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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

MAIS DE 70 ATIVIDADES – ESTIMULAÇÃO SENSORIAL

Estimulação visual
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     1 Utilize brilhantemente coloridas pinturas nos quartos.
2 Use Móvel
3 Brinque de brincadeiras de “Achou”.
4 Brinque com um espelho.
5 lanternas de Uso.
6 Coloque as luzes de Natal para ver a criança.
7 Brincar com luzes brilhantes.
8 luz de I-I.
9 Pendure papel colorido na frente das janelas.
Use placas de alumínio 10.
11 Faça bolhas de sabão.
12 Fazer seu filho encontrar objetos em um recipiente com arroz, areia, etc.
13 Calçar luvas / luvas coloridas ou chocalhos nas mãos e movê-los.
14 Coloque um biscoito ou uma barra de chocolate em uma distância que fará com que seu filho vá buscar.
     15 brinquedos favoritos com um cobertor para a criança para levá-los.
     16 Use a pintura a dedo para a criança  perceber como eles se movem suas mãos enquanto desenham sobre o papel.
17 Lugar com objetos coloridos e brilhantes no chão para tirar a criança ou o  movê-las em direção a eles.
18. Brincar com brinquedos 18 luzes.
19 Brincar com um brinquedo Firefly (brinquedos luminosos).
20 Jogue com o material de 20 pinos.
21 Coloque um aquário.
 Estimulação tátil
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     1 Jogos com água.
2 Jogos com o barro.
3 Jogos com massa.
4 Jogos com areia.
5 Jogos com macarrão, arroz, cereais, feijão.
6 Envolva a criança com tecidos de diferentes texturas.
7 Fique na chuva.
8 Reproduzir com folhas de outono.
9 Brincar com cubos de gelo.
10 Use um secador.
11 Use um ventilador.
12 Coloque a criança em diferentes tipos de solo.
13 Reprodução em água morna e sabão.
14 jogar na lama.
15 pintura a dedo com pudim, purê.
16 Jogar com 20 cremes de barbear de odores diferentes.
17 Jogue com fita adesiva 21.
18 Jogo com farinha, açúcar, sal.
19 usam roupas pincéis, escovas de unhas, esponja de pó.
20 Use areia, plásticos, esponjas.
21 pano, tecidos para cobertores.
22 colchões de água, colchões infláveis.
23 Coloque peso sobre diferentes partes do corpo.
24 Jogo com velcro.
25 Jogo com lenços de seda, luvas de lã.
Estímulo olfativo
     1 expor as crianças a muitas experiências diferentes obtidos utilizando cheiros do cotidiano como colônia, desodorizantes, loções, talco, creme dental, spray de cabelo, creme ou loção pós-barba, etc.
2 Forneça as experiências da criança através do uso de especiarias e ervas tais como canela, pimenta, chocolate, alho, orégano, limão, etc.
3 Expor a criança aos cheiros de várias frutas e legumes, como limão, laranja a, maçã, banana, cebola ervilha, couve-flor, beterraba, pepino, etc.
4 Na criança a oportunidade de experimentar sabores diferentes de flores como rosas, peônias, cravos, etc.
5 Dar à criança a oportunidade de sentir o cheiro de produtos de limpeza diferentes.
6 expor a criança aos cheiros de assados ​​culinários, vinagre, pão fresco, mostarda, bacon, etc.
7 Expor seu filho com o cheiro da queima de folhas e grama recém-fora churrasqueira, corte, pintura, etc.
8 Use marcadores perfumados.
9 Use diferentes recipientes com misturas de flores secas. Use um perfume diferente para cada cômodo da casa.
10 Quando uma criança tomar banho, usar gel de banho perfumado.
11 Associados certos cheiros para cada estação.
Estimulação gustativa
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1 Expor a criança a um sabores suaves: açúcar, mel, maçã, morango, grão macia, doces, etc.
2 Expor a criança a sabores cítricos como limão, grapefruit, creme, iogurtes, picles, etc.
3 Expor a criança a sabores azedo: ácido chocolate, chá, café, vinagre, canela, mostarda, etc.
4 Expor a criança a salgados: sal, batatas fritas, anchovas, azeitonas, etc.
5 Expor a criança a uma variedade de sabores: anis, hortelã, cerveja, nougat, etc.
6 Manter a criança perto de você. Enquanto estiver cozinhando, compartilhar ingredientes como você usá-los.
7 dar à criança sabores doces diferentes.
8 Comprar vários cremes dentais. Experimentá-los com a criança.
9 Dar à criança diferentes tipos de refrigerantes.
10 Experimento com diferentes variedades de pão.
11 Dê a seu filho os diferentes tipos de sucos de frutas e legumes.
12 Entre os sabores de especiarias como a pimenta (fazê-lo gradualmente).
13 Dê a seu filho a capacidade de fazer goma sabor.
Referências
Ayres, J. (1980). Integração Sensorial e da Criança. Ocidentais Serviços psicológicos: Los Angeles, CA.
Ayres, J, (1974). A Integrativa Sensorial ouvido Teoria e Prática do Desenvolvimento. Kendall Caça Publicação: Dubuque.
Granger, C & Wehman, P. Programação de recreação para pessoas portadores de deficiência mental. Pro Ed, 5341 industrial Oaks Boulevard Austin, TX.78735, pgs. 127.142.
Montgomery, Patricia, MA., RPT, Richter, Ellen, OTR. Sensório-motor de integração para crianças deficientes: Um Manual. Ocidentais Serviços psicológicos: Los Angeles, CA.
Terapia para a Criança com Paralisia Cerebral: Interagindo. Frameworks; Ambiente Sensorial, Seminários na fala e uage Ion, Vol. 8, n º 1, fevereiro de 1987, pgs. 80-82.
Adaptação do  Artigo terceiro sentido, N º 17 – Agosto de 1994.

