Páginas

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Como ajudar a criança a conquistar o equilíbrio emocional?

Como ajudar a criança a conquistar o equilíbrio emocional?

22
mai
2014
Como você está em contato com crianças e pais todos os dias, por meio do seu trabalho pela Primeira Infância, este tema é essencial para que possa orientar os adultos e ficar atento às suas ações diárias junto à criança pequena, ajudando-a a se fortalecer emocionalmente, preparando-a para a adolescência e vida adulta.
A matéria saiu na revista Crescer de maio (página 41) e chamou nossa atenção. Por isso, usamos algumas informações ali contidas para inspirar este post que fala do bem-estar emocional da criança pequena e de como é importante, nos primeiros anos de vida, trabalhar também essa questão, já que é quando se molda o funcionamento do cérebro.
O tamanho e estrutura do órgão não mudam muito do nascimento à vida adulta. Mas, as conexões entre os neurônios (sinapses) que se estabelecem, especialmente até os sete anos, podem fazer diferença no equilíbrio cerebral e, consequentemente, na vida do indivíduo.
Mas, como garantir isso? Simples: oferecendo à criança os estímulos corretos. Para desenvolver as funções cognitivas, usam-se jogos de raciocínio, por exemplo. Para que esse outro lado também se desenvolva, são necessárias interações socioafetivas qualificadas que vão condicionar a mente a ser mais coerente emocionalmente.
A matéria traz os pilares para uma mente sã. Aliás, reforça que uma criança que tem uma mente emocionalmente saudável não é aquela que não chora, tampouco se frustra ou se irrita, “mas aquela que aprimora, constantemente, a compreensão sobre as próprias emoções”, segundo o psicólogo Marcelo Mendes, da PUC-Campinas (SP).
Ter essa capacidade significa possuir uma inteligência emocional (QE) sadia, tão importante quanto o quociente de inteligência (QI). Isso significa que não adianta a criança ser intelectualmente capacitada se não sabe lidar com críticas, por exemplo.
Os especialistas indicam cinco pontos-chave que ajudam a desenvolver o QE da criança:
1. Vínculos afetivos e efetivos – criar momentos de muita qualidade nas relações, de escuta e conversa, de estabelecer limites e, também, reconhecer feitos e conquistas.
2. Autoestima – não adianta “bajular” a criança o tempo todo, como dizer que ela é a mais linda ou mais inteligente do mundo. Fortalecer sua autoestima significa criar um ambiente para que ela se sinta segura, arrisque-se mais e confie no próprio potencial, sem depender das opiniões de terceiros. No lugar de só elogiar a capacidade, vale mesmo é parabenizar o esforço.
3. Resiliência – é a capacidade de lidar com problemas e superar dificuldades. Para exercitar essa habilidade, a criança precisa interagir com o outro e entender que nem sempre tudo sairá como o planejado. Muitas vezes é preciso esperar, em outras, ceder ou recuar.
4. Frustrações – é importante que a criança vivencie choques de realidade. Perder o lanche porque se atrasou na atividade, não brincar na quadra porque não cumpriu tarefas, não realizar o passeio no parque porque choveu… Frustrações necessárias para aprender a lidar com o “não” das tantas situações futuras com as quais irá se deparar. Mas, não basta dizer “não” à criança. Ela precisa entender o porquê para adquirir a consciência crítica, transformando a proibição em aprendizado. Vão ter birra e choro, provavelmente, que devem ser acolhidos com afeto, mas também nominados no momento em que acontecem: “sei que você está com raiva ou decepcionado, mas você tem de lidar com isso”.
5. Brincadeira – angústias e medos que incomodam a criança podem ser expressados nas brincadeiras. Por isso a importância do brincar na Primeira Infância. Os jogos coletivos são ótimas estratégias para isso, porque desenvolvem o senso do pertencimento, o controle da agressividade e o bem-estar, além do aprendizado de respeitar a opinião do outro, as regras necessárias e que nem sempre tudo será do seu jeito. Se a criança brinca de casinha, ela se coloca no lugar dos pais e consegue refletir melhor sobre as ações de quem ela imita.

