar maiores dificuldades ao paciente com o transtorno”, finaliza Maria Eduarda.




Medicar é preciso?

O assunto ainda rende muita polêmica O TDAH exige uma força tarefa para seu tratamento, envolvendo profissionais de várias áreas, em conjunto com a família. A indicação de remédios é defendida por alguns especialistas como a maneira mais eficaz de amenizar os sintomas do transtorno – como a falta de foco, a impulsividade e a hiperatividade. Por outro lado, há quem condene as medicações utilizadas para essa finalidade, criticando seus efeitos colaterais e, principalmente, o uso indiscriminado do medicamento. Para a neurologista Silvana Frizzo, a prescrição do medicamento é necessária para equilibrar substância químicas no cérebro que interferem no comportamento do seu portador.

O medicamento serve para reequilibrar e reajustar essa falta, principalmente por via da dopamina, prejudicada nesses pacientes. “A terapia por si só ajuda a melhorar 30% do transtorno, já a ação do remédio controla 60%. Os dois juntos chegam quase a 100% de melhoria”, destaca Silvana.

Eficácia dos medicamentos




Um grande estudo realizado em centros universitários nos Estados Unidos e no Canadá (denominado MTA – Multimodal Treatment Assessment) teve por objetivo verificar até que ponto o uso de medicamento é eficaz no tratamento. No total, participaram da pesquisa cinco centros de estudos norte-americanos e um canadense, que analisaram 579 crianças que sofriam de TDAH.

De acordo com artigo publicado pela Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o resultado do estudo mostrou que as crianças tratadas com medicamentos, seja associado ao uso de psicoterapia ou não, tiveram elevado grau de melhora e um controle melhor dos sintomas. Ainda segundo o artigo, já foram realizados mais de 150 estudos internacionais com medicamentos que atualmente são usados para tratar o TDAH.

O resultado encontrado, em quase todos, é de que os medicamentos são eficientes e, sempre que são bem administrados, proporcionam uma sensível melhora aos pacientes.

Porém, é necessário ter certeza de que se trata mesmo do distúrbio. Muitos pacientes são medicados sem um diagnóstico certeiro, contribuindo para o exagero na prescrição medicamentosa e para um alto índice de efeitos adversos. “E vale lembrar que o remédio sozinho não soluciona o problema. É preciso planejar um conjunto de ações para o tratamento, incluindo medicamento, psicoterapia e até mesmo apoio familiar para obter sucesso”, salienta Silvia.

Para a psiquiatra Eloisa Helena Rubello Valler Celeri, do Ambulatório de psiquiatria e Psicologia Médica do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp, Tdah não é sinônimo de medicação à base de metilfenidato. “Antes de prescrever o medicamento, o médico e a família devem avaliar bem os prós e os contras. Às vezes, uma orientação aos pais, uma ajuda pedagógica na escola ou terapia são suficientes para tratar a criança. O psicoestimulantes – Ritalina ou outros disponíveis no mercado brasileiro – é uma possibilidade, mas não necessariamente o único caminho para o tratamento”.


http://www.lersaude.com.br/especial-transtorno-de-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-tdah-como-tratar-e-amenizar-os-seus-efeitos/

Sociedade Americana reduz idade para tratar TDAH


Segundo as novas diretrizes, crianças entre 4 e 5 anos poderão ser tratadas com remédio se não responderem aos tratamentos comportamentais


O déficit de atenção e de hiperatividade (TDAH) agora pode ser diagnosticado em crianças a partir de 4 anos e até 18 anos de idade, segundo uma nova diretriz apresentada no domingo pela Academia Americana de Pediatria. Nas diretrizes anteriores, lançadas em 2000 e 2001, havia somente orientações sobre o diagnóstico e tratamento para crianças com idades entre 6 e 12 anos.




"Tratar uma criança enquanto ela é pequena é importante porque nós aumentamos as chances de elas serem bem-sucedidas na escola", diz Mark Wolraich, pediatra da Universidade de Ciências da Saúde em Oklahoma e autor do novo guia para os médicos. O déficit de atenção e hiperatividade é o distúrbio neurológico do comportamento mais comum nas crianças – em 2007, 9,5% das crianças receberam o diagnóstico de TDAH nos Estados Unidos.




Em crianças com idade entre 4 e 5 anos, os médicos devem priorizar o tratamento com terapias comportamentais. Se todas as estratégias falharem e se as crianças continuarem com problemas que repercutam em sua vida cotidiana, os especialistas devem prescrever o metilfenidato (remédio comercialmente conhecido como Ritalina). Para crianças mais velhas e adolescentes, tanto a terapia comportamental quanto a droga são estratégias recomendadas.




Diagnóstico — Embora as novas diretrizes permitam que crianças a partir dos 4 anos sejam diagnosticadas, há um grande desafio no diagnóstico dos pequenos com essa idade. Isso porque, segundo Wolraich, essas crianças são muito pequenas para já estarem na escola e estão apenas sob a supervisão dos pais. Por isso, há dificuldade para confirmar os comportamentos com as opiniões de professores ou funcionários de uma creche, por exemplo

Assista ao vídeo

FONOAUDIOLOGIA E SUA ATUAÇÃO EM CASOS DIAGNOSTICADOS COM TDAH


Há pouco tempo, bem pouco por sinal, era comum ler e ouvir relatos de profissionais e estudiosos na área do déficit de atenção com ou sem hiperatividade afirmarem que o tratamento para esses casos estava restrito às especialidades da medicina (Neurologia e Psiquiatria) e psicologia (Neuropsicologia e TCC).




Considerações por mim parecidas estranhas não necessariamente por ser Fonoaudióloga e atuar com esses casos, mas por ter duas filhas com diagnóstico de TDAH, e observar na maioria deles as comorbidades existentes na área tanto na linguagem oral como escrita. As mais comuns são: respiração oral, deglutição atípica, dislalia, disgrafia, disortografia, disartria, discalculia, dislexia, e dificuldade em estruturar e organizar o pensamento oral e escrito. Distúrbios estes de competência e domínio da atuação Fonoaudiológica.




Dessa maneira sinto-me absolutamente a vontade para estar, neste nosso primeiro contato, descrevendo sobre a Dislexia do Desenvolvimento, pois é um comprometimento diagnosticado em muitas crianças com TDAH.