sábado, 27 de dezembro de 2014

França debate a abolição das notas nas escolas

 
Alunos de uma escola primária de Caen, no noroeste da França.
Alunos de uma escola primária de Caen, no noroeste da França.
AFP
Daniella Franco
As notas estão com os dias contados nas escolas francesas. O Conselho Superior dos Programas, órgão do Ministério da Educação francês, elaborou uma proposta para abolir o sistema de avaliação através das notas, que na França vão de zero até 20, e substituí-las por uma análise mais geral das competências dos alunos. O projeto será discutido em uma conferência nacional nesta quinta e sexta-feira (11 e 12), em Paris.
Se o projeto for aprovado, caberá ao professor avaliar as capacidades de cada estudante através de conceitos e pareceres individuais. O docente utilizará critérios como o domínio da língua francesa, a capacidade de comunicação, formas e métodos de aprendizado, a postura dos estudantes como cidadãos, sua compreensão e observação do mundo, entre outros.
O objetivo, segundo o Conselho Superior dos Programas, é diminuir as desigualdades, a concorrência, a pressão e estimular os alunos a evoluir nas áreas onde encontram dificuldades. O próprio presidente francês, François Hollande, chegou a classificar o sistema de notas das escolas nacionais como “um castigo” e não como uma forma de avaliar a capacidade dos estudantes.
Para a presidente do Conselho de Avaliação do Sistema Escolar, Nathalie Mons, o sistema atual de avaliação não é justo. “Em algumas escolas, tirar uma nota 12, que está muito próxima da média, não é um bom resultado. Já em estabelecimentos mais exigentes, obter um 12 pode ser considerado ótimo. Ou seja, percebemos que ainda há muita desigualdade nas instituições de ensino”, considera.
Atraso nas reformas
Sistemas similares sem as tradicionais notas já vêm sendo utilizados há muitos anos por países europeus onde a educação é considerada de alto nível, como Suécia, Dinamarca e Alemanha. Na França, se for aprovado, o novo sistema pode começar a ser testado em 2015.
Para Denis Adam, secretário nacional do setor de educação da União dos Sindicatos Autônomos franceses (Unsa) ainda há muita resistência para implementar reformas nas escolas francesas. “Temos um discurso paradoxal sobre isso. Os pais esperam que seus filhos sejam avaliados como quando eles eram estudantes, com a consciência do trauma que isso gerou neles quando recebiam notas ruins”, diz.
Nathalie Mons lembra que não é só a França que é inflexível a mudanças na educação. “Em todos os países que mudaram seu sistema de avaliação foi extremamente complicado realizar um debate na sociedade civil”, ressalta.
O motivo, segundo ela, é que para os pais, a vantagem das notas é que elas mostram objetivamente o desempenho de seus filhos. “Ou seja, se os resultados estão acima de 10, eles estão tranquilos, mas, se as notas estão abaixo da média, há algo de errado. Mas essa clareza é falsa”, garante.
Falta de esclarecimentos
O engenheiro português Pedro David é pai de dois meninos que estudam em escolas francesas. Ele reclama da falta de esclarecimentos sobre o funcionamento do sistema que pretende abolir as notas. “Ainda não entendi muito bem como eles querem aplicar essa reforma. Se for feita uma correspondência exata entre duas escalas de avaliação, não vai servir para nada. Além disso, não acredito que a sociedade francesa vá se adaptar facilmente a esse novo sistema”, confessa.
Nathalie Mons compreende a dificuldade dos pais em relação às mudanças. Para ela, é necessário que a comunicação sobre essas reformas na educação também seja aprimorada. “Se aplicarmos outros tipos de avaliação, é preciso que eles sejam facilmente interpretados pelas famílias. E que algo mais seja feito em termos de informação aos pais sobre a aprendizagem de seus filhos”, estima.
http://www.portugues.rfi.fr/geral/20141211-franca-debate-abolicao-das-notas-nas-escolas

O IMPACTO DO TDAH NO SONO

De acordo com diversos achados científicos, as informações mais importantes são processadas e consolidadas no nosso cérebro durante o sono. A falta de sono afeta a memória e a habilidade de se concentrar. Imagine então, o efeito dos problemas de sono numa pessoa com TDAH! É muito importante os pais entenderem a conexão entre o déficit de atenção e problemas com sono, em seus filhos, envolvendo profissionais médicos e educadores na busca de minimizar os prejuízos acadêmicos e pessoais. É importante também observar a existência de comorbidades nas crianças/jovens com TDAH. Depressão e ansiedade, por exemplo, são comorbidades frequentes nas pessoas com TDAH, e afetam diretamente a qualidade do sono. - See more at: http://www.tdah.org.br/…/980-o-impacto-do-sono-no-tdah.html…
 
Leia o artigo O IMPACTO DO TDAH NO SONO clicando no link: http://goo.gl/uP6sxm

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

INCLUSÃO: SISTEMA ESCRITO: MATURIDADE GRAFOMOTORA

TEXTO DE UM ALUNO COM GRAFIA PREJUDICADA
SISTEMA ESCRITO: MATURIDADE GRAFOMOTORA
Escrever é utilizar um sistema de símbolos gráficos padronizados que são usados para a expressão e registro de ideias. Contudo, este tem uma estrutura sequencial que empregam símbolos e códigos de forma organizada.

Para escrever o indivíduo deve ter habilidades que incluem a organização do ato motor.

A grafomotricidade é um conjunto de processos motores relacionados com a atividade gráfica seja ela escrita (símbolos) ou desenhos (pictórica).

A maturidade motora é o resultado das lentas e progressivas aquisições no plano motor, cognitivo, afetivo e social.

Hoje em dia, pelos adventos tecnológicos e pelo uso excessivo da televisão, a criança faz menor uso do corpo para explorar o espaço e, a escola, propõe o início da escrita bastão e cursiva, simultaneamente, cada vez mais cedo em uma fase em que a criança ainda não tem a maturidade neuropsicomotora para tal.

Desta forma, as crianças acabam tendo um desgaste desnecessário que prejudica a sua escolarização e a motivação para a aprendizagem.
Para escrever, a criança tem que ter bases neurofuncionais amadurecidas para responder a esta demanda.

A letra cursiva, por exemplo, exige da criança traçados mais complexos que a letra bastão que, em muitos casos, a criança que se encontra do primeiro ao terceiro anos ainda não tem as habilidades necessárias amadurecidas. Para agravar o caso, a letra impressa tem uma semelhança espacial tão grande, se comparada com a letra  bastão, que a criança acaba confundindo as letras e prejudicando seu processo de alfabetização.

Se analisarmos as vogais e consoantes apresentadas para uma criança, durante seu processo de alfabetização, podemos notar como a questão espacial pode influenciar o processo de leitura. a/e, n/u, v/u, j/i, o/u. m/n, p/b, f/l, q/g, d/b, p/d.