Todos sabem que as interações sociais infantis alcançam seu auge na escola, onde a criança pode conquistar maior maturidade emocional. Por isso, o espaço educativo onde você atua deve ter:
1. Integração do acadêmico e o emocional – programas escolares que estimulem as habilidades emocionais para melhorar o desempenho das habilidades cognitivas.
2. Bom clima – um espaço educativo que estimule a segurança, o respeito às diferenças, a valorização das amizades e atividades colaborativas.
3. Canal aberto com os pais – qualquer sinal de problema, a escola deve procurar os pais e, sobretudo, estar aberta a eles para quando precisam do apoio da instituição, encontrando, juntos, soluções aos possíveis desvios. A escola tem de ouvir e acolher as angústias das famílias para entendê-las e ajudá-las.
4. Cuidado com a integridade dos alunos – prevenir incidentes, especialmente os causados pelo bullying, é função da escola, com posturas e ações que levem ao respeito às diferenças e à convivência harmônica entre os alunos de diferentes faixas etárias e condições sociais.
Agora é ajudar, com seu trabalho, a criança pequena a construir seu equilíbrio emocional para se tornar um adulto sadio, que faça diferença!

http://www.desenvolvimento-infantil.blog.br/como-ajudar-a-crianca-a-conquistar-o-equilibrio-emocional/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Autismo: O que sabemos, o que nos falta saber



 



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Autismo Sobrecarga sensorial


Como saber se seu filho é disléxico


Dislexia: diagnóstico (multiprofissional) e intervenção são necessários para que o processo de aprendizagem transcorra de forma satisfatória e sem prejuízos psico-emocionais. Diagnosticar o mais precocemente possível é o ideal. Portanto, família e escola devem estar atentas aos sinais, e devem buscar ajuda de profissionais capacitados, além de procurarem contribuir(cada uma no seu papel) para com... o processo de aprendizado e desenvolvimento da pessoa disléxica.

Nathalie Galiza - Psicopedagoga

Via Inclusão e Além da Alfabetização

SINAIS DE ALERTA 1

• Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas;
• Dificuldade em associar as letras aos seus sons (dificuldade em associar a letra “pê” ao som /p/);
• Erros de leitura por desconhecimento das regras de correspondência grafo-fonémica: vaca/faca, calo/galo;
• Dificuldade em ler monossílabos e em soletrar palavras simples: ao, pai, bola...;
• Maior dificuldade na leitura de palavras isoladas e pseudopalavras;
• Recusa ou insistência em adiar as tarefas de leitura e escrita;
• Necessidade de acompanhamento individual do professor para prosseguir e concluir os trabalhos;
• Relutância, lentidão e necessidade de apoio dos pais na realização dos trabalhos de casa;
• Queixas dos pais e dos professores em relação às dificuldades de leitura e escrita;
• História familiar de dificuldades de leitura e ortografia noutros membros da família.

SINAIS DE ALERTA 2

a) Problemas de Leitura »

• Histórico familiar de problemas de leitura;
• Progresso muito lento na aquisição da leitura e ortografia;
• Dificuldade na leitura de palavras multissilábicas. Omite partes da palavra (fonemas e sílabas) ficando um “buraco” no meio da palavra (biblioteca/bioteca);
• Dificuldade, necessitando de recorrer à soletração, quando tem que ler palavras desconhecidas (novas, não-familiares), irregulares e com fonemas e sílabas semelhantes;
• Dificuldade em ler pequenas palavras funcionais (ai, ia, de, em...);
• Confusões de grafemas com correspondência fonética próxima (j/ch-f/v) ou com grafia semelhante (a/o-m/n);
• Frequentes inversões (ai/ia), omissões (batata/bata), adições e substituições de letras, sílabas ou palavras;
• Erros ortográficos frequentes nas palavras com correspondências grafo-fonêmicas irregulares e caligrafia imperfeita;
• Substituição de palavras de pronúncia difícil por outras com o mesmo significado;
• Melhor capacidade para a leitura de palavras em contexto do que isoladas;
• Dificuldade em terminar os testes no tempo previsto;
• Surgem reclamações sobre o quanto é difícil ler. A criança poderá inclusive correr e esconder-se para fugir ao ato de ler;
• Desagrado e tensão durante a leitura. Leitura hesitante, lenta, cansativa, com incorreções e erros de antecipação;
• Tendência para adivinhar as palavras apoiando-se no desenho e no contexto;
• Trabalhos de casa parecem não ter fim. Recorrem frequentemente aos pais que são recrutados para ler os enunciados;
• Correção leitora melhora com o tempo, mantém a falta de fluência e a leitura trabalhosa;
• Presença de muitos erros ortográficos;
• Grafia disforme e ilegível;
• Déficits acentuados na construção frásica.
• Baixa autoestima, com sofrimento, que nem sempre é evidente para os outros;

b) Problemas de Linguagem »