Dislexia do Desenvolvimento é um dos transtornos que mais afetam o aprendizado e, segundo a Associação Internacional de Dislexia, é um transtorno específico, sendo caracterizado pela dificuldade na correta e/ou fluente leitura de palavras, na escrita e nas habilidades de decodificação, interferindo na ampliação do vocabulário e conhecimentos gerais, quando se comparam sujeitos com todas as habilidades preservadas e outros com transtornos de leitura e escrita com a mesma idade, escolaridade e nível de inteligência. (Lukasova K., 2007).




Na Dislexia do Desenvolvimento pesquisas têm demonstrado que áreas cerebrais envolvidas responsáveis por processos perceptuais, cognição e tarefas metacognitivas estão alteradas (Etchepareborda MC, 2003), acarretando num conjunto heterogêneo de manifestações que prejudicam as habilidades sensoriais e linguísticas.




Neurobiologicamente, durante o desenvolvimento embrionário podem ocorrer algumas anomalias que provoquem disfunções neurais, comprometendo o desenvolvimento do processamento do som, cuja localização cerebral encontra-se na região têmporo-parietal esquerda, responsável pela análise da palavra escrita. Em outros estudos, encontram-se alterações no cerebelo, que é responsável pelo processamento fonológico da leitura e pela motricidade fina responsável pela disgrafia (Capovilla AGS, Capovilla FC 2000).




Como dito anteriormente, está cada vez mais comum, graças as pesquisas e estudos realizados, os diagnósticos de Dislexia do Desenvolvimento e com isso os profissionais, dentre os quais o Fonoaudiólogo, pode atuar precocemente evitando assim danos maiores para a vida cotidiana e escolar do indivíduo.




Email: neusa.botana@terra.com.br

Tel: (011) 3832.2419

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) E AS IMPLICAÇÕES FAMILIARES


Edyleine Bellini Peroni Benczik
Psicóloga/Neuropsicóloga
Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento
Humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo – IPUSP
Rua Artur de Azevedo, 1767 – 14º. Andar – cj. 142 – Ed. Altamura – Pinheiros – SP
benczik@ig.com.br




O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade é considerado uma desordem neurobiológica que afeta entre 3 a 7% da população infantil, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo. Ele é reconhecido hoje, como um dos maiores desafios para pais, professores e especialistas, em função da ampla variedade de comprometimentos que o quadro promove (Benczik, 2000).




O excesso de atividade motora, o alto nível de impulsividade, a dificuldade para esperar a vez podem provocar um impacto negativo na aprendizagem, nas relações sociais e familiares (Poeta, Rosa Neto, 2004). Os pais acusam a criança de “não escutar”, de não seguir regras e normas, de não conseguir completar as solicitações mais simples de reagir com agressividade e baixa tolerância à frustração, pois dificilmente aceitam um “não”.




Os pais também observam uma dificuldade acentuada para realizar tarefas de rotina e falta de iniciativa para tomar banho, escovar os dentes, sentar para as refeições, para dormir e pegar no sono. Em particular, o comportamento do dever de casa pode ser a mais estressante das incapacidades invisíveis desta criança. Sem supervisão de um dos pais, ela poderá começar outras três atividades sem terminar a sua tarefa de casa, além de manifestar rotinas de evitação, postergação, esquecimentos das tarefas e de livros importantes para a execução do dever. Estes momentos se tornam o estopim de uma guerra diária. Os pais, então, reagem com maior direcionamento, controle e raiva, podendo usar de disciplina física para tentar retomar o controle sobre o comportamento rebelde da criança.




Os filhos com TDAH, muitas vezes são considerados como desobedientes, preguiçosos, mal-educados e incovenientes, pois não conseguem se adaptar no ambiente onde convivem e não correspondem às expectativas dos adultos (Benczik, 2000).




Os pais se sentem então, estressados e perdidos em como devem lidar com o filho e não se sentem suficientemente capazes de educá-los. O ambiente familiar é marcado geralmente por conflitos e desarmonia e, compromete a qualidade de vida e a saúde mental de todos os seus membros. Grande parte dos conflitos parece vir do TDAH da criança e de seu impacto sobre o funcionamento da família. Mas, o comportamento dos pais, as suas características e seu padrão ocupacional podem também estar relacionados e contribuírem com essas interações problemáticas.

Desta forma, os pais necessitam de ajuda e suporte para desenvolver um repertório para lidar com as demandas do dia-a-dia de seus filhos com TDAH, evitando o uso de práticas educativas punitivas excessivas e de recompensar comportamentos inadequados ao invés dos adequados.




Del Prette & Del Prette (2009) e Rocha e Del Prette (2010) afirmam que os pais de crianças com TDAH precisam desenvolver habilidades pessoais, como melhorar a comunicação, fornecer feedback positivo, elogiar, incentivar, manifestar atenção ao relato da criança, obter informações, expressar discordância ou reprovação e, concordar quando for pertinente, promover a autoavaliação, modificar os ambientes físicos, quando necessário, a fim de ampliar oportunidades educativas, organizar materiais, mediar as interações da criança com os outros, descrever os comportamentos desejáveis e indesejáveis, negociar regras, chamar atenção para normas preestabelecidas, pedir mudança de comportamento, apresentar instruções e dicas. E ter um especial cuidado com os gestos, expressões faciais e corporais, com o tom de voz e com a forma de falar, ter clareza, fluência e ênfase (Del Prette & Del Prette, 2008).




O Programa de Treinamento de Pais (PTP) é bastante indicado como parte integrante do tratamento para TDAH (Pinheiro et al., 2005), a fim de evitar formas disfuncionais das reações parentais ao comportamento dos filhos com TDAH.




Benczik (2000) também enfatiza a necessidade dos pais receberem orientação para melhor lidar com seus filhos com TDAH, ressaltando a psicoeducação, o desenvolvimento de consciência sobre as dificuldades que o filho enfrenta diariamente, a fim de abandonar a falsa crença de que a criança é desinteressada, preguiçosa e que não se esforça ou que é ruim ou teimosa, sabendo diferenciar desobediência de incompetência. Afinal, a maior parte dos comportamentos de crianças com TDAH é decorrente da dificuldade e inabilidade, mais do que por teimosia.




Outro ponto importante quando se orienta os pais é que eles devem refletir sobre como interagem com seus filhos, como estabelecem as regras e punições. Recomenda-se que ajam preventivamente e não apenas depois que os filhos cometem erros, advertindo-os ou punindo-os. É importante para o filho saber o que é esperado dele em cada situação, antecipadamente. Para isso, os pais devem transmitir mensagens claras e caso os filhos cometam erros, podem demonstrar a sua insatisfação imediatamente, estabelecendo uma punição justa, como a perda de um privilégio.




