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segunda-feira, 15 de junho de 2015

LIVRO:PINOTE,O FRACOTE E JANJAO ,O FORTAO!

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Contei muito esta estória para os meus filhos pequenos.  Mas não conseguia me lembrar nem do nome do livro, nem do autor.  Tinha vivo na minha lembrança que o fortão era um exemplo típico de bully, de agressor.  E que o fracote depois desconcertava Janjão, que foi obrigado a pensar sobre seu comportamento e a reação que provocava nos outros.
Após insistentes pedidos e conversas, com meus filhos e sobrinhos, eis que Mariana, a grande leitora da família, me liga: Tia, é Pinote,  o fracote e Janjão, o fortão, de Fernanda Lopes de Almeida.  Que alívio!  Sabia que tinha tudo a ver! Que boa estória para se trabalhar o bullying com as crianças!
Fernanda nos apresenta de uma ótima maneira o problema de relações assimétricas tão comuns entre crianças e jovens.  Janjão sempre se aproveitou das brincadeiras com amigos para abusar , ridicularizar, mandar como rei.  Até que um dia é desafiado por Pinote, o fracote, de forma muito inteligente e que o desconcerta.
Este livrinho pode provocar reflexões interessantes e apresentar como o bullying acontece no dia a dia das crianças.
A estória está disponibilizada na internet, alguns sites até apresentam passatempos com ela, mas vale a pena comprar o livro ricamente ilustrado para ser mostrado na roda de estórias.
Segue abaixo a historinha:
“Pinote era o menino mais fraquinho da turma. Mas derrubou Janjão, o fortão.
Um dia, a turma resolveu brincar de Rei dos Piratas. Está claro que o Rei era o Janjão. Janjão, como sempre, aproveitou para abusar: Jogou pedras no Veludo e obrigou os piratas a jogarem também, passou rasteiras nas galinhas e só parou quando o galo tomou uma providência, agarrou o galo pelo pescoço e deu ordem aos piratas:
– Prendam esse criminoso!
Avançou na bicicleta da Juju e, quando a Juju reagiu, obrigou todo o mundo a lutar com ela. Ficou passeando de bicicleta e não deixou ninguém dar uma voltinha, mandou invadir o pomar de Seu Manuel e não deixou ninguém comer nada, comeu todas as frutas sozinho e jogou as cascas em cima dos piratas, contou uma porção de piadas sem graça e ordenou aos piratas:
– Que estão esperando? Comecem a rir!
Foi então que reparou em Pinote e viu que Pinote não estava rindo. E se lembrou que Pinote não tinha obedecido a nenhuma de suas ordens.
– Pirata Pinote! Estou reparando que você não me obedeceu em nada.
Quer ir preso?
– Não quero, não, Rei.
– Então por que não está rindo?
– Se o senhor quiser, eu posso rir com a boca.
Janjão fez a maior caçoada de Pinote:
– Ha! Ha! Ha! Só se pode rir com a boca, bobão!
– Engano, Rei. A boca pode estar rindo e o pensamento não estar.
Janjão ficou furioso:
– Pois diga ao seu pensamento que ele tem que achar graça nas minhas
piadas!
– Sim, senhor.
Janjão contou outra piada. Pinote riu com a boca. Janjão ficou na maior dúvida. De repente Janjão começou a chorar. Todos foram socorrer Janjão, que teve de ser carregado para casa. Ficou de cama e emagreceu três quilos. Nunca mais conseguiu brincar sossegado de Rei dos Piratas. Ficava sempre com aquela cisma:
– Que será que o pensamento do Pinote está pensando?

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