• Discurso pouco fluente com pausas, hesitações frequentes, muitos “um’s” durante a fala;
• Uso de linguagem imprecisa em substituição do nome exato ou correto do objeto: a coisa, aquilo…;
• Dificuldade em encontrar a palavra correta, confundindo palavras com sonoridade semelhante, como humidade em vez de humanidade;
• Dificuldade em recordar informações verbais, problemas de memória a curto termo: datas, nomes, números de telefone…;
• Dificuldade em dar respostas orais rápidas e em terminar testes no tempo previsto;

SINAIS DE ALERTA EM JOVENS E ADULTOS

a) Problema na Leitura »

• História pessoal de dificuldades na leitura e escrita;
• Dificuldades de leitura persistentes --- A correção leitora melhora, a leitura continua a ser lenta e esforçada;
• Dificuldades em ler e pronunciar palavras pouco comuns, estranhas ou únicas (nomes de pessoas, nomes técnicos);
• Não reconhecer palavras que leu ou ouviu quando as lê ou ouve no dia seguinte;
• Preferência por livros com poucas palavras por página e com muitos espaços em branco;
• Longas horas na realização dos trabalhos escolares;
• Penalização nos testes de escolha múltipla;
• Ortografia desastrosa – preferência pela escrita de palavras simples;
• Falta de apetência para a leitura recreativa;
• Sacrifício frequente da vida social para estudar as matérias curriculares;
• Vergonha e desconforto quando tem que ler algo em voz alta - Evitamento

b) Problemas de Linguagem »

• Dificuldades na linguagem oral;
• Pronúncia incorreta de nomes de pessoas e lugares, saltar por cima de partes de palavras;
• Dificuldade em recordar datas, números de telefone, nomes...;
• Confusão de palavras com pronúncia semelhante;
• Dificuldade em recordar as palavras (“ponta da língua”);
• Vocabulário expressivo inferior ao compreensivo.

c) Evidência de Áreas Fortes nos Processos Cognitivos Superiores »
• Melhoria muito significativa quando lhe é facultado tempo suplementar nos exames;
• Boa capacidade de aprendizagem, talento especial para níveis elevados de conceptualização;
• Ideias criativas com muita originalidade;
• Sucesso profissional em áreas altamente especializadas (medicina, direito, ciências políticas, finanças, arquitetura...);
• Boas capacidades de empatia, resiliência e adaptação.
Estes sinais que aparecem ao longo da vida são, como refere Sally Shaywitz, “um retrato da dislexia”. Observe-os de perto e com cuidado, pense neles e determine se algum deles está presente. Se apenas alguns destes sinais forem detectados não há motivos para alarme.
Qualquer um pode confundir palavras cuja sonoridade é semelhante de vez em quando, ou pronunciar mal uma palavra. Para se preocupar os sinais deverão manifestar-se em determinado número formando um padrão consistente e persistente, isto é, terão de ocorrer ao longo de vários meses. Isso sim representa a probabilidade de que haja dislexia.
Nesse caso procure a ajuda de um especialista para se proceder a uma avaliação e diagnóstico adequado.

Dra. Daniela Sciaccaluga Fernandes
IAPPC, Instituto de Apoio Psicopedagógico

Resumo: Dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

Como saber se seu filho é disléxico ?
ENTENDA COMO DIAGNOSTICAR A DISLEXIA

Para entender como diagnosticar a dislexia, é importante saber que ela não é uma doença, senão um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção ou má alfabetização. É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Podem confundir direita com esquerda, no sentido espacial, ou escrever de forma invertida, ao invés de “vovó”, “ovóv”, “topa” por “pato”. A dislexia também gera a omissão de sílabas ou letras como “transorno” para “transtorno”, até mesmo a confusão de palavras com grafia similar, por exemplo, n-u, w-m, a-e, p-q, p-b, b-d… Ter a necessidade de seguir a linha do texto com os dedos é outro sintoma de dislexia. O indivíduo sofre com a pobreza de vocabulário, escassez de conhecimento prévio, confusão com relação às tarefas escolares, podendo resultar num atraso escolar.