No início, os pais orientam e sugerem, controlando a conduta dos filhos, até que, aos poucos, a criança desenvolva e controle as suas próprias atitudes. As ações aqui envolvem: reforçar os pontos positivos, evitar comparações entre irmãos, dar regras claras e limites consistentes, e uma de cada vez, incentivar o filho a terminar tudo o que começar, adverti-lo de forma construtiva, sugerindo alternativas de solução de problemas (pensar, refletir, esperar e agir), usar um sistema de reforço imediato, não sobrecarregar o filho com excesso de atividades, estimular fazer e manter amizades, utilizar jogos com regras, ter uma rotina de horários, reservar um espaço arejado, iluminado, silencioso e organizado para a criança fazer a sua tarefa, não exigir mais do que a criança pode dar, estimular a autonomia e a independência, considerando-se a idade e rever as altas expectativas, evitando esperar “perfeição”.




Benczik (2000) ainda adverte que os pais devem controlar a própria impaciência e devem ser otimistas, pacientes e persistentes, tendo a consciência de que o transtorno é crônico, não desanimando diante de possíveis obstáculos. Embora o TDAH tenha predisposição biológica forte, basicamente hereditária, as interações sociais produzem um poderoso efeito na expressão deste transtorno, principalmente o comportamento dos pais, que influem certamente sobre o modo como a criança com TDAH é percebida, conduzida, criada, amada e, então, lançada para a vida adulta. Essa influência age de forma singular, apresentando efeitos de longa duração sobre o adolescente e o adulto resultantes dessa criança (Barkley, 2000).




Barkley (2000) também afirma que para entender quem desenvolve quem continua a apresentar o transtorno ao longo do tempo, qual criança desenvolverá problemas adicionais, qual terá sucesso a despeito de seus problemas e, quais indivíduos se sairão mal na vida adulta, é necessário fazer referência à família.




Assim, saber se as crianças apresentam TDAH é de limitada importância para predizer seu futuro, temos que considerar com quem interagem, e quem, em troca, age sobre elas.

Diante do poderoso efeito que o TDAH exerce no ambiente familiar, nas interações familiares, na qualidade de vida e na saúde mental dos membros da família, torna-se importante que os pais recebam orientação e desenvolvam um repertório pessoal adequado para lidar com seus filhos, minimizando assim os conflitos e os efeitos colaterais de uma dinâmica familiar disfuncional.




Referência




BARKLEY, R.A (2000). Taking charge of ADHD: The complete, authoritative guide for parents. Guilford Press. BENCZIK, E. B. P.(2000). Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade –




Atualização Diagnóstica e Terapêutica – Um guia para profissionais. (4ª.ed/1ª.reimp). São Paulo: Casa do Psicólogo, 110 p.




DEL PRETTE, A., & DEL PRETTE, Z. A. P. (2009). Adolescência e fatores de risco: A importância das habilidades sociais educativas. In V. G. Haase & F. J. Penna. (Org.). Aspectos biopsicossociais da saúde na infância e adolescência (pp. 503-522). Belo Horizonte: Coopmed




PINHEIRO, M.; CAMARGOS JR., W. & HAASE, V. (2005). Treinamento de pais. In A. Hounie e W. Camargos Jr. (Orgs.), Manual Clínico do TDAH (pp. 942-966). Belo Horizonte: Editora Info.




POETA L.S, ROSA NETO F. (2004) Poeta, L. S., & Neto, F. R. (2004). Estudo epidemiológico dos sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade e Transtornos de Comportamento em escolares da rede pública de Florianópolis usando a EDAH. Revista Brasileira de Psiquiatria, 26(3), 150-155.

TDAH (TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE)


É um transtorno neurobiológico, multifatorial, podendo levar a dificuldades emocionais e comportamentais em todas as áreas de seus relacionamentos (âmbito familiar, profissional, acadêmico, social e afetivo).




Esse transtorno tem causas genéticas e isoladamente ou associado a outros distúrbios (comorbidades) os seus principais sintomas são dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade. É identificado em muitos países e oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).




É uma das principais causas de fracasso e consequentemente abandono escolar (na fase adulta, inconstância profissional), uma vez que esse aluno apresenta-se disperso, desatencioso, e independente de seu nível de inteligência (geralmente normal ou acima da média), e isto prejudica o seu desempenho escolar.




A baixa autoestima, as repreensões constantes, seu limiar mínimo de frustração e contenção, seus insucessos sociais e reveses escolares levam a uma visão negativa de futuro desfavorável e descrédito de si mesmo. O diagnóstico é clínico, sendo primordial e de suma importância que seja feito precocemente, pois o tratamento adequado previne as grandes dificuldades comportamentais e sociais.




A medicação é indicada e faz parte do tratamento na maioria dos casos. O medicamento possui a finalidade de reorganizar o sistema nervoso central, apresentando uma melhora significativa na hiperatividade, na capacidade de concentração e no seu grau de atenção.




A adaptação ao medicamento é uma condição individual, sendo extremamente necessário o acompanhamento de um médico.




Estima-se haver desequilíbrio neuroquímico cerebral, provocado pela produção insuficiente de neurotransmissores ( Dopamina, Noradrenalina) em certas regiões do cérebro, que são as responsáveis pelo estado de vigília, atenção e pelo controle das emoções. Esta desorganização bioquímica leva a alterações neurofisiológicas que acabam provocando alterações do sono, comportamentos agressivos, impulsivos, depressivos e os distúrbios de atenção que podem estar associados ao quadro de hiperatividade.




Sempre que possível, o tratamento psicológico é uma excelente alternativa (Terapia Cognitiva Comportamental é a mais indicada), uma vez que a criança/adolescente/adulto TDAH apresenta um sofrimento emocional intenso, que dificilmente terá uma solução satisfatória sem a ajuda psicoterápica e medicamentosa.

50 DICAS NO TRATAMENTO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO EM ADULTOS - Do livro Tendência à Distração


O tratamento do TDAH começa com esperança.




A maior parte das pessoas que descobrem ser portadores de TDAH, sejam crianças ou adultos, sofreram muita dor. A experiência emocional do TDAH é preenchida com obstáculos, humilhações e auto-punição. Na ocasião em que o diagnóstico de TDAH é realizado, muitas das pessoas com TDAH já perderam a sua auto-confiança. Muitas consultaram-se com numerosos especialistas, não tendo encontrado ajuda verdadeira. Como conseqüência, muitos perderam sua esperança.




O passo mais importante no começo do tratamento é o de instilar esperança mais uma vez.




