Todavia, não podemos fechar os olhos para situações onde de fato alguns limites possam estar sendo transgredidos. Piadas e comentários maldosos de cunho racial devem ser considerados crimes, pois de fato o são. O mesmo vale para comentários homofóbicos. Do mesmo modo que as agressões verbais a pessoas com deficiências físicas também representam uma quebra de limites morais que devem ser respeitados. E esse, infelizmente, tem sido um dos temas mais preocupantes nas escolas brasileiras e do mundo, já que a maldade das crianças e adolescentes, em muitos casos, pode gerar problemas psicológicos terríveis para as vitimas.
Uma questão de respeito
O bullying é cada vez mais uma prática estudada por diversos especialistas, visto que ela em si, é mais antiga do que o próprio termo, que representa uma nomenclatura mais moderna.E esses estudos praticamente sempre levam a uma questão primordial que coloca o praticante do bullying como sendo o agente de algo que está dentro de todos nós e que deve ser tratado da melhor maneira possível, com respeito.
O respeito às diferenças é fundamental, especialmente nos dias de hoje, onde um estudante de uma escola em uma cidade grande brasileira, por exemplo, tem contato com pessoas de diferentes origens sociais, culturais e étnicas.
É por esse motivo que as questões relacionadas às diferenças entre povos, culturas, etnias, gêneros e também religiões, devem ser tratadas de modo aberto desde a mais tenra idade, para incutir no aluno, que será o futuro adulto, uma ideia de respeito às diferenças de um modo geral.
O mesmo vale para os deficientes físicos, já que em muitos casos, eles podem ser alvos de piadinhas maldosas sobre sua condição física, o que tornará tudo muito mais difícil para ele, que já vive uma história de superação diária.
O bullying é também uma questão de berço
Atualmente, muito do que ocorre nas escolas brasileiras é considerado pelos pais como assuntos relacionas apenas à escola. É muito comum os pais colocarem frases como “isso não ocorre em casa”, por exemplo, em reuniões onde descobrem que seus filhos talvez não sejam os “anjinhos” que eles imaginam.E desse modo, é cada vez mais comum em nossa sociedade, onde as pessoas cada vez mais tem pouco tempo para educar os filhos, essa tarefa tão importante ser transferida para a escola e aos professores.
Por isso, os pais tem papel fundamental na educação e na formação dos filhos, e devem ter na escola uma parceira importante, mas não a educadora primordial. Essa tarefa é dos pais, que educam de diversos modos: impondo limites, dizendo o que é certo e o que é errado, mas principalmente, dando bons exemplos.
Pois um pai racista que faz comentários racistas na frente de seu filho, inevitavelmente estará influenciando essa criança a ter tendências negativas como essa também. Do mesmo modo que um pai que desrespeita as pessoas com deficiência física, tirando sarro, maltratando ou apenas desrespeitando regras voltadas para o bem estar delas, já estará fazendo um desserviço à sociedade e ao seu filho.
Na escola, uma boa conversa sempre ajudará
Voltando para a escola, onde infelizmente cada vez mais têm ocorrido casos de bullying contra alunos com deficiência física, o papel dos professores é também o de mediador, e para isso, é importante que ocorram discussões em classe sobre a condição de pessoas nessas condições, pois é vendo o tema de modo aberto, que as pessoas despertam para a realidade e para o respeito.O diálogo ainda é o melhor caminho, mas a promoção de eventos onde os alunos possam ter contato com mais pessoas com deficiências físicas, com certeza os aproximarão da causa e também os levará a uma melhor relação para com os alunos que sofrem de algum tipo de deficiência física.
Isso porque muitas vezes, para se respeitar alguém, é fundamental que se entenda esse alguém, que se aproxime dela. Portanto é essencial que essas crianças tenham contato com pessoas com deficiência física, para ajudá-los e para aprender com eles.
http://cursosavante.com.br/blog/bullying-contra-alunos-com-deficiencia/
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