Ter dislexia não é o fim do mundo, o disléxico não é deficiente. Fique tranquilo! Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente, porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI normal ou até mesmo acima do normal. É de extrema importância descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção e problemas emocionais que possam dificultar o aprendizado, só assim os sintomas já citados poderão ser sinais de dislexia.

Ainda nessa matéria daremos dicas de como você pode identificar a dislexia.

Quanto antes descobrir a dislexia, melhor para evitar rótulos depreciativos ao portador, dificuldades com os colegas na escola, constrangimento no local de trabalho, problemas de relacionamento seja com amigos, parceiros ou familiares. Afinal, quantas vezes algum disléxico, por não saber a origem de seu problema, não soube argumentar contra críticas, ridicularizarão, zombaria onde trabalha ou estuda? Quantas vezes você, mãe, pai, já não se preocupou com as dificuldades de seu filho?

Caso você procure uma equipe interdisciplinar para realizar o diagnóstico inicial de sua questão, entre em contato com o Centro Psicopedagógico Apoio. Nós atuamos com excelência na prevenção das dificuldades de aprendizagem, a partir de um enfoque transdisciplinar. Realizamos atendimento psicológico, psicopedagógico, psicanalítico e fonoaudiológico.

Cadastre-se agora e baixe dicas sobre “A SÉRIE: Os Principais Transtornos da Aprendizagem”.

Dicas : Como Identificar a dislexia.

Alguns sinais que podem diagnosticar a dislexia:

- incompreensão na leitura ultrapassa a fase de alfabetização;

- a leitura é silabada;

- faz adivinhações, por exemplo, entende a palavra “famoso” como “família”. (esta última é mais frequente);

- troca, omite ou inverte as letras durante a leitura;

- substituição: “todos” por “totos”;

- omissão: “Chuva forte” por “chuva fote”;

- acréscimo de letras ou sílabas: “Estranho” por “estrainho”;

-separação: “Está embaixo da cama” por “Está em baixo da cama”ou “Caiu uma chuva” por “caiu um a chuva”;

-junção: “A lua está entre as nuvens” por “Alua está entreas nuvens”.
SINAIS DE ALERTA 1

• Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em sílabas e fonemas;
• Dificuldade em associar as letras aos seus sons (dificuldade em associar a letra “pê” ao som /p/);
• Erros de leitura por desconhecimento das regras de correspondência grafo-fonémica: vaca/faca, calo/galo;
• Dificuldade em ler monossílabos e em soletrar palavras simples: ao, pai, bola...;
• Maior dificuldade na leitura de palavras isoladas e pseudopalavras;
• Recusa ou insistência em adiar as tarefas de leitura e escrita;
• Necessidade de acompanhamento individual do professor para prosseguir e concluir os trabalhos;
• Relutância, lentidão e necessidade de apoio dos pais na realização dos trabalhos de casa;
• Queixas dos pais e dos professores em relação às dificuldades de leitura e escrita;
• História familiar de dificuldades de leitura e ortografia noutros membros da família.

SINAIS DE ALERTA 2

a) Problemas de Leitura »

• Histórico familiar de problemas de leitura;
• Progresso muito lento na aquisição da leitura e ortografia;
• Dificuldade na leitura de palavras multissilábicas. Omite partes da palavra (fonemas e sílabas) ficando um “buraco” no meio da palavra (biblioteca/bioteca);
• Dificuldade, necessitando de recorrer à soletração, quando tem que ler palavras desconhecidas (novas, não-familiares), irregulares e com fonemas e sílabas semelhantes;
• Dificuldade em ler pequenas palavras funcionais (ai, ia, de, em...);
• Confusões de grafemas com correspondência fonética próxima (j/ch-f/v) ou com grafia semelhante (a/o-m/n);
• Frequentes inversões (ai/ia), omissões (batata/bata), adições e substituições de letras, sílabas ou palavras;
• Erros ortográficos frequentes nas palavras com correspondências grafo-fonêmicas irregulares e caligrafia imperfeita;
• Substituição de palavras de pronúncia difícil por outras com o mesmo significado;
• Melhor capacidade para a leitura de palavras em contexto do que isoladas;
• Dificuldade em terminar os testes no tempo previsto;
• Surgem reclamações sobre o quanto é difícil ler. A criança poderá inclusive correr e esconder-se para fugir ao ato de ler;
• Desagrado e tensão durante a leitura. Leitura hesitante, lenta, cansativa, com incorreções e erros de antecipação;
• Tendência para adivinhar as palavras apoiando-se no desenho e no contexto;
• Trabalhos de casa parecem não ter fim. Recorrem frequentemente aos pais que são recrutados para ler os enunciados;
• Correção leitora melhora com o tempo, mantém a falta de fluência e a leitura trabalhosa;
• Presença de muitos erros ortográficos;
• Grafia disforme e ilegível;
• Déficits acentuados na construção frásica.
• Baixa autoestima, com sofrimento, que nem sempre é evidente para os outros;