As pessoas com TDAH podem já ter esquecido o que existe de bom sobre si mesmas. Eles devem ter perdido, há muito tempo atrás, qualquer crença sobre a possibilidade de as coisas darem certo. Estão, com freqüência, presos em um padrão rígido, teorizando sobre si próprios, suportando com razoável tolerância os desacertos e com criatividade para manter suas cabeças fora dágua.




É uma perda terrível esta de desistir da vida tão cedo.Mas muitas pessoas com TDAH não conheceram outro caminho que não seja o de fracassos seguidos. Para eles, ter esperança é apenas arriscar em ser novamente derrubado.




Ainda assim, sua capacidade de ter esperança e de sonhar é imensa. Mais que a maioria das pessoas, os que têm TDAH possuem imaginação visionária. Têm grandes idéias e têm grandes sonhos. Eles podem usar a menor oportunidade e imaginar que elas podem se tornar em algo revolucionário. Podem fazer de um encontro casual um grande acontecimento. Eles vivem em sonhos e necessitam de métodos de organização para dar sentido às coisas e para mantê-los nos trilhos.




Mas, como a maioria dos sonhadores, eles vacilam quando os sonhos murcham. Em geral, quando o diagnóstico de TDAH é feito, esta situação de colapso já aconteceu tantas vezes, número suficiente para fazê-los receosos de ter esperança novamente.




Uma criança pequena preferirá ficar em silêncio do que arriscar em ser criticada novamente. O adulto manterá sua boca fechada, em vez de arriscar estragar tudo de novo. O tratamento, então, deve começar com esperança.




Nós dividimos o tratamento de TDAH em cinco áreas básicas:




1. Diagnóstico

2. Educação

3. Estrutura, apoio e aconselhamento

4. Várias formas de psicoterapia.

5. Medicação




Nessa página, vamos traçar alguns princípios gerais que se aplicam tanto a crianças como a adultos, quanto aos aspectos não medicamentosos do tratamento do TDAH. Uma das formas de organizar o tratamento não medicamentoso do TDAH é através de sugestões práticas ou “dicas” de administração dos sintomas. Cinqüenta destas dicas vêm a seguir: Auto-percepção (insight) e Educação




1. Esteja seguro quanto ao diagnóstico. Tenha certeza de estar trabalhando com um profissional que compreenda de fato o que seja TDAH e tenha excluído todas as condições relacionadas ou assemelhadas, tais como estados de ansiedade, depressão do tipo agitação, hipertiroidismo, doença maníaco-depressiva, ou desordem obssessiva-compulsiva.




2. Eduque-se a si mesmo. Provavelmente, o único tratamento mais poderoso para o TDAH seja o entendimento sobre o TDAH, em primeiro lugar. Leia livros, converse com profissionais. Converse com outros adultos que tenham DDA. Você será capaz de projetar o seu próprio tratamento para adequar à sua própria versão de TDAH.




3. Aconselhamento. É útil para você ter um aconselhador (treinador), alguma pessoa próxima de você para ficar de olho em você, mas sempre com humor. O seu “aconselhador” pode ajudá-lo a ficar organizado, permanecer nas tarefas, dar-lhe o encorajamento ou lembrá-lo para voltar ao trabalho. Amigo, colega, ou terapeuta (é possível, mas arriscado para você ter aconselhamento de seu marido ou esposa), um aconselhador é alguém para “grudar” em você, para ajudar a que você conclua suas tarefas, e que lhe dê avisos, como fazem os treinadores, fique de olho em você, e geralmente, bem perito. Um aconselhador pode ser muito útil no tratamento de TDAH.




4. Encorajamento. Adultos com TDAH necessitam de montões de encorajamento. Isto é devido, em parte, a que eles têm muitas dúvidas sobre si mesmos, que foram se acumulando com o passar dos anos. Mas é mais do que isso. Mais do que as pessoas comuns, o adulto com TDAH murcha sem encorajamento e, com certeza, brilha como uma árvore de natal, quando o recebe. Em geral trabalharão para outra pessoa de um modo que não fazem para si próprios. Isto não é ruim, apenas é assim. Isto deve ser identificado e deve-se tirar vantagem para o tratamento.




5. Compreenda o que TDAH não é, ou seja, conflitos com a mãe, e aquela baboseira de terapias antigas.




6. Eduque e envolva outras pessoas. Assim como é crucial para você compreender o que seja TDAH, é igualmente, se não mais importante, que aqueles à sua volta também compreendam família, colegas de trabalho e da escola, amigos. Uma vez que eles tenham captado o conceito, eles serão capazes de entendê-lo melhor e ajudá-lo também.




7. Abandone a culpa que carrega por ter um comportamento de buscar coisas altamente estimulantes. Compreenda que você é impulsionado para obter altos estímulos. Tente selecioná-los com discernimento, em lugar de ficar “chocando” os estímulos ruins.




8. Preste atenção ao “feed-back” dado por pessoas de sua confiança. Adultos (e crianças também) com TDAH são, notoriamente, maus auto- observadores. Eles usam muito do que aparenta ser rejeição.




9. Considere a possibilidade de aderir ou de formar um grupo de apoio. Muito das informações mais úteis sobre TDAH ainda não achou o caminho dos livros, mas permanece guardado nas mentes das pessoas que têm TDAH. Em grupos estas informações aparecem. Além disto, os grupos são realmente úteis em oferecer o tipo de apoio que é tão desesperadamente necessitado.




10. Tente livrar-se da negatividade que possa ter infestado seu sistema, se você viveu por muitos anos sem saber que o que você tinha era TDAH. Um bom psicoterapeuta pode ajudá-lo neste sentido.




11. Não fique acorrentado às carreiras convencionais ou às formas tradicionais de competição. Dê a si mesmo a permissão para ser você mesmo. Abonde as tentativas de ser a pessoa que você sempre pensou que devia ser – o estudante modelo ou o executivo organizado, por exemplo – e permita a si mesmo ser o que você é.




12. Lembre-se que você tem é uma condição neuropsiquiátrica. Ela é transmitida geneticamente. É causada pela biologia, pelo modo como o seu cérebro está conectado. NÃO é uma doença da vontade, nem um fracasso moral. NÃO é causado por fraqueza de caráter, nem por falta de maturidade. A cura não será encontrada na força de vontade, nem em punição, nem em sacrifício, nem na dor. LEMBRE-SE SEMPRE DISTO. Embora tentem muito, as pessoas com TDAH tem grande dificuldade em aceitar que a síndrome tem suas raízes na biologia e não na fraqueza de caráter.




13. Procure ajudar a outros com TDAH. Você aprenderá muito sobre a condição, durante o processo, como também sentir-se-á bem em ajudar.