Ela necessita ter uma coordenação fina dos movimentos, um desenvolvimento espacial, uma organização rítmica e postural, independência dos braços em relação ao tronco, seguido do antebraço em relação ao braço, da mão em relação ao antebraço chegando a independência dos dedos.

Além disso, é necessário um controle inibitório da motricidade fina que permitirá um traço controlado e seguro.
http://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-sistema-escrito-maturidade-grafomotora/

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Escola brasileira adota yoga e meditação antes das aulas e melhora as notas dos estudantes

Escola brasileira adota yoga e meditação antes das aulas e melhora as notas dos estudantes

Todos sabem o quanto a meditação pode ser importante na vida de uma pessoa, inclusive podendo alterar a formação de células no corpo. A última novidade sobre seus benefícios veio de um experimento feito com crianças aqui no Brasil.
De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, a escola Centro de Apoio O Visconde, no Real Parque, SP, implantou exercícios de yoga para os alunos antes das aulas de matemática, o que melhorou seus rendimentos na hora de aprender. As 134 crianças passam por 20 minutos de exercícios físicos e de respiração antes e depois que entram na sala de aula.
Sentados confortavelmente, mentalizam palavras ou sons de olhos fechados, o que acalma os ânimos e aprimora o comportamento. Com isso, a convivência entre todos e a qualidade das aulas melhorou. Ou seja, professores e alunos zens se beneficiam e avançam o nível educacional e social dentro das escolas públicas.
Uma salva de palmas para a iniciativa! Boas ideias como esta devem nos inspirar e se espalhar para todos os cantos do Brasil.
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Todas as fotos © Karime Xavier/FolhaPress
http://www.hypeness.com.br/2014/12/escola-adota-yoga-e-meditacao-e-melhora-as-notas-dos-estudantes/

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ao lado da mãe, Marcelo Serrado fala do irmão com autismo: ‘Começo difícil’

Ator recorda infância, quando Eduardo foi estudar em outra escola
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Encontro de segunda-feira (15) debateu a inclusão de pessoas com necessidades especiais em escolas, e o ator Marcello Serrado, um dos convidados da manhã, aproveitou para falar sobre o seu irmão, Eduardo, dez anos mais velho que ele, que tem autismo. “O começo foi bem difícil. Lembro da minha infância, que ele estudava longe. Então ele ficava e a gente ia embora”, conta.
O ator também ressaltou que ainda existe muito preconceito. “Levei meu irmão ao teatro há alguns anos e me lembro que as crianças ficaram rindo e apontando.”
Eduardo, irmão de Marcelo (Foto: TV Globo)
Eduardo, irmão de Marcelo (Foto: TV Globo)
A mãe de Marcelo, Julia Serrado, também estava presente e explicou que inicialmente, até os sete anos, Eduardo estudou em escola regular, mas teve que ser transferido para uma instituição especial. “Hoje ele está com 56 anos e frequenta um projeto chamado ‘Moradias Assistidas’, que oferece atendimento especializado para diferentes tipos de deficiência”, conta ela, que defendeu a bandeira da educação inclusiva, mas disse entender que a escola especial é a melhor saída em algumas situações.

Fonte: http://gshow.globo.com/programas/encontro-com-fatima-bernardes/O-Programa/noticia/2014/12/ao-lado-da-mae-marcelo-serrado-fala-do-irmao-com-autismo-comeco-dificil.html

TDAH no adulto - algumas estratégias para o dia a dia

      

Escrito por 

TDAH no Adulto - algumas estratégias para o dia a dia
 
Com as informações que dispomos hoje, sabemos que o TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – é um distúrbio neurobiológico reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e que pode ser observado desde a infância e a adolescência, principalmente em idade escolar.
Porém, o que muitas pessoas desconhecem é que o TDAH pode também persistir na vida adulta da pessoa. Descuido nas atividades, falta de organização, dificuldade em manter a concentração e atenção, inquietude e hiperatividade são apenas alguns dos sintomas típicos do adulto com TDAH.
O TDAH não está ligado a fatores culturais ou conflitos psicológicos, mas sim em pequenas alterações na região frontal do cérebro, responsável pela inibição do comportamento e do controle da atenção. O que ajuda e muito a vida de uma pessoa com TDAH é o diagnóstico precoce, correto e o tratamento adequado, trazendo uma melhora significativa nas relações interpessoais com cônjuges, familiares e amigos.
Abaixo seguem alguns sintomas que encontramos com maior frequência e intensidade em adultos com TDAH, comparados a uma pessoa que não possui o transtorno:
  • Instabilidade profissional
  • Rendimento abaixo da capacidade intelectual
  • Falta de foco e atenção
  • Dificuldade de seguir rotinas
  • Tédio
  • Maior incidência de divórcios e separações conjugais
  • Maior incidência de acidentes de transito
  • Dificuldade de planejamento e execução das tarefas propostas
  • Maior índice de desemprego
  • Procrastinação
  • Ansiedade diante das tarefas não estimulantes
  • Maior índice de desistência em Universidades / evasão escolar
  • Dificuldades nos relacionamentos; relacionamentos instáveis
  • Frequente alteração de humor
  • Frequentes esquecimentos, perdas e descuidos para datas e reuniões importantes
  • Dificuldades para expressar suas ideias, colocar em prática o que está pensando/em sua cabeça
  • Dificuldade para escutar e esperar a sua vez de falar
  • Frequente busca por novas coisas que o estimulem; intolerância a situações monótonas e repetitivas
  • Repetição frequente de erros, frequente falta de atenção com coisas simples
 
Por mais difícil que seja lidar com o TDAH na vida adulta, algumas estratégias podem ser úteis e, bem utilizadas, fazem com que o TDAH não seja o fim do mundo, como muitas pessoas pensam.
Essas estratégias podem ser utilizadas tanto no trabalho quanto na vida pessoal do adulto com TDAH. Estas pessoas costumam esquecer de pagar as contas, perdem as chaves com facilidade, não se lembram de reuniões e outros compromissos, ou, quando lembram, geralmente alguma coisa fica pendente ou sem finalização. Isto não quer dizer que uma pessoa com TDAH seja ineficiente ou incapaz de realizar um trabalho com competência. Se ela estiver consciente dos seus pontos fracos, seus pontos fortes, seguindo o seu tratamento de maneira correta (medicação/psicoterapia), as estratégias podem ajudá-la no dia-a-dia, fazendo com que o adulto com TDAH possa ter uma vida de sucesso, tanto na sua vida pessoal quanto profissional.
Por mais difícil e desesperador que possa parecer o TDAH na vida adulta, existem algumas dicas para lidar com o TDAH.
Para facilitar a leitura, dividimos as dicas abaixo em 3 partes:
 