b) Problemas de Linguagem »

• Discurso pouco fluente com pausas, hesitações frequentes, muitos “um’s” durante a fala;
• Uso de linguagem imprecisa em substituição do nome exato ou correto do objeto: a coisa, aquilo…;
• Dificuldade em encontrar a palavra correta, confundindo palavras com sonoridade semelhante, como humidade em vez de humanidade;
• Dificuldade em recordar informações verbais, problemas de memória a curto termo: datas, nomes, números de telefone…;
• Dificuldade em dar respostas orais rápidas e em terminar testes no tempo previsto;

SINAIS DE ALERTA EM JOVENS E ADULTOS

a) Problema na Leitura »

• História pessoal de dificuldades na leitura e escrita;
• Dificuldades de leitura persistentes --- A correção leitora melhora, a leitura continua a ser lenta e esforçada;
• Dificuldades em ler e pronunciar palavras pouco comuns, estranhas ou únicas (nomes de pessoas, nomes técnicos);
• Não reconhecer palavras que leu ou ouviu quando as lê ou ouve no dia seguinte;
• Preferência por livros com poucas palavras por página e com muitos espaços em branco;
• Longas horas na realização dos trabalhos escolares;
• Penalização nos testes de escolha múltipla;
• Ortografia desastrosa – preferência pela escrita de palavras simples;
• Falta de apetência para a leitura recreativa;
• Sacrifício frequente da vida social para estudar as matérias curriculares;
• Vergonha e desconforto quando tem que ler algo em voz alta - Evitamento

b) Problemas de Linguagem »

• Dificuldades na linguagem oral;
• Pronúncia incorreta de nomes de pessoas e lugares, saltar por cima de partes de palavras;
• Dificuldade em recordar datas, números de telefone, nomes...;
• Confusão de palavras com pronúncia semelhante;
• Dificuldade em recordar as palavras (“ponta da língua”);
• Vocabulário expressivo inferior ao compreensivo.

c) Evidência de Áreas Fortes nos Processos Cognitivos Superiores »
• Melhoria muito significativa quando lhe é facultado tempo suplementar nos exames;
• Boa capacidade de aprendizagem, talento especial para níveis elevados de conceptualização;
• Ideias criativas com muita originalidade;
• Sucesso profissional em áreas altamente especializadas (medicina, direito, ciências políticas, finanças, arquitetura...);
• Boas capacidades de empatia, resiliência e adaptação.
Estes sinais que aparecem ao longo da vida são, como refere Sally Shaywitz, “um retrato da dislexia”. Observe-os de perto e com cuidado, pense neles e determine se algum deles está presente. Se apenas alguns destes sinais forem detectados não há motivos para alarme.
Qualquer um pode confundir palavras cuja sonoridade é semelhante de vez em quando, ou pronunciar mal uma palavra. Para se preocupar os sinais deverão manifestar-se em determinado número formando um padrão consistente e persistente, isto é, terão de ocorrer ao longo de vários meses. Isso sim representa a probabilidade de que haja dislexia.
Nesse caso procure a ajuda de um especialista para se proceder a uma avaliação e diagnóstico adequado.