2. Administração de desempenho




14. Estrutura externa. Estrutura é o selo de excelência do tratamento não farmacológico da criança com TDAH. Ela pode ser igualmente útil para adultos. É tedioso de estabelecer, mas uma vez montada, a estrutura funciona como as paredes curvas de uma pista de trenó de gelo, que evita que o trenó escape para fora da pista. Faça uso freqüente de LISTAS, CODIFICAÇÃO COM CORES, LEMBRETES, AVISOS PARA SI PRÓPRIO, RITUAIS, ARQUIVOS, ETC.




15. Códigos de cores. Mencionado acima, os códigos de cores oferecem ênfase. Muitas pessoas com TDAH têm uma orientação visual. Aproveite isso, fazendo com que tudo seja memorizável com cores, arquivos, memorandos, textos, agendas, etc. Qualquer coisa que esteja em preto e branco pode ficar mais fácil de recordar, de prender a atenção, com cores.




16. Faça uma decoração alegre. Concordando com o item 15, tente fazer o seu ambiente tão enfeitado quanto queira, sem passar do ponto.




17. Prepare o seu ambiente de trabalho e atividades no sentido de ser um prêmio, não um murchador (desistimulante). Para entender o que seja um ambiente murchador, o que todo adulto precisa fazer é lembrar de novo da sua escola. Agora que você tem a liberdade de adulto, tente ajeitas as coisas de modo que você não seja constantemente relembrado de suas limitações.




18. Reconheça e prepare-se o inevitável fracasso de uma certa porcentagem X de projetos iniciados, novos relacionamentos, e obrigações a cumprir.




19. Aceite desafios. O pessoal com TDAH cresce tendo muitos desafios. Desde que você saiba que nem todos eles vão se desenvolver, e desde que você não tente ser tão perfeccionista e exigente, você conseguirá concluir muitas coisas e não terá problemas.




20. Estabeleça DATAS DE CONCLUSÃO.




21. Fracione grandes tarefas em suas partes pequenas. Estabeleça DATAS DE CONCLUSÃO para essas partes pequenas. Então, como mágica, a grande tarefa estará concluída. Este é um dos mais simples e mais poderosos entre os dispositivos de estruturação. Com freqüência, uma tarefa grande parecerá um grande transtorno para as pessoas com TDAH. O simples pensamento de tentar executar a tarefa faz com que o indivíduo desista. Por outro lado, se a tarefa grande é quebrada em partes pequenas, cada componente parecerá bem administrável.




22. Estabeleça prioridades. Evite procrastinar. Quando as coisas ficam tumultuadas, o adulto com TDAH perde a perspectiva: pagar um estacionamento pode parecer tão urgente como apagar o fogo que começou numa cesta de papéis. Priorize. Dê uma respirada profunda. Primeiro, as primeiras coisas. A procrastinação é uma das marcas registradas do adulto com TDAH. Você precisa mesmo disciplinar-se a controlar e evitar esse problema.




23. Aceite o medo de coisas que estão indo bem. Aceite a irritação quando as coisas estão muito fáceis, quanto não existe conflito. Não complique as coisas para torná-las mais estimulantes.




24. Observe como e quando você trabalha melhor: em um ambiente barulhento, num trem, enrolado em três cobertores, escutando música, ou o que seja. Crianças e adultos com TDAH podem conseguir o melhor deles próprios sob condições bastante incomuns. Permita-se trabalhar sob as condições que lhe pareçam melhores para você.




25. Saiba que está certo fazer duas coisas de uma vez: converse e tricote, ou obtenha suas melhores idéias enquanto está no chuveiro, ou faça jogging enquanto planeja uma reunião de negócios. Em geral, pessoas com TDAH necessitam estar fazendo várias coisas de uma vez, a fim de ter algo realizado, enfim.




26. Faça aquilo em que você é melhor. De novo, se parece fácil, está certo. Não existe nenhuma regra que diga que você só pode fazer aquilo em que você não é bom.




27. Deixe um tempo livre entre os compromissos para por seus pensamentos em ordem. As transições são muito difíceis para os portadores de TDAH. As mini-pausas podem ajudar nas transições.




28. Mantenha um caderno de anotações no carro, perto da sua cama, e no seu bolso ou jaqueta. Você nunca sabe quando uma boa idéia vai chegar, ou que você vai relembrar de alguma coisa.




29. Tenha sempre com uma caneta à mão, não apenas para fazer anotações nas margens ou para sublinhar, mas para a inevitável cascata de outros pensamentos que vão lhe ocorrer.




3. Administração do seu estado de espírito, seu humor.




30. Tenha um tempo estruturado para parar de funcionar. Separe algum tempo da semana para deixar correr solto, para fazer qualquer coisas que desejar: - estourar os tímpanos com música alta, ir à corrida de cavalos, dar uma festa escolha algum tipo de atividade, de tempos em tempos, onde você possa soltar-se, de modo seguro.




31. Recarregue suas baterias. Relacionado ao item 30, a maior parte dos adultos com TDAH necessitam, diariamente, de algum tempo para gastar, perder, desperdiçar, sem se sentirem culpados. Uma forma livre de culpa para conceitualizar isto é chamar este tempo de tempo para recarregar as baterias. Tire uma soneca, veja TV, medite. Algo calmo, repousante, à vontade.




32. Escolha adesões boas, como fazer exercícios. Muitos adultos com TDAH têm uma personalidade compulsiva para adesão, de modo que estão sempre engajados em algo novo. Tente fazer isto com coisas positivas.




33. Compreenda como são as mudanças de humor e as formas de as administrar. Saiba que o seu humor vai mudar você queira ou não, independente do que esteja acontecendo lá fora. Não perca seu tempo esmiuçando os motivos ou procurando alguém para por a culpa. Em vez disto, focalize em aprender a tolerar o mau humor, sabendo que ele vai passar, e a aprender estratégias para fazer com que ele passe mais rápido. Mude de cenário, ou seja, envolva-se com outra atividade nova (de preferência, interativa) como conversar com um amigo ou jogar tênis ou ler um livro, ajudará.




34. Relacionado ao item 33, reconheça o ciclo adiante, que ocorre comumente com adultos com TDAH: Alguma coisa assusta o seu sistema psicológico, uma mudança ou transição, um desapontamento, ou mesmo um sucesso. O fator desencadeante pode ser bem comum. Este assustador é seguido por um pequeno pânico, com uma súbita perda de perspectiva, o mundo vai ficando de pernas para o ar. Você tenta lidar com este pânico, caindo num estado de obssessividade e de ficar ruminando sobre um ou outro aspecto da situação. Isto pode durar por horas, dias, e até meses.




