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• Linguagem e cognição: pensamos bastante por meio da linguagem depois que desenvolvemos esta habilidade. A memória, a atenção e a percepção podem ter ganhos qualitativos com ela. Por exemplo, memorizamos melhor quando fazemos associações de idéias. Ela também ajuda na regulação do comportamento. Na infância, podemos observar o desenvolvimento da linguagem como apoio à cognição a partir dos dois anos, em média, principalmente por meio da forma como a criança brinca.Também é importante percebermos que podemos dividir, didaticamente, a linguagem, considerando sua forma, seu conteúdo e seu uso. O desenvolvimento costuma correr concomitantemente, entretanto, um disparate entre essas áreas pode ser indicativo de dificuldade, tal como será explicado nas próximas linhas9-11.
• Linguagem e comunicação: temos a intenção comunicativa, e podemos nos comunicar de diversas formas diferentes, através de gestos, do olhar, de desenhos, da fala, entre outros. A estruturação da linguagem nos permite lançar mão de recursos cada vez mais sofisticados, a fim de aprimorar nossas possibilidades de comunicação.
• Forma: engloba a produção dos sons, como se emite o fonema, e também a estrutura da frase, se tem todos os componentes e se a ordem é aceitável pela língua - níveis fonético-fonológico e morfossintático.Passadas estas considerações, vamos pensar em algumas etapas de desenvolvimento.
• Conteúdo: diz respeito aos significados, que podem estar na palavra, na frase ou no discurso mais amplo - nível semântico.
• Uso: refere-se ao uso social da língua; não basta emitir sons, estruturar uma frase e saber o significado, tem que adequar tudo isso ao contexto em que está sendo empregado - nível pragmático.
• Comunicação não-verbal: desde muito cedo já pode ser observada, como as variações do tônus (contração/descontração muscular) entre a mãe e o bebê, o olho no olho, as expressões faciais. O apontar por volta dos 11 meses é um marco, podendo inicialmente ter a intenção apenas de "mandar" (apontar para algo que quer) e depois pode ter a intenção de compartilhar a atenção com alguém (apontar para que outra pessoa possa acompanhar aquele momento)7,12.A fim de melhor visualizar tais parâmetros, a Tabela 1 busca, a partir da compilação dos autores referenciados, organizar tais aspectos nas fases do desenvolvimento de 0 a 5 anos.
• Produção dos sons*: os primeiros fonemas da língua são aqueles produzidos com os lábios, como /b/ /m/ /p/. Logo depois surgem /n/ /t/ /l/ , e, em seguida, /d/ /c/ /f/ /s/ e /g/ /v/ /z/ /R/ /ch/ /j/. Só mais tarde observamos a produção adequada de alguns fonemas como /lh/ /nh/ /r/. A combinação destes fonemas nas sílabas podem ser complicadores, como está exposto no próximo item13-15.
• Estrutura das sílabas: as formações silábicas mais simples são consoante-vogal (CV), como PA, LO, etc; ao se inverter essa ordem (vogal-consoante), já se tornam um pouco mais difíceis, como AR, US, etc. Quanto maiores, mais difíceis se tornam. Para ilustrar, podemos apresentar palavras com sílabas consoante-vogal-consoante LAR, RIS, etc. e consoante-consoante-vogal FRA, BRI, etc. No português, temos sílabas como TRANS (consoante-consoante-vogal-consoante-consoante), dentre outras, com enorme dificuldade de produção para crianças menores14,16.
• Estrutura de frases: inicialmente as crianças usam uma única palavra funcionando com frase. Mais tarde, surgem as frases telegráficas, com duas palavras em média. As frases vão se alongando, passando a ter cada vez mais elementos. A complexidade também aumenta e surgem possibilidades de compreender e expressar frases em outras ordenações, como a voz passiva. As expressões de tempo e espaço passam a fazer parte do discurso, possibilitando narrar situações que não estão presentes. As frases mais complexas que exigem mais conteúdo como as orações com pronomes do tipo "que" são possíveis a partir dos 3 anos13.