Dra. Daniela Sciaccaluga Fernandes
IAPPC, Instituto de Apoio Psicopedagógico

Resumo: Dislexia é uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração, que pode também ser acompanhada de outras dificuldades, como, por exemplo, na distinção entre esquerda e direita, na percepção de dimensões (distâncias, espaços, tamanhos, valores), na realização de operações aritméticas (discalculia) e no funcionamento da memória de curta duração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização, sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

Como saber se seu filho é disléxico ?
ENTENDA COMO DIAGNOSTICAR A DISLEXIA

Para entender como diagnosticar a dislexia, é importante saber que ela não é uma doença, senão um distúrbio genético e neurobiológico que independe da preguiça, falta de atenção ou má alfabetização. É claro que os sintomas da dislexia variam de acordo com os diferentes graus do transtorno, mas a pessoa tem dificuldade para decodificar as letras do alfabeto e tudo o que é relacionado à leitura. O disléxico não consegue associar o símbolo gráfico e as letras ao som que eles representam. Podem confundir direita com esquerda, no sentido espacial, ou escrever de forma invertida, ao invés de “vovó”, “ovóv”, “topa” por “pato”. A dislexia também gera a omissão de sílabas ou letras como “transorno” para “transtorno”, até mesmo a confusão de palavras com grafia similar, por exemplo, n-u, w-m, a-e, p-q, p-b, b-d… Ter a necessidade de seguir a linha do texto com os dedos é outro sintoma de dislexia. O indivíduo sofre com a pobreza de vocabulário, escassez de conhecimento prévio, confusão com relação às tarefas escolares, podendo resultar num atraso escolar.

Ter dislexia não é o fim do mundo, o disléxico não é deficiente. Fique tranquilo! Ele pode ser uma pessoa saudável e inteligente, porém com dificuldade acima do comum em aprender a ler. Geralmente, o disléxico possui um QI normal ou até mesmo acima do normal. É de extrema importância descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção e problemas emocionais que possam dificultar o aprendizado, só assim os sintomas já citados poderão ser sinais de dislexia.

Ainda nessa matéria daremos dicas de como você pode identificar a dislexia.

Quanto antes descobrir a dislexia, melhor para evitar rótulos depreciativos ao portador, dificuldades com os colegas na escola, constrangimento no local de trabalho, problemas de relacionamento seja com amigos, parceiros ou familiares. Afinal, quantas vezes algum disléxico, por não saber a origem de seu problema, não soube argumentar contra críticas, ridicularizarão, zombaria onde trabalha ou estuda? Quantas vezes você, mãe, pai, já não se preocupou com as dificuldades de seu filho?

Caso você procure uma equipe interdisciplinar para realizar o diagnóstico inicial de sua questão, entre em contato com o Centro Psicopedagógico Apoio. Nós atuamos com excelência na prevenção das dificuldades de aprendizagem, a partir de um enfoque transdisciplinar. Realizamos atendimento psicológico, psicopedagógico, psicanalítico e fonoaudiológico.

Cadastre-se agora e baixe dicas sobre “A SÉRIE: Os Principais Transtornos da Aprendizagem”.

Dicas : Como Identificar a dislexia.

Alguns sinais que podem diagnosticar a dislexia:

- incompreensão na leitura ultrapassa a fase de alfabetização;

- a leitura é silabada;

- faz adivinhações, por exemplo, entende a palavra “famoso” como “família”. (esta última é mais frequente);

- troca, omite ou inverte as letras durante a leitura;

- substituição: “todos” por “totos”;

- omissão: “Chuva forte” por “chuva fote”;

- acréscimo de letras ou sílabas: “Estranho” por “estrainho”;

-separação: “Está embaixo da cama” por “Está em baixo da cama”ou “Caiu uma chuva” por “caiu um a chuva”;

-junção: “A lua está entre as nuvens” por “Alua está entreas nuvens”.

terça-feira, 6 de maio de 2014

A CRIANÇA HIPERATIVA




A hiperatividade confunde pais, professores e médicos.
Se não for diagnosticada nem tratada adequadamente,
a doença vira tormento para a criança
e para quem vive em torno dela.
Hiperatividade é um termo corrente para um comportamento irrequieto, superexcitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam bem frustrações.

Ser mãe de um hiperativo é muito difícil, tem que conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas... é impossível não ficar irritada.

Nem toda criança que é agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais ou manifestações de outras doenças graves, como autismo, hipertireoidismo e até depressão infantil.


Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos.