35. Planeje cenários alternativos para lidar com os inevitáveis blá-bla-blás. Ligue para algum amigo (tenha uma lista). Veja um vídeo que sempre te deixa animado e tira sua mente da rotina. Tenha como fazer exercícios físicos na hora. Um saco para dar socos ou um travesseiro à mão, se houver muita raiva guardada. Ensaie algumas conversas que você pode ter consigo mesmo, do tipo: Você já esteve aqui antes. Estes são os momentos de depressão do TDAH. Eles vão passar logo. Você está bem.




36. Prepare-se para a depressão que vem depois de obter sucesso. As pessoas com TDAH, reclamam de sentir-se deprimidos, paradoxalmente, após um grande sucesso. Isto é porque o alto estímulo da caça ou o desafio da preparação já acabou. O jogo já acabou. Ganhou ou perdeu. O adulto com TDAH sem falta do conflito, do desafio, do alto estímulo e fica deprimido.




37. Aprenda símbolos, slogans, ditados e palavras abreviadas para etiquetar pequenos escorregões, erros, ou variações de humor, colocando-os em perspectiva. Quando você entra à esquerda, em vez de entrar à direita, e por isto obriga sua família a sofrer por 20 minutos, até conseguir retornar ao seu caminho, é melhor ser capaz de dizer: aqui vai o meu TDAH de novo,do que ter uma luta de 6 horas com seu desejo inconsciente de sabotar a viagem inteira. Estas não são desculpas. Você ainda tem que ter responsabilidade pelas suas ações. É muito bom saber de onde vem suas ações e de onde elas não vem.




38. Use tempos de intervalo, como com as crianças. Quando você estiver preocupado ou superestimulado, tire uma pausa. Saia. Acalme-se!




39. Aprenda como advogar em causa própria. Adultos com TDAH estão muito acostumados a serem criticados, que eles são desnecessariamente defensivos, levando o seu próprio caso de defesa adiante. Aprenda a abandonar a defensiva.




40. Evite um encerramento prematuro de um projeto, um conflito, um acordo, ou de uma conversa. Não desista tão cedo, mesmo que você esteja se coçando para fazê-lo.




41. Tente fazer com que o momento de sucesso dure e seja relembrado, tornando-se duradouro por muito tempo. Você precisa de treinar a si mesmo, de modo consciente e deliberado, a fazer isto, porque sua tendência é de esquecer rapidamente.




42. Lembre que TDAH em geral inclui uma tendência de excessiva focalização ou de hiper-focalização sobre um só assunto, de vez em quando. Esta hiper-focalização pode ser usada de modo construtivo ou destrutivo. Fique consciente do seu uso destrutivo: uma tendência de ficar obcecado ou ruminando sobre algum problema imaginário, sem ser capaz de deixá-lo ir embora.




43. Exercite vigorosamente e de modo regular. Você deve agendar isto em sua vida e cumprir. Exercício é um dos melhores tratamentos para TDAH. Ele ajuda descarregar o excesso de anergia e de agressividade de forma positiva; permite uma redução de ruído mental; estimula o sistema hormonal e neuroquímico de modo terapêutico, e acalma o corpo. Quando você soma isto aos demais benefícios conhecidos do exercício, você pode ver quão importante é o exercício. Faça algo divertido, de modo que você possa continuar firme por toda a sua vida.




44. Faça uma boa escolha de um parceiro (a) significativo. É claro que isto é um bom conselho para qualquer pessoa. Mas é marcante como o adulto com TDAH pode florescer ou afundar-se, dependendo da escolha de companhia.




45. Aprenda a fazer piadas de si mesmo quanto aos vários sintomas, do esquecimento à tendência de ficar perdido, ou de não ter tato e sutileza ou de ser impulsivo. Se você pode ficar relaxado sobre os problemas e ter senso de humor, os outros vão perdoá-lo muito mais.




46. Agende atividades com amigos. Respeite estes agendamentos com fidelidade. É crucial para você ficar conectado com outras pessoas.




47. Procure e junte-se a grupos onde você seja apreciado, querido, compreendido e alegrado.




48. O contrário do item 47. Não fique muito tempo onde você não seja compreendido ou apreciado.




49. Faça elogios. Observe outras pessoas. Em geral, aprenda a ter treino social com seu aconselhador.




50. Estabeleça DATAS DE CUMPRIMENTO de atividades sociais.




Do livro Tendência à Distração, de Edward Hallowell e John J. Raley

ASSOCIAÇÃO DE PAIS INSPIRARE - PROGRAMA PAPO DE MÃE - TDAH E DISLEXIA

DEPOIMENTOS

O TDAH EM MINHA VIDA


Quando articulo a frase “O TDAH em minha vida” falo porque esse é um transtorno que atinge a todos na família e não apenas ao seu portador. Quando ele entrou em nossas vidas através da minha filha Luísa que contava com 07 anos de idade foi algo que deixou a todos nós, eu, meu marido e meu filho perplexos e sem compreender o que verdadeiramente se passava com ela. Iniciou-se então uma corrida desenfreada atrás de uma luz, ou de recursos, que não existiam aqui em minha cidade. Ao saber de alguém com caso de TDAH na família ia em busca de auxilio, mas o contrário ocorria, era eu quem auxiliava, pois sempre pesquisei muito sobre o assunto, principalmente no site da ABDA, que traz matérias muito interessantes e esclarecedoras.




As questões que mais nos deixavam sem chão era a incredulidade e o desconhecimento por parte dos profissionais da área da saúde e da educação quanto ao TDAH. Para eles essa era uma sigla de difícil pronuncia e não combinava com minha filha tão inteligente. Mas a confusão estava justamente aí, a inteligência e a dificuldade de aprendizagem, ela não conseguia prestar atenção em nada que ela não se afinizasse.




A todos que recorríamos criticavam o medicamento e o laudo do neurologista, mas o medicamento, na verdade, era o único realmente a nos auxiliar. Mesmo com seus efeitos colaterais, não podíamos negar tratamento a nossa filha. Seria o mesmo que negar insulina a um diabético ou o remédio para controlar a pressão ao hipertenso. Pois a pessoa com TDAH corre sim risco de vida, por conta da desatenção que pode colocar sua vida em perigo, ou mesmo pela questão da auto-estima baixa que é um agravante sem precedentes. Seria egoísmo da nossa parte negar a ela o tratamento necessário.