1 – Lidando com o estresse e a alteração de humor:
Devido à impulsividade, desorganização e distração, o adulto com TDAH frequentemente batalha para mudar um círculo vicioso com poucas horas de sono, pouco (ou nenhum) exercício físico e péssimos hábitos alimentares – e tudo isso pode acentuar os sintomas do TDAH.
  • Pratique exercícios – Indicado para todos em geral, as pessoas que tem TDAH podem se beneficiar ainda mais. Alivia o estresse, melhora o humor, acalma a mente e ainda ajuda a gastar o excesso de energia que as pessoas com TDAH tem.
  • Durma bastante – e durma bem! Poucas horas de sono aumentam os sintomas do TDAH, diminuindo a capacidade de manter o foco durante dia. Para isso, evite tomar cafeína antes de dormir, mantenha uma rotina à noite e evite exercícios por até uma hora antes de ir dormir.
  • Alimente-se de maneira correta – Comer bem ajuda a diminuir a distração, hiperatividade e os níveis de estresse. Pequenas porções durante o dia, ingerir pouco açúcar, menos carboidrato e mais proteínas podem ajudar a reduzir os sintomas do TDAH.
 
2 – Como se organizar e evitar a desordem diária
A distração e a falta de atenção tornam a vida de um adulto com TDAH um verdadeiro desafio, deixando-o sobrecarregado. As dicas a seguir, foram elaboradas para ajudar o pessoa com TDAH a organizar melhor a sua vida.
  • Crie espaço – Verifique diariamente o que você usará e o que deverá ficar guardado. Defina lugares para chaves, contas e outros itens que se perdem facilmente. E jogue fora tudo o que não for necessário!
  • Use uma agenda – O uso da agenda ajuda a lidar e organizar os seus horários e compromissos. É como andar de bicicleta – a prática leva a perfeição. Quanto mais você utiliza, mais você criará padrões de comportamento organizado.
  • Faça listas – Crie o hábito de fazer listas e anotar tudo o que for importante, como tarefas, compromissos, projetos, deadlines, etc. Caso esteja usando uma agenda, mantenha suas anotações junto. O planejamento é condição necessária para o bom desempenho das pessoas com TDAH.
  • Faça agora! – Para evitar o esquecimento, procrastinação e desordem, comuns em adultos com TDAH, faça o que tiver que ser feito na hora, evitando deixar ‘’para depois’’. Tarefas como responder a um e-mail importante, limpar sua bagunça, retornar uma ligação, preparar uma apresentação não podem ficar para ‘’o dia seguinte’’.
  • Estabeleça um sistema de arquivamento – Use divisores, ou então separe pelo tipo de documento (receitas, contas, fichas de inscrição, etc.). Etiquetar ou colorir seus arquivos também são ótimas estratégias.
  • Dedique um tempo do seu dia para e-mails – Separe alguns minutos do seu dia para checar seus e-mails, evitando abrir sua caixa de correspondência de 5 em 5 minutos. Responda, arquive ou apague na hora, dependendo do caso.
 
3 – Administrando seu tempo e não perdendo seus compromissos
Por terem uma percepção diferenciada do tempo, os adultos com TDAH sofrem com a má administração do mesmo. Frequentemente perdem a hora, prazos, sempre acham que ainda tem tempo para realizar determinada tarefa (quando na realidade não tem). Muitos adultos com TDAH se frustram de tal maneira que, no final do dia, não realizaram nada do que tinham planejado.
  • Use um relógio – Pode ser de pulso, timer, alarme, celular ou do computador – desde que esteja sempre à vista e com o horário certo. Quando começar uma tarefa, diga em voz alta ou anote o horário, alem de definir uma quantidade de tempo para a mesma.
  • Defina prioridades – Defina as suas tarefas mais importantes do dia e depois as com menor importância.
  • Crie uma curta rotina diária – e defina um tempo para ela. Arquivar documentos, retornar ligações, responder e-mails, pagar contas, etc. podem ser feitos durante um mesmo período de tempo (por exemplo: 60 minutos) e sempre na mesma ordem. Dessa maneira, você não se esquecerá de fazer nada importante e conseguirá realizar todas as suas tarefas.
  • Dê mais tempo do que você julgar necessário – Por exemplo, se você acha que para realizar determinada tarefa, ou encontrar alguém em outro lugar, você levará por volta de 30 minutos, adicione mais 15 minutos. Com certeza você irá se atrasar.
  • Use alarmes e chegue cedo – Anote os horários de seus compromissos com 15 minutos (ou o tempo que você julgar necessário) de antecedência e use alarmes para que você chegue na hora certa.
  • Faça uma tarefa de cada vez – Execute seus compromissos um de cada vez. Caso seja um grande projeto, divida-o em pequenas partes e termine-os um de cada vez.
  • Aprenda a dizer não – A impulsividade no adulto com TDAH pode fazer com que ele aceite executar muitos projetos ou compromissos de uma só vez sem uma avaliação prévia e ponderada das suas capacidades e, consequentemente, não consiga finalizar nenhum. Isto gera sentimentos de frustração, baixa autoestima e incompetência. Verifique sempre a sua agenda para ver se você realmente pode aceitar um compromisso, tarefa ou trabalho extra, de maneira que isso não o prejudique.
 
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TDAH - Entrevista completa com Dr. Paulo Mattos - Programa do Jô - 18/08/03


Dificuldades ou Transtornos de Aprendizagem?


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Cerebelo, cognição e emoção – por Ana Carolina Mello Perin, Bruna Luíse Trentim e Luana Taiane Dondé

10606385_10204303405963644_4875243854788300975_nConstituído por dois hemisférios cerebelares e uma porção central, chamada de verme, o cerebelo é uma estrutura que ocupa grande parte da fossa craniana posterior. Externamente, é revestido pela substância cinzenta, enquanto sua porção interior recebe preenchimento de substância branca- na qual haverá quatro pares de núcleos cerebelares, futuramente associados ao desempenho motor (1).