Alguns sintomas do hiperativo:
- Dificuldade de organizar tarefas
- Descuido nas tarefas escolares ou em outras atividades
- Não consegue enxergar detalhes
- Dificuldade em se concentrar em tarefas ou brincadeiras
- Parece não ouvir o que lhe dizem
- Reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental
- Perde com freqüência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos
- Distrai-se facilmente
- Inquietação constante
- Fala o tempo todo, começa a responder perguntas que ainda não foram completadas
- Tem dificuldade de esperar sua vez em jogos ou situações em grupo, interrompe a conversa dos outros

Crianças hiperativas podem apresentar melhora em seu comportamento e desenvolvimento pedagógico se algumas regras forem consideradas. Aí vão as sugestões da psicóloga Mônica Duchesne e do psiquiatra Ênio Roberto de Andrade:



. trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as crianças hiperativas;
. dê tarefas curtas ou intercaladas, para que elas possam concluí-la antes de se dispersar;
. elogie sempre os resultados;
. use jogos e desafios para motivá-las;
. valorize a rotina, pois ela deixa as crianças mais seguras, mas mantenha sempre elevado o nível de estímulo, através de novidades no material;
. permita que elas compensem os erros: sutilmente, faça-as pedir desculpas quando ofenderem os colegas ou convença-as a arrumar a bagunça em classe;
. repita individualmente todo comando que for dado ao grupo e faça-o de forma breve e usando linguagem fácil de entender;
. peça a elas que repitam o comando, para ter certeza de que escutaram e compreenderam o que você quer;
. dê uma função oficial às crianças, como a de ajudante do professor; isso pode melhorar o relacionamento delas com os colegas e abrir espaço para que elas se movimentem mais;
. mostre os limites de forma segura e tranqüila, sem entrar em atrito;
. coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
. oriente os pais a procurar um psiquiatra, um neurologista ou um psicólogo.
Para seguir os conselhos acima providencie os seguintes materiais e deixe-os sempre ao alcance dos alunos na sala de aula:

- Caixa com gibis e caixa com livros de histórias infantis
A criança hiperativa, quando faz uma atividade do começo ao fim, geralmente termina antes dos outros. Nesse caso, deixe que ela leia revistinhas ou livros, como forma de premiação. Mas certifique-se de que o aluno está realmente lendo e não fingindo que lê. Dê a ele atividades de leitura com responsabilidade.
Peça, por exemplo, que ele conte para os outros o que leu, o que achou legal na história, qual é o personagem mais engraçado, mais maluco, inteligente, diferente etc. Ou então peça para ele desenhar a história lida, o que vale tanto para gibis como para livros de histórias.
- Palavras cruzadas, jogos de trilha, atividades com figuras (jogo dos sete erros, ligue os pontos, encontre a figura escondida). É importante oferecer à criança hiperativa atividades diversificadas que exijam atenção mas que não a desgaste intelectualmente. Assim, ela terá sempre prazer em executá-las. Essas atividades têm também a função de premiar o aluno por ter terminado o trabalho rotineiro com atenção.
- Atividades que estimulem as quatro operações: somar, subtrair, multiplicar e dividir, todas com desenhos que contextualizem o assunto.

Fontes:
Regina Pironatto
Clube do bebê

Imagens:
http://blogalexsoares.wordpress.com
http://topediatrica.blogspot.com/2011_01_01_archive.html

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dica de brinquedo para coordenação motora e propriocepção

Anda-duo da New Art Toys. Comprei recentemente. Aprovado!
Ideal para crianças, adolescentes e adultos para desenvolver a coordenação motora enquanto se divertem. Vivenciando o equilíbrio e desequilíbrio. Refinando a propriocepção: combinando o passo com o outro se trabalha a frequência, intensidade, direção e amplitude de movimento, além de favorecer a transferência de peso e lateralidade.  Tudo isto estimulando a atenção e ação colaborativa com o outro. Quer mais?
Na prática de Integração Sensorial experimentei, até agora, especialmente no trabalho com crianças com dispraxia e as que precisam amadurecer nas questões de integração bilateral e sequenciamento. Estava também procurando algo divertido para quem precisa da consciência de flexão de joelho no passo e dominar o ritmo no andar. Achei!
Lembrando da máxima: ” só dominamos o andar de fato quando aprendemos a parar” ou ainda “dosar o passo”.
Bom trabalho e diversão.
andaduo2
IMG_5528

Como fazer um tapete sensorial

Faça um Curso Pedagógico | Curta no facebook | Siga no twitter

Esta é uma dica daquelas!