Já a trocamos de escolas por várias vezes, os motivos mais comuns eram a metodologia adotada pela escola, o bulling, não apenas dos coleguinhas de classe, mas de alguns profissionais da escola, ou porque não acreditavam e não conheciam o TDAH. Hoje minha filha está com 10 anos de idade, está em uma escola que tenta adequar suas práticas para melhor atender a Luísa, buscam recursos, e principalmente a professora tem um caso de TDAH na família e tem conhecimento vasto do assunto, estamos sempre trocando informações e experiências. A escola trabalha em parceria com a família.




A cada dia com a Luísa é uma surpresa diferente, até porque ela é avessa a rotina, sempre acorda querendo fazer algo novo. A impulsividade, a desatenção e o tal do hiper foco ainda geram a desarmonia em nosso lar e se estende, também a outros âmbitos das nossas vidas, por isso falo que o TDAH não se faz presente apenas na vida da minha filha, mas ele deixa impresso em nós as suas marcas.




Cida Menezes


DULCE ANE BEZERRA DE GÓES


Olá!

É um prazer muito grande contribuir para este site. Conheci a Simone em uma das comunidades do antigo orkut, e nos identificamos muito.




Tenho uma filha, a Lídia, que hoje tem 17 anos. Ela tem Tda ( sem hiperativodade). e Dpac.

Eu sou pediatra, então desde muito cedo percebi que havia algo errado. Já tinha criado dois filhos.

Desde os 4 anos ela estudou na mesma escola, da linha construtivista.

A escola sempre me tranqüilizou, afirmando que cada criança tem seu tempo, e que as aquisições acadêmicas ocorreriam naturalmente.

Como ela é caçula e temporã - o do meio ē 10 anos mais velho- fui levando.

Os conceitos ficavam na média, ela estava feliz. Tudo estava bem.

Quando a Lídia fez 10 anos, a professora da antiga quarta série me chamou.

Ela era muito boa.




Disse que identificava algumas falhas sérias no conteúdo acadêmico, e que ela deveria fazer um reforço.

Com a experiência que eu já tinha, corri na frente da escola.

Levei ao psiquiatra infantil e A uma fonoaudióloga.

Exames foram feitos e confirmaram o que eu já sabia- TDA sem hiperatividadee e Distúrbio no Processamento Auditivo Central.




Começou então a nossa luta.

Inicialmente não havia indicação de medicação pois o quadro era considerado leve.fazia Fono, psicomotricidade e psicopedagogia.

Ela seguia bem, pegava uma ou duas recuperações, a escola fez adaptações.

Ela continuava feliz.




No já então nono ano, como sempre, logo no início do ano fiz um contato com a escola, a nova coordenadora, alguns professores.

Uma semana depois voltei para ver o que a coordenação tinha conseguido ver com os professores.

Tudo estava bem, Lídia estava atenta, fazendo os deveres. Nenhuma preocupação.




Daí a uma semana -quinze dias após o primeiro contato- Lídia me falou que estava um clima estranho com os professores.

Ela chegou a ser exposta na turma por falta de atenção. E as primeiras notas eram preocupantes. Corri na coordenação- afinal, o último contato tinha ocorrido há 7 dias- e fui informada de que tudo tinha mudado.

Que o método agora era mais conteudista. Que os privilégios que ela tinha(quem me dera não precisasse deles), como fazer prova com número de questões reduzido e em separado tinham sido abolidos visando a um bom desempenho no Enem.

E que as provas, que eram semanais, passariam a ser concentradas em uma semana apenas, com duas provas por dia- o que para eles é impossível.




Fiquei desnorteada.

Foi aí que minha fè foi provada.

Quem me deu minha filha ia cuidar dela não é?

Mas o que fazer? Deixar na escola e conversar, brigar?

Mudar logo para a escola em que ela faria o ensino médio? ( uma escola pequena e totalmente inclusiva).

Foi aí que a hoje blogueira Simone me ajudou muito. Ela me disse - ouça sua filha. Veja o que ela quer fazer. Se quiser ficar, lute ao lado dela.

Se quiser sair, ajude-a na nova escola. Mas ouça-a.




Lá fomos nós. Lídia me disse que queria sair logo, que achava até melhor sair no nono ano.Lamentava muito a perda do convívio diário com as amigas, mas me pediu ajuda no entrosamento.

Rumo a nova escola. Uma receptividade maravilhosa.

Puseram-na na frente bem no meio do semi círculo. 22 alunos, contra 40 na escola anterior. E iniciamos medicação.




Aproveitei o momento e fiz um aniversário de 15 anos para ela. Foi lindo.

Vieram amigos de ambas as escolas, e fizeram uma linda homenagem a ela.




Hoje ela tem 17 anos.

O Ensino Médio está no fim - ufa- sem nenhuma reprovação, mas varias recuperações e até um dependência.

Ela quer fazer Veterinária e me pergunta- mãe, será que consigo?

Eu respondo- claro! Persiga seu sonho! você vai conseguir! Está namorando firme, e tem uma vida normal.

Segue com a medicação, teve alta da Fono, e tem apoio pedagógico.




Portanto, não desanimem. Segurem a mão de Deus de um lado, e a do seu filho de outro. Juntos, ninguém segura vocês!!!




Dulce Ane Bezerra de Góes tem 55 anos, é pediatra em Brasília -DF há mais de 30 anos.
Tem formação em medicina psicossomática e em terapia pelo método EMDR.
Trabalha em seu consultório, é casada com o Góes e mãe de Rosana, Carlos André e Lídia Raquel.
Tem duas netinhas gêmeas: Luiza e Letícia, de 10 anos.

CASSIA LICERRE


Tenho um Filho TDAH !

Sou divorciada, tenho dois filhos, Priscilla de 25 anos e o Vitor de 13 anos.




Desde muito pequeno o Vitor se mostrou muito agitado, inteligente, queria várias coisas ao mesmo tempo, muito precoce, comparado a crianças da mesma idade. Porém, chorava muito, com seis meses já batia forte, não podia ouvir um não. Andou com 11 meses, aos 15 meses era muito falante e com um vocabulário muito rico para um bebê. Na verdade, desde a gravidez o médico já chamava meu filho de “neném mexilhão”!




Começou na escola infantil com 9 meses e desde então começaram as queixas.

Escalava o berço, saia do carrinho, chorava muito. No play tirava os brinquedos dos coleguinhas, tinha ataque de birra, se jogava. Enfim eu pisava na escola e já vinha a fila de crianças pra contar as proezas do meu filho.




Com 05 anos e meio, já estava alfabetizado e prestes a ir para o fundamental, foi quando comecei a reconhecer que havia algo errado.