O processamento de informações – motoras e sensoriais – ocorre no córtex cerebelar e a modulação das atividades motoras se dá por meio da codificação de alterações da frequência de descarga de potenciais de ação dos núcleos cerebelares (7). Ainda é importante lembrar que cada parte funcional do cerebelo está associada com um parâmetro da função motora, e dessa forma, possui núcleos cerebelares específicos para essa atuação. Assim, por exemplo, temos que o cerebrocerebelo (ou neocerebelo) está relacionado com o planejamento motor ao passo que o espinocerebelo (ou paleocerebelo) se relaciona com a coordenação e equilíbrio axial (1).
Não há como negar que, tradicionalmente, o cerebelo tem sido encarado como uma área do cérebro envolvida, sobretudo, com o comportamento motor. Nas últimas décadas, no entanto, sugeriu-se que também possa desempenhar um papel nos transtornos neuropsiquiátricos. Assim, percebeu-se o envolvimento do cerebelo em doenças como esquizofrenia, transtorno bipolar, demências neurodegenerativas, déficit de atenção e hiperatividade (ADHD) e depressão (1), de tal forma que começou-se a pensar na dicotomia funcional dessa estrutura: cognitivo versus motor (15).
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Ainda não se tem ao certo quais as áreas cerebelares estão envolvidas no processo congnitivo, embora sob o ponto de vista anatômico, certas regiões do cerebelo – tais como o verme, núcleo fastigial e o lobo floculo-nodular – revelam conexões recíprocas com núcleos reticulares do tronco cerebral e regiões do sistema límbico e autônomo, incluindo áreas como o hipotálamo, hipocampo e amígdala, sugerindo a participação do cerebelo no processamento emcional (15).
Nesse contexto, alterações no comportamento e na função cognitiva como no ADHD, por exemplo, têm aparecido em pacientes com lesões cerebelares posteriores, o que aponta para uma relação entre a estrutura anormal do cerebelo e a disfunção noradrenérgica e dopaminérgica apresentada neste transtorno(4). Do mesmo modo, ainda que não se tenha ao certo sobre a influência das modificações do cerebelo no que diz respeito à esquizofrenia, acredita-se que o comprometimento do circuito córtico-cerebelo-tálamo-cortical seja um fator importante para a disfunção motora e cognitiva observada nessa patologia (2). A diminuição de fluxo sanguíneo na área motora do hemisfério esquerdo também é observada. Isso poderia explicar alguns sintomas da doença como dificuldade em coordenar e monitorizar o processo de recepção, processamento, evocação e expressão da informação (8).


cerebelo

Em relação à depressão, foi proposta a sua associação com privação de conexões límbicas cerebelares (15), justificada em lesões do verme (16).
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NEUROPSYCHIATRIC PRACTICE AND OPINION | August 01, 2004 Jeremy D. Schmahmann, M.D. Disorders of the Cerebellum: Ataxia, Dysmetria of Thought, and the Cerebellar Cognitive Affective Syndrome The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences 2004;16:367-378.doi:10.1176/appi.neuropsych.16.3.367

cerebelo 1
NEUROPSYCHIATRIC PRACTICE AND OPINION | August 01, 2004 Jeremy D. Schmahmann, M.D. Disorders of the Cerebellum: Ataxia, Dysmetria of Thought, and the Cerebellar Cognitive Affective Syndrome The Journal of Neuropsychiatry and Clinical Neurosciences 2004;16:367-378.doi:10.1176/appi.neuropsych.16.3.367
Favorável a essa idéia, estudos de neuroimagem fornecem experiências empíricas em total conformidade com a disfunção afetiva e cognitiva presente na depressão. Além de evidenciar o benefício e alívio nos sintomas depressivos em seres humanos, quando da estimulação eletromagnética da superfície cerebelar (17). Somando-se a isso, também se constatou ativação cerebelar na presença de sintomas depressivos atreladas ao processo de dor, tristeza, pânico e atividades estressantes.(15)
Outra metodologia de estudo empregada buscando a compreensão da disfunção cerebelar relacionada com a depressão, fez uso de técnicas de ressonância eletromagnética em pacientes idosos (8).  Como conclusão, o estudo revelou o alargamento dos ventrículos laterais, de sulcos e fissuras, mas, sobretudo, a presença de atrofia cerebelar nos pacientes deprimidos analisados. E mais, foi constatado que essa atrofia é mais acentuada no verme.(9)
Dessa forma, as evidências indicam que o envolvimento do cerebelo nos transtornos afetivos esteja relacionado com a cronicidade e a gravidade dos sintomas, o que talvez possa estar associado a processos neurodegenerativos causados pela própria patologia ou pelo uso crônico de medicações (11).
Está comprovado também que uma diminuição da substância cinzenta do córtex cerebelar esquerdo está presente em doentes com formas de depressão mais severa e com pior resposta à terapêutica (13). Em estudos funcionais, demonstrou-se que indivíduos com depressão maior mostram, diante de estímulos emocionais, uma menor ativação do cerebelo, quando comparados a indivíduos sem a doença. Até mesmo indivíduos com história prévia de depressão, mas já em remissão, exibem uma menor ativação cerebelar, o que sugere uma perturbação permanente e irreversível da função do cerebelo na depressão (12).

Ana Carolina Mello Perin, Bruna Luíse Trentim e Luana Taiane Dondé são graduandas do curso de Medicina/UFGD-XIIIa turma.