Postamos aqui  uma dica para fazer um livro tátil e foi o maior sucesso... Outra dica fantástica para trabalhar com as crianças nesta área é fazer seu próprio tapete sensorial ou tapete tátil? A atividade desenvolve a coordenação motora, o tato e ainda é super divertida! Vamos aprender a fazer?

Lindo tapete do Cantinho da Zizi.

Como que faz?
Para fazer um tapete sensorial bem simples é fácil. Use a mesma ideia do livro tátil, porém bem maior. Recorte retângulo de EVA do mesmo tamanho e cole materiais diversos em cada um: canudos, plástico bolha, tampinhas, areia, lixa, algodão, lã... Depois junte os retângulos e faça um tapete grande, ou deixe separado e una somente na hora de brincar. As crianças andarão descalças sobre este material. No calor, coloque água, papel, jornal... para que eles pisem na água e depois no papel, use também água e tinta...

DICA: Vejam como a mesma ideia pode ser melhorada e seu tapete pode ficar ainda mais bonito. Você pode fazê-lo em formato de trilha ou usando moldes diversos como as borboletas abaixo, mãos, pés, corações... Neste caso o legal é que fica mais fácil para guardar (é só empilhar e colocar numa caixa).
Todo mundo brincando!!!


| Nossa Política de Privacidade | Conheça o blog Atividades para Maternal |
A maioria das imagens recebo por email em grupos de troca... Caso tenha alguma foto sua aqui sem os créditos, avise-me que colocarei, ou se for o caso, retiro da postagem. |folhaide@gmail.com|Gente Miúda |
http://www.pragentemiuda.org/2013/06/como-fazer-um-tapete-sensorial.html

 
 

 


 



 

 

 

 
 
 


DPAC- Desordem do processamento auditivo central –Fonte- Revista Super Interessante


PARA CONHECIMENTO! via Angela Cristina Munhoz Maluf
DPAC- Desordem do processamento auditivo central –Fonte- Revista Super Interessante
É um distúrbio reconhecido há apenas quatro anos que raramente é diagnosticado pelos médicos, mas pode estar afetando milhões de brasileiros. Em geral, a disfunção surge da falta de estímulos sonoros durante a infância. As estruturas do cérebro que interpretam e ...hierarquizam os sons se desenvolvem nos treze primeiros anos. Até essa idade, as notas musicais, as palavras e os barulhos vão lentamente aos ensinando a lidar com a audição. Um dos principais sintomas da DPAC é a dificuldade em manter a concentração num ambiente ruidoso. “Quem sofre desse mal não consegue prestar atenção em uma coisa só”, diz a neurologista Denise Menezes, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo”. “Uma criança pode não aprender a falar bem se não souber lidar com os sons.” A leitura acaba igualmente afetada. “Mesmo num lugar silencioso, uma pessoa com DPAC encontra problemas em entender um texto porque, para tanto, é necessário associar as palavras ao som que elas têm”, conta a psicopedagoga Ana Silvia Figueiral, de São Paulo. Todo esse esforço para realizar atividades corriqueiras é demais para o cérebro. Chega uma hora que ele não resiste e “desliga”. Por isso, as vítimas do problema são sempre muito distraídas.
Apesar da gravidade do problema, o DPAC tem cura.
Uma das principais responsáveis pela pesquisa da terapia para o distúrbio no Brasil, a fonoaudióloga Liliane Desgualdo conta que o tratamento consiste em dar às pessoas os sons que elas deveriam ter ouvido durante as fases de desenvolvimento do processamento auditivo. Mesmo após os 13 anos, as áreas auditivas do cérebro podem ser aperfeiçoadas, desde que sejam submetidas a uma grande quantidade de estímulos. Uma das atividades é fechar o paciente em uma cabine e submetê-lo a vários sons misturados, acustumando-o aos poucos a distinguir um do outro. A terapia dura de seis meses a um ano. A equipe de Liliane, uma das poucas especializadas no assunto no país, tem conseguido curar 80% dos pacientes que chegam às suas mãos – dos 20% restantes, pouquíssimos não apresentam alguma melhora. Além do tratamento fonoaudiológico, é importante que haja também um acompanhamento psicopedagógico.
Dicas para saber mais: Processamento Auditivo Central – Manual de Avaliação, Liliane Desgualdo Pereira e Eliane Schochat, Editora Lovise, São Paulo, 1997.