Com essa idade meu filho não tinha amigos para brincar, não era convidado para festa de aniversário, chegava no play do condomínio todos saiam de perto.

Ele sofria muito com essa exclusão, pois diferente de algumas crianças mais retraídas,que gostam de ficar sozinhas, já meu filho não.

Ele implorava atenção de algum coleguinha, mas no decorrer da brincadeira, não conseguia manter, brigava, xingava, batia, e era muito dolorido, as mães recomendavam, - não fica perto dele...nossa...minhas lágrimas eram de sangue!!

Então foi quando comecei a buscar ajuda primeiro de uma psicopedagoga, depois veio a neurologista, a psicóloga e a psiquiatra infantil.

Seu diagnóstico foi de TDAH e outras comorbidades.

Como toda mãe foi difícil aceitar que meu filho precisava de uma medicação para conseguir ter qualidade de vida.




Mas, mesmo contra todos que me cercava principalmente a família, fiz uma escolha, vou aceitar o tratamento para meu filho e foi uma luta solitária, tem sido uma luta solitária desde então.

No início do tratamento foi meio complicado, até acertar a medicação, mas não desisti.

Aos poucos fui vendo a mudança de comportamento, as pessoas começam a se manifestar com elogio, as crianças foram voltando, as mães começaram a me elogiar também, no fundo sabiam da minha luta.

Na escola as reclamações sempre foram de comportamento, inquietação, necessidade de sair da sala de aula, falta de organização, mas no quesito aprendizagem era sempre o primeiro.

E aí que entramos em parafuso mesmo, -mas se ele está com as notas boas por que tanta reclamação?




Tive que rever todos meus conceitos de educação e começar a encontrar um novo perfil de escola e pessoas envolvidas no processo de aprendizagem do meu filho.

As escolas que cercavam minha moradia não eram ideal para ele, tive que buscar ambiente menor e aconchegante, pessoas mais interessadas em quanto aprender com meu filho também, enfim, professores que não tivessem medo de as vezes ser questionado por uma criança.




Mudou várias vezes de escola, as vezes foi convidado a se retirar, outras vezes foi opção, mas sempre fomos progredindo.

Eu estava sempre atenta para que não tivesse atrito mais complicado com professores e colegas.

Muitas vezes as escolas estão dispostas a fazer um trabalho diferenciado, mas se houver um, apenas um que não esteja disposto já é o bastante para não dar certo e eu procurei sempre ficar atenta a estes sinais, e tomar uma decisão antes de botar a perder as conquistas do meu filho.




E desde então, mais de 07 anos de tratamento, prestes a completar 14 anos, já um adolescente com outras fases, outros desafios, estamos sempre colhendo bons resultados.




Como mãe, tento tirar a ansiedade, não fico projetando um futuro, já me culpei muito sim, é normal, mas vi que não estou sozinha nessa luta e também não inventei a doença do meu filho.




Este ano com fé em Deus estaremos comemorando a Formatura do 9º.ano e é o que queremos por ora.

O ano que vem a Deus pertence!




Uma conquista de cada vez e já estamos felizes.

Cássia Licerre

Jovem com TDAH cria app para ajudar crianças com dificuldade de aprendizado


Laleska ao lado de seu professor


Ajudar crianças que tenham dificuldade cognitiva no processo de aprendizagem, este é o objetivo de um aplicativo desenvolvido para dispositivos móveis pela aluna Laleska Aparecida, de 18 anos, estudante do curso de engenharia de controle e automação do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), Campus Manaus Distrito Industrial. O projeto está em exposição na 11⁰ Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre até domingo, 19, no pavilhão do parque Sarah Kubitscheck, em Brasília, DF.




O aplicativo, que ainda não tem nome registrado, visa ajudar crianças das séries iniciais no processo de ensino-aprendizagem. A ideia é que ele possa futuramente servir como ferramenta pedagógica ao alcance de todos os professores e redes de ensino de forma gratuita. O projeto é coordenado pelo professor Diego Sales, da área de Eletrônica do IFAM.




A motivação de tudo veio justamente de uma situação adversa, um diagnóstico de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que Laleska recebeu na infância, aos 8 anos de idade. A estudante afirma que ela e os pais sofreram com a falta de informação e com seu rendimento escolar muito abaixo da maioria dos colegas de classe.




“Meus Pais desconfiaram que havia algo errado, pois somente na segunda série do ensino fundamental que comecei a ler as primeiras palavras. Penso que assim como eu e minha família, milhões sofrem com a falta de orientação médica, muitos, inclusive, sem um diagnóstico clínico”, disse Laleska.




Porém, não são apenas os diagnosticados com TDAH e os familiares que sofrem com a falta de informação. Uma parcela importantes de professores das séries inicias não têm capacitação para trabalhar com esses alunos que, evidentemente, necessitam de atenção diferenciada.




“Vejo que na própria rede de ensino os professores e orientadores educacionais não são qualificados para trabalhar com um aluno que tenha dislexia. Muitas vezes esses alunos, nós, somos deixados de lado, taxados como preguiçosos, isso só nos prejudica e gera preconceito. Quero apenas que esse projeto possa ajudar muitas crianças”, destaca a jovem.




De acordo com a Associação Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH e a dislexia são situações mais recorrentes na infância, acometendo 5% das crianças, causando impactos diretos no rendimentos destes alunos, geralmente nas séries iniciais, nas relações sociais e também na família.




“A Laleska é um exemplo de dedicação e força de vontade, afinal, não se deixou abater pelo diagnóstico e conseguiu ingressar no curso técnico integrado em eletrônica do IFAM, e ao concluir o curso, ingressou no ensino superior, no curso de engenharia de controle e automação, áreas complexas e muito concorridas”, destaca o professor Gabriel Guerreiro, que acompanha a estudante na exposição do projeto na SNCT.


http://blogs.ne10.uol.com.br/mundobit/2014/10/18/tdah-aplicativo-ensino/







Conheça o Transtorno do Défict de Atenção e Hiperatividade



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FONOAUDIOLOGIA E SUA ATUAÇÃO EM CASOS DIAGNOSTICADOS COM TDAH

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO/HIPERATIVIDADE (TDAH) E AS IMPLICAÇÕES FAMILIARES

50 DICAS NO TRATAMENTO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO EM ADULTOS - Do livro Tendência à Distração

DEPOIMENTOS


Cida Menezes


Dulce Ane Bezerra de Góes


Cassia Licerre

Jovem com TDAH cria app para ajudar crianças com dificuldade de aprendizado











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