Referências Bibliográficas
  1. BALDACARA, Leonardo et al . Cerebellum and psychiatric disorders. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo,  v. 30,  n. 3, Sept.  2008.
  2. Andreasen NC, Pierson R. The Role of the Cerebellum in Schizophrenia. Biol Psychiatry. 2008.
  3. ROGEL-ORTIZ, Francisco J.. Autismo. Méd. Méx,  México,  v. 141,  n. 2, abr.  2005.
  4. BALDACARA, Leonardo et al . Cerebellar volume in patients with dementia. Bras. Psiquiatr.,  São Paulo,  v. 33,  n. 2, June  2011.
  5. PASTURA, Giuseppe et al . Advanced techniques in magnetic resonance imaging of the brain in children with ADHD. Neuro-Psiquiatr.,  São Paulo,  v. 69,  n. 2a, Apr.  2011.
  6. SCHIZOPHR, Bull. .Altered Amygdala Connectivity Within the Social Brain in Schizophrenia. Division of Psychiatry, University of Edinburgh, Edinburgh, UK, Jul 12.
  7. ROGERS Td., MCKIMM,, DICKSON Pe., GOLDOWITZ D., BLAHA C., MITTLETMAN G. Is autism a disease of the cerebellum? An integration of clinical and pre-clinical research. Department of Psychology, The University of Memphis Memphis, TN, USA. 2013 May.
  8. DUPONT, R.M.; JERNIGAN, T.L.; HEINDEL, W. – Magnetic resonance imaging and mood disorders. Arch Gen Psychiatry 52: 747-55, 1995.
  9. ESCALONA, P.R.; MACDONALD, W.M.; DORAISWAN, P.M. – Reduction of cerebellar volume in major depression: a controlled MRI study. Manuscript 2000. Deppression 1: 156-8, 1993.
  10. PILLAY S., YERGEN D., BONELLO C., LAFER B., FAVA M., RENSHAW P. A quantitative magnetic resonance imaging study of cerebral and cerebellar gray matter volume in primary unipolar major depression: relationship to treatment response and clinical severity. Biol Psychiatry 1997;42:79-84.
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  17. ALALADE , DENNY K., POTTER G., STEFFENS D., WANG L. Altered Cerebellar-Cerebral Functional Connectivity in Geriatric Depression. Published online 2011 May 26.

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Os Neurónios


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Características do AH

As crianças com Altas Habilidades não devem apresentar, necessariamente, todas as características abaixo.
 (Dados extraídos de MEC 2007 – Quadro 5 – p.44)                
1 – Aprende fácil e rapidamente. 
2 – É original, imaginativo, criativo, não convencional.
3 – Está sempre bem informado, inclusive em áreas não comuns.
4 – Pensa de forma incomum para resolver problemas.
5  – É persistente, independente, auto-direcionado (faz coisa sem que seja mandado).
6 – Persuasivo, é capaz de influenciar os outros.
7 –  Mostra senso comum e pode não tolerar tolices.
8 –  Inquisitivo e cético, está sempre curioso sobre o como e o porquê das coisas.
9 - Adapta-se com bastante rapidez a novas situações e a novos ambientes.
10 - É esperto ao fazer coisas com materiais comuns.
11 - Tem muitas habilidades nas artes (música, dança, desenho etc.).
12 –  Entende a importância da natureza (tempo, Lua, Sol, estrelas, solo etc.).
13  – Tem vocabulário excepcional, é verbalmente fluente.
14 –  Aprende facilmente novas línguas.
15 - Trabalhador independente.
16 – Tem bom julgamento, é lógico.
17  – É flexível e aberto.
18 –  Versátil, tem múltiplos interesses, alguns deles acima da idade cronológica.
19 - Mostra sacadas e percepções incomuns.
20 - Demonstra alto nível de sensibilidade e empatia com os outros.
21 - Apresenta excelente senso de humor.
22  – Resiste à rotina e à repetição.
23  – Expressa idéias e reações, freqüentemente de forma argumentativa.
24 - É sensível à verdade e à honra.
 
No caso de Alto Habilidosos Cognitivos:
1- Vocabulário avançado
2- Perfeccionismo
3- Críticos
4- Contestadores
5- Não gostam de rotina
6- Grande interesse por temas abordados por adultos
7- Facilidade de expressão
8- Desafia professor e colegas
9- Conseguem monopolizar atenção de professor e colegas
10-Preferem geralmente trabalhar de forma individual

Por causa da falta de estímulo recebido em casa e na escola, estas crianças podem apresentar: 
1- Baixo rendimento escolar, por falta de interesse nos conteúdos ministrados pelas escola
2- Decepção e frustração por não se sentirem atendidos nem compreendidos.
3- Desinteresse nos estudos.
4- Comportamento inadequado. Muitas vezes confundido com: hiperativos, com crianças com distúrbios comportamentais ou déficit de concentração.

http://apahsd.org.br/caracteristicas-dos-alto-habilidosos/

Superdotados também precisam de ajuda educacional

Aquela criança não tem interesse por nenhuma atividade na escola. Aquela outra é superativa e tem um comportamento inadequado. Outra, ainda, não presta atenção em nada… Se você já se viu diante de um desses casos no seu trabalho pela Primeira Infância, talvez tenha tido contato com uma criança superdotada.
Crianças superdotadas ou com altas habilidades existem e não são poucas. Pela falta de conhecimento no assunto, muitos acabam rotulando-as como portadoras de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ou ainda, como depressivas, desinteressadas, alheias… Não faltam adjetivos, mas ainda falta um olhar cuidadoso sobre elas.
Felizmente, tem gente pensando no assunto e orientando pais e profissionais envolvidos na rede de proteção de crianças e jovens (Saúde, Educação e Assistência Social).
Em São Paulo, desde 2005, a Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação (APAHSD) tem se dedicado a esclarecer melhor o assunto, promover políticas públicas de atenção a esse indivíduo, além de mostrar à sociedade quais são os direitos e as necessidades dos superdotados.
Superdotados também precisam de ajuda educacional
Superdotados também precisam de ajuda educacional
Para cumprir seu papel, a APAHSD conta com um time de especialistas, das diversas áreas do conhecimento, e com pais e familiares de pessoas nessa condição, que se dedicam a defender os direitos dos alto habilidosos.
Os pais que acham que seu filho é superdotado podem levá-lo à Associação para uma avaliação criteriosa, que pode confirmar e identificar em quais áreas a criança apresenta altas habilidades. Além de dar apoio à criança e sua família e orientações às escolas, a instituição também oferece cursos de extensão e pós-graduação sobre o tema para educadores e todos os profissionais envolvidos no cuidado e desenvolvimento na infância.
Pais podem frequentar os cursos livres com o objetivo de entender melhor as habilidades de seus filhos para potencializá-las, contribuindo ao desenvolvimento sadio da criança. A sociedade como um todo também tem espaço na Associação, participando de palestras e workshops.
Além de um trabalho direto com os superdotados e suas famílias, a Associação atua para desmistificar o tema, ajudando o superdotado a ter seu lugar na sociedade e desenvolver seu potencial.
Você já curtiu este artigo?
A criança superdotada, quando não cuidada devidamente, pode se tornar apática e desmotivada na escola, justamente porque os desafios que lhe são propostos ficam muito aquém de suas habilidades. Os resultados são o baixo rendimento escolar e uma socialização comprometida. Se não compreendida e acolhida, essa criança vivencia um enorme estado de frustração e decepção.
Como o tema é muito importante, a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal fez uma parceria com a Associação Paulista para Altas Habilidades/Superdotação para a aquisição de conteúdo sobre o tema, que compartilharemos neste blog para ajudar você no seu trabalho com a Primeira Infância.
Aproveite e acesse o site da Associação para saber mais e conhecer os cursos, palestras e documentos orientadores.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Estudante supera dificuldades da dislexia e presta Enem para medicina

Distúrbio dificulta aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração.
Jovem de 19 anos passa cerca de 13 horas por dia estudando.