• Diálogo: até atingir a capacidade de estabelecer um diálogo (com) alguém, a criança passa por fases em que depende do adulto para que o mesmo seja possível. Em um primeiro momento, os adultos tentam adivinhar o que significam as produções pouco compreensíveis da criança (especularidade). Esta fase inicial acontece quando a criança começa a emitir sons e sílabas que podem ser compreendidas como palavras. Posteriormente, quando as crianças falam mais, aumentando um pouco a quantidade sons e os adultos podem complementá-las (complementaridade), é quando aparecem as primeiras combinações de palavras, juntando uma ou duas palavrinhas. Somente depois a criança poderá iniciar e manter um diálogo sem um auxílio tão direto (reciprocidade). Essa primeira estruturação da conversa em diálogo é gradual e, até o final dos 2 anos, a criança consegue desenvolver bem a troca dialógica destas três etapas13,17,18.
• Brincadeira: as brincadeiras podem ser inicialmente construtivas (jogos de montar/desmontar). Ao mesmo tempo, desenvolvem-se as plásticas (desenho, massinha, etc.). As projetivas podem começar ao mesmo tempo e vão se desenvolvendo em subetapas, como a imitação de situações vivenciadas; mais tarde (surge) o faz de conta até atingir o devaneio (presença de situação imaginária e de história com seqüência, possibilidade de brincar junto e não apenas "ao lado"). Importantes, também, são os jogos com regras que começam simples e vão se sofisticando13,19,20.
• Frases simples, mas sem alteração na ordem das palavras;
• Podem combinar sílabas de fonemas diferentes;
• Vocabulário reduzido por falta de experiência;
• Trocas na fala;
• Boa compreensão.
• S por CH, como chapo ao invés de sapo;
• R por L, balata ao invés de barata;
• V por F, faso por vaso;
• Z por S, sebra por zebra;
• Alterações na ordem das sílabas ou nos sons das palavras: mánica (máquina), tonardo (tornado);
• Fala ininteligível
• Pouca memória para uma seqüência de sons, por isso tendem a falar em um primeiro momento basicamente monossílabos;
• Dificuldade no planejamento motor da produção dos fonemas;
• Frases desestruturadas e/ou construídas na ordem inversa;
• Vocabulário reduzido;
• Trocas na fala;
• Dificuldades na compreensão (ou não).
• Gagueira do desenvolvimento - É considerada um Transtorno da Fluência, caracterizado por repetições de sílabas ou sons, prolongamentos, bloqueios, interjeições de sons e uso de expressões como: "éh", "ãh", marcadores discursivos: "tipo assim", "aí". Acomete 5% da população. A maior parte dos casos se inicia paralela à aquisição da linguagem e do desenvolvimento neuropsicomotor, entre 2 e 4 anos. No entanto, cabe resaltar que nessa fase gaguejar pode ser comum (gagueira fisiológica), mas a criança supera rapidamente. Sinais de risco seriam o fato de perdurar ou de mostrar sinais muito intensos. A gagueira é involuntária, não é possível controlar a sua ocorrência, e é de suma importância não chamar a atenção da criança para os momentos de gagueira, não forçá-la a falar nem constrangê-la.
• Taquifemia - as principais características são: a velocidade de fala rápida que compromete o entendimento da mensagem, hesitações e disfluências, e uma irregularidade, momentos de melhora e piora no discurso.
• Taquilalia - é caracterizada pela velocidade de fala alta que compromete o entendimento da mesma, porém não encontramos momentos de disfluências.
• leva o adulto como instrumento para conseguir o que deseja, no lugar de se manifestar verbalmente ou por gestos ou expressões faciais;
• pouca intenção de iniciar ou manter um diálogo;
• mesmo que se expresse bem, a troca de idéias é restrita (não há reciprocidade na comunicação);
• mais facilidade para listar palavras ou situações do que para contar histórias;
• dificuldade com a linguagem figurada, incluindo a compreensão de metáforas e/ou piadas;
• ingenuidade em situações sociais, com dificuldade em se colocar no ponto de vista dos outros;
• tendência a superfocar em objetos ou assuntos em particular, em detrimento de uma visão mais global sobre a situação ou assunto.