Jenifer Carpani Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano
Disléxico estuda 13 horas por dia para entrar em medicina. (Foto: Jenifer Carpani/G1)Vítor Santos estuda 13 horas por dia para entrar em medicina (Foto: Jenifer Carpani/G1)
Se a escolha do curso de medicina para o vestibular e o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) assusta os candidatos pelas horas de estudo e preparo antes das provas, para quem se descobre disléxico o caminho pode ser ainda mais tortuoso. Mesmo assim, o jovem Vitor Rossi Santos, de 19 anos, resolveu superar todas as dificuldades colocadas pela dislexia e se tornar um médico. "Toda a minha família trabalha na área da saúde e eu vi que aquilo lá é para mim. É o que eu quero mesmo, e desde pequeno é assim. Quando perguntavam para mim, eu já respondia que queria ser médico", diz.
Para isso, Vitor sabe que terá que enfrentar cada linha que tiver que ler ou escrever neste sábado (8) e domingo (9), quando prestará o Enem em Mogi das Cruzes (SP), cidade onde mora. Além disso, a maratona neste fim de ano inclui mais 10 vestibulares de faculdades particulares, ou seja, mais horas de provas, mais leitura e escrita.
Dislexia
Enunciados grandes, textos compridos e a temida redação assustam ainda mais Vitor por causa da dislexia. Segundo a psicóloga e psicopedagoga Fátima Cavenaghi, quem tem o distúrbio tem dificuldade com a leitura e a escrita. "Dislexia é um distúrbio de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de 10% a 15% da população mundial é disléxica", explica.
Vitor foi diagnosticado aos 7 anos, quando descobriu que havia repetido na escola. "Foi quando eu repeti de ano. Eu estava na primeira série e tinha uns 7 anos mais ou menos. Repeti e aí minha mãe foi querer saber o que aconteceu. Ela via que eu estudava, então ela percebeu que tinha algo errado. Foi aí que a gente começou a ir atrás para descobrir o que era", se lembra.
De acordo com a psicopedagoga Fátima, o diagnóstico na infância é fundamental para o aprendizado da pessoa. "Se o disléxico não for submetido a uma intervenção especializada, ele pode se permanecer analfabeto ou semi-analfabeto, sendo excluído de profissões e vocações que necessitem de uma preparação acadêmica", explica.
"Quando eu era menor mesmo, quando a dislexia de fato era grande, eu sofria demais", se lembra Vitor. "A dislexia vai perdendo seu nível, ela não se mantém constante. Por isso quando eu fiz o teste de dislexia, ela era grande. Mas agora ela caiu para leve. E hoje em dia eu ainda tenho um problema com a parte de leitura e tudo mais, mas bem menos que antes", ressalta.
A dislexia é uma barreira que é ultrapassável. É só você acreditar"
Vitor Rossi Santos
Vitor, no entanto, ainda teme as questões do Enem relacionadas ao português. "Eu tenho muita dificuldade em português principalmente, né? Desde pequeno eu sempre evitei essa matéria. Eu estudava horas com uma professora e no dia seguinte tirava nota baixa. Então era um desânimo absurdo com português e na hora que fui querer aprender, vi que era uma disciplina que eu não tinha nem base", explica.
De acordo com a psicopedagoga, é comum o disléxico ficar frustrado na escola. "O jovem disléxico muitas vezes traz um sentimento construído socialmente de 'não leitor ou não escritor'. O pensamento que geralmente ocorre nessa situação é 'não gosto de escrever, não quero aprender'", diz.
Superação
Mesmo com as dificuldades, Vitor prestou o Enem e alguns vestibulares em 2013 e ficou feliz com o resultado. "Tomara que daqui a alguns dias, no Enem, eu me supere mais uma vez, como aconteceu na redação do ano passado", diz confiante. "Na redação do ano passado do Enem eu fiz 760 pontos, algo que me deixou orgulhoso e deixou meus pais também orgulhosos de mim". Vitor conta que com essa nota conseguiria entrar em geografia em uma faculdade federal do Rio de Janeiro. "Mas não adianta, né? Eu quero medicina. E mesmo se eu conseguir algum outro curso esse ano, também não vou. Vou estudar mais um ano para medicina", afirma.
Estudante diz que hoje lida bem com a dislexia. (Foto: Jenifer Carpani/G1)Estudante diz que hoje lida bem com a dislexia
(Foto: Jenifer Carpani/G1)
O jovem diz que não esquece o caminho que trilhou. "Eu acho assim, eu lutei muito para conseguir. Não é fácil, principalmente quando você é pequeno e não vê resultados nas provas da escola. Você estuda acima do normal e sua nota não é tão boa quanto a das outras pessoas. Só que eu tive muitos apoios e agora estou tendo resultados, né?", diz feliz. Segundo ele, a redação no Enem não foi o único motivo de orgulho da família. "Em uma faculdade no ano passado eu quase consegui entrar para medicina. Foi por pouco, acho que se eu acertasse mais um teste, talvez eu conseguisse entrar também".
Enem
Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), as pessoas que têm o distúrbio podem pedir uma hora a mais em cada dia de prova, auxílio ledor e auxílio transcritor. O Ministério da Educação (MEC) não tem dados quanto ao número de disléxicos inscritos para o Enem 2014, no entanto, afirmou que cerca de 5,7 mil pessoas pediram o auxílio ledor - mas neste número também estão insclusos outros distúrbios e deficiências.
Vitor preferiu pedir apenas a hora a mais para fazer as provas. "Eu consegui uma horinha a mais nos dois dias para fazer a prova. Nos outros vestibulares que me inscrevi também pedi. Isso é extremamente legal, né? Esse reconhecimento e tudo. Porque uma hora a mais simplesmente ajuda demais", diz. "Eles ofereceram os auxílios ledor e transcritor, mas eu não quis. Prefiro fazer sozinho mesmo por eu já ter treinado assim desde pequeno. É que essa política de poder ler com alguém do lado é muito recente, então eu sempre tive que treinar sozinho", explica.
Se o disléxico não for submetido a uma intervenção especializada, ele pode se permanecer analfabeto ou semi-analfabeto"
Fátima Cavenaghi
O estudante conta que tem medo do modelo de prova do Enem. "O Enem é uma prova que eu tenho que te tentar me controlar emocionalmente, porque é uma prova que querendo ou não me assusta muito. Eu acho o Enem difícil para mim por causa da interpretação de texto e da redação. Mas tomara que eu me supere", diz. Apesar de achar que a prova é difícil, Vitor promete se dedicar ao máximo."Eu prestarei o Enem e eu prestarei para medicina. Entrarei com tudo nessa prova e eu acho que posso ter capacidade para conseguir. Por eu ter superado tantas coisas, dá para eu superar mais essa.
Estudo
Vitor reconhece que ainda tem uma grande estrada pela frente e, para alcançar seu objetivo que é entrar em um curso de medicina, estuda 13 horas por dia de segunda a sexta. "A rotina de estudo é pesada, tenho aula do cursinho todo dia e na parte da tarde faço aulas de redação", diz. "Estou há um ano no cursinho pré-vestibular. Os meus estudos começam às 7h no cursinho e terminam em média umas 20h. De sábado vou das 7h às 13h. Só tento tirar o domingo para descansar", explica.
Para conseguir estudar medicina, o jovem abriu mão da academia, do futebol e da balada com os amigos. "Se você quer medicina tem que ser o mais perfeito possível. Qualquer coisa que te atrapalhe vai ter uma consequência na sua nota final", diz. Vitor tem medo de ficar muitos anos nos cursinhos preparatórios. "Tem gente que tenta por muitos anos e isso dá um desespero, né? As vezes eu penso, será que eu vou ficar tentando e tentando. Mas os resultados do ano passado mostram que estou no caminho certo", conclui.
Interpretação de texto e redação no Enem assustam Vitor. (Foto: Jenifer Carpani/G1)Interpretação de texto e redação no Enem assustam Vitor (Foto: Jenifer Carpani/G1)
Uma das mentoras de Vitor na caminhada é a professora de redação Mônica Arouca, que atende entre os seus estudantes, pessoas com dislexia. "As maiores dificuldades de um disléxico para escrever e ler é a concentração, ortografia, a acentuação e as vezes a organização", explica. Por esse motivo, a professora indica um trabalho em conjunto com vários profissionais. "Para auxiliar no aprendizado e enfrentar o problema, é necessário o estudante fazer um acompanhamento com fonoaudiólogo, psicopedagogo e um professor que trabalhe com sons", explica.
Segundo ela, o aluno disléxico é sinestésico, por isso o tipo de ensino é diferente. "Ele precisa entender o som, sentir a palavra. Quando ele passa o dedo sobre a mesa de estudos e 'desenha' a palavra, ele vai se lembrar como é o certo. Ele precisa sentir, porque o aluno disléxico é sinestésico", explica. Mônica diz que cada aluno tem uma necessidade diferente, mas entre as dicas que ela dá para um disléxico estudar sozinho estão: gravar o que está lendo e depois ouvir; sublinhar as palavras; reescrever textos; fazer esquemas mentais e tentar organizar o pensamento.
Estimulo as outras pessoas a não fazerem isso. Não usarem as dificuldades como desculpa para não estudar"
Vitor Rossi Santos
A psicopedagoga Fátima Cavenaghi explica também que os pais têm papel importante na formação de filhos com dislexia. "Os pais devem ficar atentos a frustrações, ansiedades, baixo desempenho e desenvolvimento de seus filhos. É deles a responsabilidade de ajudá-los a ter resultados melhores e deve partir deles a procura de profissionais para o acompanhamento. Quanto mais cedo for realizado o diagnóstico e intervenção, maiores serão as possibilidades de sucesso", explica. A psicopedagoga diz, no entanto, que os disléxicos têm um grande potencial. "Apesar de todas as dificuldades descritas anteriormente, o disléxico, diferente de muitos distúrbios de aprendizagem, possuem estatísticamente um QI normal ou acima da média", diz.
Já para Vitor, o maior inimigo do disléxico é a pessoa que usa distúrbio como desculpa. "Estimulo as outras pessoas a não fazerem isso. Não usarem as dificuldades como desculpa para não estudar. Principalmente quando você fica cansado de estudar você pensa que não aguenta mais isso. E aí você pensa coisas negativas. Mas não dá para desanimar, você tem que tentar fazer de tudo e acreditar que é capaz, que você consegue", diz. "Essa é a grande dica. A dislexia é uma barreira que é ultrapassável, dá para passar sim. É só você acreditar e não usar a dislexia para tudo, né?"
http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2014/11/estudante-supera-dificuldades-da-dislexia-e-presta-enem-para-medicina.html

sábado, 18 de outubro de 2014

Muitos alunos costumam apresentar dificuldade para planejar e organizar os estudos e sua vida diária. Como ajudá-los?

Muitos alunos costumam apresentar dificuldade para planejar e organizar os estudos e sua vida diária. Como ajudá-los?

Assista o 5º vídeo do Programa "Todos Aprendem"!

https://vimeo.com/109134487

#semanadadislexia #belezasescondidas #dislexia

Todos Aprendem (Módulo 5) - Estratégias para planejar e organizar melhor

Muito alunos, entre eles os com transtornos de aprendizagem, costumam apresentar dificuldade para planejar e organizar os estudos e sua vida diária. Neste vídeo, abordaremos alguns aspectos do desenvolvimento cerebral e como seu amadurecimento se relaciona com a aquisição e o uso das habilidades de planejamento e organização. Serão apresentadas orientações que visam facilitar o desenvolvimento dessas capacidades, consideradas fundamentais para a aprendizagem acadêmica
 
 
 
Receba com carinho um abraço do Instituto ABCD.

 


 
 


 

 


 

 

 
 
 



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